Capítulo 13 – Sombras do Beco

1755 Words

Grego A noite vinha estável, como eu gosto: grave na medida, luz rasgando o concreto com precisão, o corredor em “L” filtrando curiosos. Eu acompanhava do mezzanino o fluxo do bar, a respiração da casa, o desenho da pista em ondas; e, no centro, Lorena, eixo onde a Madrugada girava sem sair do lugar. Eu já ia descer para uma ronda silenciosa quando o rádio de Pipa chiou diferente — aquele chiado curto que não se confunde com música. — Beco três. — A voz dele veio seca. — Duas motos, farol apagado… objeto no chão… cheiro de gasolina. O coração da boate fez um soluço. Não deixo soluço virar pânico. — Protocolo Eclipse. — Minha ordem atravessou o rádio. — Barroca, porta. Monge, telhado. Cássio, corredor de serviço. Índio, trava auxiliar. Luz baixa… agora. O salão mergulhou num crepúsculo

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD