32. Daniela

657 Words

Subimos os lances de escada devagar, o som das solas do Flávio batendo firme no porcelanato e a mala rodando atrás dele. O corredor é simples, com paredes cinza-claro e algumas portas fechadas, mas meu peito já sente o peso do momento. É como se a cada passo eu estivesse me afastando mais da menina da roça e me aproximando da mulher que decidiu vir. — É aqui. — ele diz, parando na porta. Flávio tira a chave do bolso e, antes de girar, olha pra mim com um sorrisinho de canto, meio debochado, meio nervoso. — Não repara bagunça, não. Tentei deixar bonitinho pra tu se sentir em casa. — Só de estar contigo, eu já tô. Ele respira fundo, gira a chave e empurra a porta. O cheiro é a primeira coisa que me envolve. Um aroma doce, misturado com limpeza, talvez lavanda, talvez algo mais profundo

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