Luísa A princípio, fico congelada, sem reação, como se o tempo tivesse parado. Ele me agarra pelos braços, e os prende acima da minha cabeça na cabeceira da cama, aumentando minha sensação de vulnerabilidade e me fazendo sentir como uma presa indefesa. "Não!!!" Penso, com um grito silencioso ecoando em minha mente. Reúno todas as forças que me restam e dou-lhe um tapa com toda a força que consigo, acertando-o em cheio no rosto. O impacto é imediato, e suas mãos vão direto para o meu pescoço, apertando com uma pressão terrível que me corta a respiração, me fazendo engasgar e lutar por ar. — Se me bater novamente... — ameaça, sua voz baixa e carregada de um ódio visceral que me aterroriza. Seus olhos, antes frios e calculistas, agora são um abismo de escuridão, me engolindo em sua fúria

