dois

1877 Words
A casa principal da família Michaelis estava repleta de flores do chão ao teto. O casamento estava marcado para o dia seguinte, e os preparativos estavam a todo vapor, trazendo uma atmosfera de empolgação e ansiedade. Gabriel observava a movimentação agitada, com pessoas indo e vindo. O seu pai, Christian, parecia como uma criança, e finalmente, depois de 17 anos, ele e a sua tia Stella haviam feito as pazes. A ausência da mãe de Gabriel, que havia falecido, havia deixado uma lacuna por tanto tempo, mas agora a família estava unida novamente. Gabriel tinha certeza de que nunca passaria por uma experiência tão complicada de reconciliação. Ele amava a sua vida de playboy dos vinhos, em que o nome da vinícola Michaelis se tornara sinônimo de bom gosto e requinte, graças em parte ao auxílio de seu tio Austin, que o ajudou a fazer conexões importantes. Em apenas quatro anos, a marca havia conquistado reconhecimento mundial. Dinheiro, mulheres e, é claro, a cobiçada cadeira de m****o do clube de sexo da família preenchiam os desejos de um rapaz de 20 anos. A vida parecia um paraíso. O seu pai chamou a sua atenção ao olhar para cima e perguntar com um sorriso: — Você ainda não foi buscar seus tios? Estou indo, pai. Só subi para pegar as chaves do carro. Por que não mandou um empregado? Eles estão todos ocupados. Anda logo! Não quer ver Austin irritado! Heitor está te esperando lá fora com a outra van. Gabriel saiu apressado, sabendo que os seus tios, Austin e Miguel, sempre viajavam juntos e moravam próximos uns dos outros. Ele pegou as chaves do carro e partiu. O dia estava lindo, o aroma da terra e das uvas maduras era o perfume que ele mais apreciava. Minutos depois, no pequeno aeroporto, Gabriel viu alguém que o deixou sem palavras. Ela estava usando uma calça jeans que realçava as suas curvas, uma camiseta com a frase "Baby Cry" em lantejoulas, e era notável que não usava sutiã, o que o deixou fascinado. Os seus cabelos negros e lisos caíam em cascata, e os seus olhos castanhos claros eram hipnotizantes. Era, sem dúvida, a mulher mais perfeita que Gabriel já tinha visto. O seu coração começou a bater mais forte, o desejo se espalhou por todo o seu corpo. Heitor, um funcionário da vinícola e um pouco mais novo que Gabriel, também notou a presença dela e brincou: — Sai dessa, cara. É muita encrenca. — Eu seria preso com prazer. Quantos anos você acha que ela tem? 17 ou 18? —No máximo 16! Uma coisa que deixava Gabriel realmente irritado era a presença de grupinhos de moças, com seus gritinhos e risinhos insistentes que ecoavam pelos arredores. Mesmo que ele soubesse que não eram direcionados a ele, algo em seu íntimo insistia em fazê-lo acreditar que sim. Era como se cada riso tivesse alguma relação com ele, mesmo que isso não fizesse o menor sentido. Decidindo se afastar da agitação, Gabriel montou em seu cavalo e começou a percorrer a extensão da propriedade. Mesmo com os preparativos do casamento em andamento, a beleza da colheita não perdia o encanto. As videiras carregadas de uvas e a paisagem deslumbrante dos vinhedos o envolviam em uma sensação de calma e serenidade. Enquanto observava o campo, Gabriel não tinha noção do tempo que se passava. O pôr do sol lançava uma luz mágica sobre a paisagem, e ele se entregava à contemplação do espetáculo da natureza. Porém, sua tranquilidade foi quebrada pelo som dos cascos de cavalos se aproximando. Ao olhar para o lado direito, avistou Sophia montada em um dos cavalos de seu tio Austin. Mais uma vez, seu coração deu um salto, como se fosse o próprio dono daquela doce cena. Sophia corria colina acima com destreza, uma verdadeira amazona. O amor de seu pai por cavalos havia sido transmitido para ela, e isso era visível em cada movimento graciosamente executado. E ali, diante desse espetáculo de cores e harmonia, Gabriel não pôde evitar se perder na visão da jovem. Seus cabelos negros pareciam se misturar aos raios dourados do sol poente, e suas curvas suaves e femininas na sela do cavalo eram uma verdadeira inspiração para qualquer homem apaixonado. Sem hesitar, ele decidiu segui-la, guiado pelo magnetismo irresistível que Sophia exercia sobre ele. Ao se aproximar, viu que ela havia descido do cavalo e estava sentada, segurando as rédeas, contemplando o deslumbrante pôr do sol. Sophia notou sua presença e um sorriso luminoso iluminou seu rosto. O encontro inesperado parecia quase mágico, e ambos permaneceram em silêncio, permitindo que a beleza do momento falasse por si só. O crepúsculo tingia o céu de cores vibrantes, combinando perfeitamente com a suavidade e a graciosidade da jovem Sophia. Aquele instante especial fez com que Gabriel sentisse que o tempo havia parado, que todos os barulhos e preocupações do mundo haviam desaparecido, deixando apenas a presença mágica de Sophia e o espetáculo celestial diante deles. E assim, em meio ao cenário encantador dos vinhedos da família Michaelis, um novo capítulo se escrevia na história daquela dinastia, onde o amor e a magia se entrelaçavam em meio às videiras e ao pôr do sol, criando laços que transcendiam o tempo e as adversidades da vida. — Meu Deus, mas é uma tentação! - Gabriel deu outra olhada na jovem, que estava distraída com o celular e fones de ouvido, e decidiu se aproximar. —Buongiorno, bella ragazza, ti sei perso? - (Bom dia, moça bonita, está perdida?) Ela sorriu e cruzou os braços. — E mi aiutereste? - (E você me ajudaria?) - Sophia respondeu, sorrindo e o analisando de cima a baixo, mordendo levemente os lábios no final. Esse gesto mexeu com Gabriel, e ele não conseguiu resistir. Ele pegou a mão dela e a levou aos lábios. —Qualunque cosa tu abbia bisogno, mio piacere. Sono il tuo schiavo, sono Gabriel Michaelis e tu? (Ajudaria no que você precisasse, é meu prazer. Sou seu servo, sou Gabriel Michaelis e você?) — A menina sorriu de forma cativante. — Io sono. (Eu sou.) —SOPHIA! - A voz de Laura ecoa pelo lugar e a menina puxa a mão da mãos de Gabriel - Filha vem ajudar a Gabriel colocar as malas no carro, Gabriel meu filho como você cresceu olha mó, Gabriel veio buscar a gente Sophia abre um grande sorriso —Ciao cugina, quanto tempo, forza mamma sto morendo di fame, cosa ci ha preparato zia Charlotte? ( Olá primo quanto tempo, vamos mãe, estou morrendo de fome, o que será que tia Charlotte preparou de comida para nós?) — Heitor ria de chorar da cara de táxi de Gabriel, Sophia sorria colocando as malas em uma das vans — Você sabia quem era ela não é? — Lógico! Sophia não mudou nadinha de quando ela tinha 12 anos, só você não viu — Ela mudou sim… Ela…. Ela… —Cresceu? Isso acontece! Heitor ria de chorar da cara de táxi de Gabriel, Sophia sorria colocando as malas em uma das vans — Você sabia quem era ela não é? — Lógico! Sophia não mudou nadinha de quando ela tinha 12 anos, só você não viu — Ela mudou sim… Ela…. Ela… —Cresceu? Isso acontece! ** * * * * * * * * * * * * * * * * * * * ** ** * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * ** * * Uma coisa que deixava Gabriel realmente irritado era a presença de grupinhos de moças, com seus gritinhos e risinhos insistentes que ecoavam pelos arredores. Mesmo que ele soubesse que não eram direcionados a ele, algo em seu íntimo insistia em fazê-lo acreditar que sim. Era como se cada riso tivesse alguma relação com ele, mesmo que isso não fizesse o menor sentido. Decidindo se afastar da agitação, Gabriel montou em seu cavalo e começou a percorrer a extensão da propriedade. Mesmo com os preparativos do casamento em andamento, a beleza da colheita não perdia o encanto. As videiras carregadas de uvas e a paisagem deslumbrante dos vinhedos o envolviam em uma sensação de calma e serenidade. Enquanto observava o campo, Gabriel não tinha noção do tempo que se passava. O pôr do sol lançava uma luz mágica sobre a paisagem, e ele se entregava à contemplação do espetáculo da natureza. Porém, sua tranquilidade foi quebrada pelo som dos cascos de cavalos se aproximando. Ao olhar para o lado direito, avistou Sophia montada em um dos cavalos de seu tio Austin. Mais uma vez, seu coração deu um salto, como se fosse o próprio dono daquela doce cena. Sophia corria colina acima com destreza, uma verdadeira amazona. O amor de seu pai por cavalos havia sido transmitido para ela, e isso era visível em cada movimento graciosamente executado. E ali, diante desse espetáculo de cores e harmonia, Gabriel não pôde evitar se perder na visão da jovem. Seus cabelos negros pareciam se misturar aos raios dourados do sol poente, e suas curvas suaves e femininas na sela do cavalo eram uma verdadeira inspiração para qualquer homem apaixonado. Sem hesitar, ele decidiu segui-la, guiado pelo magnetismo irresistível que Sophia exercia sobre ele. Ao se aproximar, viu que ela havia descido do cavalo e estava sentada, segurando as rédeas, contemplando o deslumbrante pôr do sol. Sophia notou sua presença e um sorriso luminoso iluminou seu rosto. O encontro inesperado parecia quase mágico, e ambos permaneceram em silêncio, permitindo que a beleza do momento falasse por si só. O crepúsculo tingia o céu de cores vibrantes, combinando perfeitamente com a suavidade e a graciosidade da jovem Sophia. Aquele instante especial fez com que Gabriel sentisse que o tempo havia parado, que todos os barulhos e preocupações do mundo haviam desaparecido, deixando apenas a presença mágica de Sophia e o espetáculo celestial diante deles. E assim, em meio ao cenário encantador dos vinhedos da família Michaelis, um novo capítulo se escrevia na história daquela dinastia, onde o amor e a magia se entrelaçavam em meio às videiras e ao pôr do sol, criando laços que transcendiam o tempo e as adversidades da vida. — Esse lugar era para ser secreto - Ela dia sem olhar pra trás — A propriedade e da minha família, não tem lugar secreto pra mim. Sophia respira fundo. — Eu só queria ver o pôr do sol, é pedir muito? — Eu não entendo o porquê você está tão arisca comigo, éramos amigos quando mais novos. — Então, nós nunca fomos amigos. — Sempre houve uma certa amizade da minha parte Sophia o olha de cima em baixo — Era pra eu ficar agradecida, pois o grande Gabriel Michaelis me considera como amiga? A nossa venci na vida. — Quando você virou um ser tão debochado? — Eu estava quieta, você que veio até aqui — O que eu fiz para você me odiar? — Nada, o simples fato de você existir já é o suficiente. Sophia sobe no cavalo novamente e cavalga direto para casa.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD