Caveira narrando
Eu já esperava que ela fosse querer vingança. No fundo, eu já sabia que a Débora não é mulher de abaixar a cabeça pra ninguém, muito menos pra quem tentou destruir a vida dela. Mas, mesmo assim, eu achei — por um segundo, que fosse — que ela fosse hesitar. Que fosse respirar fundo, pensar nas crianças, no nome dela, na empresa. Achei que ia pesar o coração de mãe, de empresária, de mulher pública. Pensei que ela fosse pedir calma, que fosse falar pra eu segurar a mão. Mas não.
Na hora que eu joguei a bomba na mesa, ela nem piscou. Olhou pra mim com aquele olhar frio, calculado, o mesmo olhar que ela tinha quando assinou os papéis da primeira loja dela. E mandou tocar pra f***r.
Sem gaguejar, sem rodeio, sem nem perguntar se aquilo podia dar merda. Sem querer saber se p
