20 Anos Depois Noah Petrov O ar entrava e saía dos meus pulmões em lufadas irregulares, a camisa grudada nas costas pelo suor frio. Meu peito ardia, acompanhando a fúria que me consumia por dentro. Vittorio podia ter alguns anos a mais, mas na porrada, eu aguentava. Passei a língua no canto da boca, o gosto metálico do sangue, cortesia de um golpe m*l defendido, era quase reconfortante. Eu aguentava, sim. — Está se superestimando, Petrov? — sua voz gélida cortou o ar, acompanhada de um meio sorriso que prometia mais dor. — Está cansando, velhinho? — ironizei, tentando disfarçar a pontada aguda na costela. — Nem de perto, loirinha. — Ele sorriu, um predador confiante. — Acha que consegue me acompanhar? — Seu olho roxo está te dizendo que sim, Vittorio. Sou bem páreo pra você. Antes

