Luísa Cá estou eu, presa. Não sei há quanto tempo estou aqui, sem nenhuma noção de dia ou noite. O tempo parece ter parado dentro destas paredes frias e úmidas. Ele me deixou nesta cela imunda, cercada por cobras que se movem sorrateiramente pelo chão, e por mais que esteja exausta e morrendo de sono, não consigo fechar os olhos. O medo constante de sentir uma delas deslizando sobre mim me mantém em alerta. Minha garganta dói e arde por causa do tempo que passei implorando por misericórdia, mas agora estou em silêncio, resignada. Não tenho mais forças para lutar. “Socorro”, penso, um apelo silencioso ecoando em minha mente enquanto balanço a cabeça negativamente, notando algo diferente na parede. Mas logo escuto passos pesados se aproximando. Meu coração dispara no peito. A porta de ferr

