Grego A casa acende como rito: espelho já ligado, bar B com gente nova que aprendeu “sem foto” no olhar, cabos dormindo por trás da madeira, gravador mudo na sala sem janela. A mesa 7 brilha com verniz de doação cultural. Estrangeiros pousam sílabas no gelo; um assessor de gabinete se finge de produtor; o juiz do uísque caro reaparece com sorriso de outdoor. No teto, Monge; na lateral, Barroca; no rádio, Pipa e Russo. Eu caminho como quem regula maré. — Luz a 60% — digo ao passar pela cabine. — Mantenham o halo na lua de aço. Se alguém procura palco, encontra espelho. O aplicativo cego do quartinho me devolve as imagens: o reflexo da moldura pega a mesa 7 sem pedir licença, o camarote oito varre discreto o corredor de serviço. Karpin raramente aparece… mas hoje a névoa tem cheiro de hom

