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2265 Words

Luísa Está ficando frio, o sol já se escondeu há horas, e a noite engole a ilha em sombras. Não é possível que ninguém venha me procurar, a esperança se esvaindo a cada segundo. Mas por que ele viria? Seu único objetivo é me machucar, me torturar. Morrer aqui só seria mais uma das suas crueldades, mais um troféu em sua coleção de horrores. Já parei de gritar há horas, a garganta seca e dolorida, e o silêncio da floresta me engole, me sufocando com sua vastidão. "Ninguém virá", penso, enquanto o reflexo da lua brilha na água agitada, prateando as ondas. Deito a cabeça sobre o tronco, a madeira áspera contra minha pele, e fecho os olhos, tentando me isolar da sensação de desespero, da dor lancinante no tornozelo. Quando era menor, sempre tive medo de piscinas e praias, o medo da água me p

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