Caveira narrando
Desci da moto com o fuzil em punho, colete fechado até o último botão e respiração firme. Entrei na casa com cuidado, varrendo cada canto com o cano da arma. Os moradores estavam deitados no chão da sala, cobertos com um lençol, tremendo de medo. Uma criança soluçava baixinho, abraçada ao ursinho de pelúcia todo sujo.
— Tá tudo bem agora. A guerra acabou. — falei com a voz firme, mas sem brutalidade.
O pai da criança tentou se levantar.
— Foi a Civil… eles entraram por aqui. Revistaram tudo. Quebraram nossa televisão, levaram até celular…
— Anota o número da casa aí — ordenei pro segurança que vinha atrás. — Vamos ressarcir cada morador que foi saqueado. Isso aqui é nossa gente. Não vai ficar no prejuízo por conta de verme fardado.
Voltei pra moto e seguimos pela li
