41. Daniela

564 Words

Ele ainda me segura no colo, as mãos firmes na minha cintura, como se eu fosse ao mesmo tempo leve demais e perigosa demais. O peito dele sobe e desce rápido, ainda suado, ainda quente, ainda destruído por mim. Mas mesmo assim... ele não me toma. — Tu é muito safada, sabia? — diz, com a boca colada no meu pescoço, a voz grave, rindo de leve. — Tem essa cara de anjo, fala manso, mas na hora que vem... desce como se já soubesse o caminho. — E sei. — respondo, ainda ofegante. — Sei o caminho até tua alma, Flávio. Ele me encara, aquele olhar dele que aperta mais que as mãos. Os olhos escuros, dilatados, a barba por fazer raspando na minha pele. — Tu queria me enlouquecer? — Consegui? — Conseguiu. Mas não vai ser hoje que tu vai conseguir tudo o que quer. — Por quê? Ele me deita devag

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