Andrew Miller narrando:
Acordo com um pé na minha cara, olho para o lado e vejo Ravi deitado de lado com os pés em cima de mim, é pequeno, mas ocupa a cama toda.
Saiu de baixo de seus pés e subo em cima do mesmo levantando a blusa do seu pijama e beijo sua barriguinha, o vejo abrir os olhos e soltar uma baixa risadinha.
— Bom dia. Papa — disse ele coçando os olhinhos.
— Bom dia, bebê do papai — beijei seu pescocinho sentindo seu cheirinho de bebê.
— Eu não sou bebê — disse ele.
— Você sempre será meu bebê — falei me levantando enquanto vejo o mesmo continuar deitado todo preguiçoso.
Fui até o banheiro onde escovei os dentes e lavei o rosto, assim que voltei para o quarto, o vi estender seus pequenos bracinho na minha direção, o peguei no colo e fui novamente em direção ao banheiro onde escovei seus dentinhos e depois fui até o criado mudo pegando sua mamadeira, em seguida descemos para a cozinha.
Deixei ele sentado na cadeira e comecei a lavar sua mamadeira para fazer seu leite, olhei em direção à mesa e só vi seus cabelos bagunçados atrás da mesma, já que ele é pequeno demais e a mesa é grande.
Eu não contratei nenhum cozinheiro, apenas uma moça que vem limpar a casa três vezes na semana, o Ravi tinha uma babá que cuidava do mesmo enquanto eu estava trabalho, mas a mesma engravidou e precisou sair, então enquanto não encontro outra, o deixo com minha mãe que mima muito o neto junto com meu pai, meus tios também cuida dele às vezes.
Todo fim de semana eu e meus primos junto com a Emma levamos as crianças para brincar no parque e fazemos piquenique, eles adoram e brincam tanto que vem os quatro dormindo.
— Papa — chamou meu filho e o olhei atrás de mim — estou com fome.
Sorri e o peguei no colo, derramei um pouco do leite em minha mão para ver se estava quente, mas estava em uma temperatura ótima.
Fomos até o sofá onde me sentei com ele no colo, liguei a TV colocando na desgraçada daquela porca e logo Ravi começou a sugar a mamadeira enquanto assistia.
Depois que ele bebeu tudo, fiquei balançando o mesmo ainda sentado na minha perna até que ele soltou um pequeno arroto seguido por uma risadinha.
— Papa — falou me olhando enquanto segurava meu rosto com suas pequenas mãozinhas.
— Diz o que você quer — falei o encarando erguendo a sobrancelha.
— Quero um vestido igual ao da Peppa.
— Você quer que o papai compre um vestido para você? — perguntei.
— Sim.
— Estão vamos nos vestir e vamos até a loja comprar o vestido — falei e ele sorriu animado.
[…]
Chegamos na loja de fantasia e ficamos procurando até que encontrei as roupas da família pig.
Peguei a fantasia da Peppa para ele e a do papai pig para mim, levei até o caixa onde a moça começou a colocá-las em uma sacola png.
— Sua filha vai ficar uma gracinha nessa fantasia — comentou ela.
— É para o meu filho — falei e ela me encarou.
— Não seria melhor comprar a do George? — questionou.
— Meu filho quer o vestido da Peppa, e eu vou comprar o vestido para ele — falei bravo.
— Mas é errado — disse ela.
— Não, não é — falei — se ele quer, ele vai ter e ainda vou ensiná-lo que não é errado, para que ele não cresça tendo esse mesmo pensamento doentio que você — falei jogando o dinheiro no balcão, pegando meu filho no braço junto com a sacola e saindo de lá.
Sai daquela loja revoltado, p***a.
— Por que você estava brigando com a moça Papa?
— Nada filho — beijei sua testa — se um dia alguém falar que você não pode usar a roupa que você quiser, não escute, você é livre e tem o direito de se vestir como quiser — vi ele assentir e sorrir.
— Quero sorvete — disse ele levando as mãos a barriga — barriguinha do Ravi quer sorvetinho.
Sorri
— Então vamos comprar sorvetinho para a barriguinha — vi ele sorrir sapeca e andamos até a sorveteria.
[…]
Chegamos em casa e caímos no sofá, estávamos cansados.
— Vamos tomar banho com o papai?
— Sim.
O peguei no colo e subi as escadas com ele deixando as compras em cima da cama, retirei sua roupa logo depois a minha ficando apenas de cueca.
Segurei sua mão o puxando até o banheiro e logo começamos a tomar banho.
Passei Shampoo em seu cabelo e sabonete em seu corpo, logo depois retirei tudo e fiz o mesmo comigo. Sai do box pegando uma toalha e comecei a me secar enquanto via meu filho pulando nas poças de água que ficou no chão.
Ele gargalhava quando a água ia para todo lado, o mesmo estava nu, a sua barriguinha grande a mostra e as dobrinhas nos braços e pernas o deixava a coisa mais fofa do mundo, parei de babar no meu filho e levei uma toalha até ele, o peguei no braço e sai do banheiro.
Ravi pode não ter sido planejado, e o jeito no qual ele foi posto na barriga de sua mãe foi bizarro, mas ele foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.
Ele é minha vida.