Capítulo 02

1644 Words
Caveira narrando — coe caveira, a debinha tá bonitona, né ? — o pescoço me pergunta quando subimos a favela depois de eu deixar minha cria com a mãe dele Quantos anos eu não via a Débora, acho que mais de três anos pelo menos, e quando via era tão rápido, agora ela voltou de vez pra favela, com duas cria, bonita pra c*****o, p***a… pensamento voa, irmão… — foca no bagulho da missão aí — eu falo com o pescoço quando chegamos na viela da boca 08 pra desenrolar com os cara daqui que tá cheio de anotação no caderninho As p**a logo cola, onde quer que eu encosto. Eu só não deixo elas ficar muito perto quando eu tô com meu filho, eu não gosto de p**a perto dele de jeito nenhum. — qual foi chinês, tá cheio de anotação nesse caderno, cheio de bagulho riscado, de qual foi do bagulho ? — eu já chego no gerente dessa boca aqui — po patrão, sai hoje cedo pra resolver essa fita, cinco pagou, e três deu aquele migue, tá aí os nome e a grana, pode conferir — ele fala e eu já pego bolado pra conferir — fica na visão, máximo é três nome nessa p***a com dois dias para pagar se não morre — eu falo bolado com ele — essa p***a aqui não é caridade não, se não tem dinheiro não usa droga — eu falo e vejo o carro dela passando e fico parado uns segundos olhando — mexeu com o coração do bandido ? — o pescoço me zoa e eu encaro ele bolado A real, eu sempre tive amizade com ela, mas ela saiu do morro foi viver a vida dela, eu sempre acompanhei pelo meu fake, mãezona, foto sempre de família feliz, exemplar, tudo lindo, ela sempre impecável, p***a… Ela sempre deu uma balançada no bandido, nós sempre fomos muito parceiros, crescemos juntos, e quando ela foi embora tudo mudou, mas c*****o, ela é f**a, rica, gostosa, e ter dois filhos é o de menos, se ela falar que bora eu boro sem pensar duas vezes, ainda coloco as cria no meu nome. Eu sou apaixonado por criança. Não falo que meu filho foi acidente porque eu joguei dentro sabendo das consequências. A Mariana é uma excelente mãe, ela é a melhor mãe que meu filho poderia ter, disso eu não tenho dúvidas. Nós sempre ficou sem compromisso, várias vezes eu taquei nela sem camisinha porque sabia que ela era direita. Ela tem estabilidade hoje porque eu não admito que falte nada pra ela, e nem pro meu menor. Ela mora numa casa top, perto da minha, tem carro, tem moto, tem grana, tem duas loja aqui na favela, tem os bagulho dela. Nós dois não temos nada além de uma amizade e nosso filho. Eu pego ele todo dia, só não fico mais com ele porque tenho o morro pra cuidar também, se não ele morava comigo. Sou paizão mesmo, sou babão mesmo, ele vai pra escolinha agora, eu tô cheio de neurose, não quero que ele vá, mas a Mariana falou que já passou da hora, que é bom pra ele desenvolver, mas é meu filho, né ? Eu fico na neurose de vários bagulho, gosto nem de pensar Amanhã eu quero levar ele na praia, Mariana vai querer me afogar quando souber, mas eu quero que ele conheça o mar, e amanhã eu já ajeitei o esquema pra isso… — hm já sei…— falo sozinho entrando na minha sala na boca depois de resolver os bagulho lá na boca 08 — qual foi, viado ? Tá falando sozinho ? — o pescoço me pergunta e eu passo a mão na nuca — pesa na minha não, c*****o, vai caçar uma b****a pra comer e me deixa — eu falo bolado porque esse daí adora colocar uma pilha em mim eu não posso dar confiança não — aiai eu já até sei…— ele fala e sai correndo quando eu saco a glock e dou um tiro do lado dele — viado, pesa na minha não — eu falo e ouço ele gargalhando lá de fora e ainda sai cantarolando de deboche Vou mudar um pouco meus planos de amanhã, e espero que saia como eu tô idealizando — oi patrão, tá estressado ? — uma p**a bate na porta e para com uma saia branca e a parte de cima do biquíni — tira a roupa e senta — eu falo botando meu p*u pra fora e já colocando a camisinha e ela não perde tempo e vem na direção Eu fudi com ela ali a tarde toda, mas eu não conseguia tirar a imagem da Débora falando que estava solteira, da minha mente, que não ia vir o o****o lá, só ela e os criazinho dela. Essa mulher solteira, ela não tem noção do perigo que ela é, ela não tem noção do que ela é capaz, ela é um vendaval, uma tsunami, tudo junto — ahhhh caveira, isso, acaba com a sua p*****a — a p**a geme e eu jogo ela no chão tiro a camisinha e g**o na cara dela todinha — mete o pé — eu jogo duas nota de 100 pra ela e vou pro banheiro me limpar — nossa caveira, deixa eu pelo menos me limpar — ela vem atrás de mim e passa a mão no meu pau — tu quer mais, né ? — eu falo e ela se ajoelha na minha frente me chupando e eu fodo a boca dela até conseguir gozar de novo Já era de noite quando eu saí da boca, transei pra c*****o, mas ainda não tava leve. Bandido nao fica tranquilo nunca. Tem três anos que eu assumi isso aqui, o antigo dono me colocou um ano numa missão, eu fiquei fora, e quando voltei minha vida virou, ele tinha deixado o morro pra mim, muita coisa tinha mudado, e muita coisa eu mudei aqui. Sou nascido e criado no Jacarezinho, faço de tudo pelo meu povo. Levo o crime a risca, não pago simpatia pra ninguém. Inclusive, são poucos os que trocam ideia de verdade comigo. Os vapor mesmo eu não dou a******a não. Falo mais com os cria das antiga, que muitas vezes nem do movimento são, porque nós cresceu junto, vários tem outros negócios aqui na favela, e os de raça de verdade eu tô sempre fortalecendo. Mas fora isso, eu não sou um cara muito simpático não. Muito menos sociável “Caveira: recompensa 1 milhão de reais” Vejo uma mensagem no meu celular do meu informante da corregedoria. É eu tenho gente em toda parte. — subi o voucher em — eu falo com o pescoço e mostro pra ele quanto vale minha cabeça agora — isso vai virar um inferno, irmão, daqui a pouco vai ser operação todo dia pela tua cabeça, é melhor tu dar um tempo em outra favela, mano — ele já fala na neurose — tem fuzil e granada pra que nessa p***a ? Deixa eles vir, c*****o, nos bate de frente e bota pra voltar de ré como sempre foi — eu falo subindo na minha moto e ele passa a mão na nuca preocupado Pescoço é meu faixa, meu braço direito, esquerdo, padrinho do meu filho, meu melhor amigo, e o cara mais chato que eu conheço também. Mas ele se preocupa comigo como se dividíssemos o mesmo sangue. E eu sou a mesma fita com ele, onde o dele pingar o meu vai jorrar, e é sem leme. Nós e nós até o fim. Fui pra casa e minha coroa mandou mensagem, tá toda feliz com os bicho novo lá do sítio, mandou uma foto junto com meu pai, perguntando quando eu vou levar meu filho lá. Ela nem pergunta de mim, são tão apaixonado no meu menor quanto eu. Eu ligo pra ela, troco uma ideia e já vou me arrumar, hoje tem pagode no hora extra, vou chegar lá de cantinho pra ficar na visão, não dou mole no menor evento que seja da favela, tô sempre presente e de olho em tudo, nada passa batido Tomei meu banho, coloquei uma cueca branca, uma bermuda preta, camiseta preta, chinelo no pé, conferi minhas armas, botei meu perfume de putao mesmo, chinelo no pé e acelerei de moto pro pagode. Favela não para, ainda mais quando rola esses pagode, aí que fica ainda mais no fluxo — coe, cheio de cocotinha da pista em, e hoje que eu como uma b****a de patricinha — o pescoço tira onde pelo rádio e eu dou risada Esse dai é o cara mais enrolado que eu já vi na vida, passa a piroca em geral, não perdoa ninguém, tem buraco ele tá metendo, mas ele não era assim não, só que desde que a fiel dele abandonou ele na cadeia e meteu o pé da favela ele não liga pra mais nada. — tô brotando em, hoje é dia de b****a de morango — eu gasto com os cria que começa a tirar onda pelo rádio Meus seguranças fazem a minha escolta e eu parto pro pagode naquele pique, por onde passo chamo a atenção, é inevitável. Cheguei no hora extra, já fui pro meu reservado passando pelas paty quase pulando em cima de mim, elas tudo no camarote ali perto, tudo soltinha querendo atenção, querendo sentar pro cara que tem ódio, e eu só peguei a visão de primeiro momento, na marra de sempre, porque eu sou marrento mesmo. Mas meu olhar parou quando eu vi a Mariana entrando com a Débora que foi abraçando vários cria da antiga que parava pra falar com ela, meu peito travou, minha respiração parou, e na mesma hora eu peguei o rádio pra passar a visão do bagulho…
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