Debora narrando Eu ainda tava com a respiração descompassada quando me joguei na beirada da cama. Meus cabelos grudados na testa, o corpo úmido, e ele ali, me olhando com aquele sorrisinho cínico de quem sabe exatamente o estrago que acabou de fazer. A toalha pendurada na porta do banheiro já tinha caído no chão, o espelho embaçado e o cheiro do nosso suor misturado com o perfume barato do sabonete dava ao quarto uma atmosfera que beirava o caos — mas era um caos bom. Um caos nosso, que parecia estar virando rotina. — c*****o, não dá pra te comer assim não… tu é gostosa demais, p***a. Nós precisamos de uma fuga, Débora. Eu vou te fazer gritar no meu p*u até perder a voz — ele falou colado no meu ouvido, chupando meu pescoço como se ainda tivesse sede do que a gente já tinha esgotado.

