Débora narrando Assim que eu ouvi a voz dele, não aguentei. Meu corpo perdeu as forças, minha alma desabou em prantos. Eu já não sabia mais se estava ajoelhada, deitada ou desmanchada no chão. Só sabia que estava viva porque ainda sentia dor. Dor por ele, pelos meus filhos, por tudo. Por tudo o que aquela guerra estava fazendo com a gente. — Fala comigo, Caveira, por favor… fala comigo… — implorei entre soluços, enquanto tremia ao segurar o celular contra o rosto. — Eu tô aqui, minha preta… tô aqui com você… calma… respira… — ele respondeu com a voz embargada, mas tentando manter a firmeza que sempre teve. Eu não consegui responder. A única coisa que consegui fazer foi apertar a opção da chamada de vídeo. Eu precisava vê-lo. Precisava ver que ele estava inteiro, que estava de pé, que

