A tensão no ar é quase palpável. Desde que voltamos do restaurante, eu percebo que tem alguma coisa se remexendo por trás dos olhos do Flávio. Ele tenta disfarçar, tenta sorrir, tenta me beijar devagar... mas eu conheço o jeito dele. Ele fica mais silencioso quando algo aperta. E mesmo que ele não diga, eu sei que algo do mundo dele tá pesando de novo. Mas dessa vez... eu não quero só acolher com palavras. Quero mostrar que também sei cuidar dele com o corpo. Me aproximo devagar, enquanto ele tá sentado no sofá, camisa aberta, cigarro entre os dedos, olhar perdido no vazio da sala. Subo no colo dele com uma calma que ele já conhece. Só que dessa vez, não deito no peito. Me sento sobre as pernas dele, encaixando meu corpo ali com firmeza, e deslizo os dedos pelo peito até o pescoço. — T

