Luísa
Quando volto a mim, a cabeça latejando e o corpo dormente, percebo que estou novamente no mesmo pesadelo. Olho para meu corpo e vejo que ainda estou vestida apenas com uma toalha, sentindo-me exposta e vulnerável. O pânico ameaça me dominar, mas respiro fundo, tentando manter a calma e afastar as lembranças horríveis da noite anterior. Apoio-me nas paredes frias e úmidas e caminho até o banheiro, onde ligo o chuveiro, tentando lavar a sonolência e o terror que ainda me perseguem como fantasmas. Visto uma blusa dele que encontro jogada em uma cadeira, sentindo o cheiro forte e enjoativo que me cerca, me enojando, mas preciso sair daqui, preciso escapar desse inferno.
Vou até a porta com cuidado, o coração palpitando no peito, e, com mãos trêmulas, giro a maçaneta. Minha respiração q
