ÓDIO

1850 Words
• Narrado por Hinna • Meus pais agiam de maneira estranha, a tarde toda na verdade me parecia estranha.  Me arrumei para deitar, peguei meu celular e responda como várias mensagens de Ester falando do novo caso de sua mãe (o que me era comum demais). Fui pegando no sono, coloque o no carregador e me deitei, olhando pela fresta da janela, a luz da lua me era cativante, e eu preciso olhar para ela antes de adormecer satisfeita.  Me levantei devagar, qualquer barulho me denunciaria à minha mãe, que repudiava o ato de sair da cama depois da meia noite. Abri uma janela que fez um barulho baixo como se quisesse um pouco de óleo para amaciar seus parafusos envelhecidos. Que raiva e que susto, eu podia ser pega no flagra.  Assim que me sentei na janela para observar a tremenda noite de lua cheia, era como se uma paz reinasse sobre meu coração. E por um breve momento parecia ser algo único, como se dali pra frente eu sempre que enfrentar algo bem r**m. Olhei para baixo suavemente no intuito de observar como ia o movimento da rua, e meio que me deparei com uma sombra do outro lado.  Ela me encarava de capuz, e eu não sabia ao certo como agir. Não senti medo, aliás, eu nunca tive medo de nada.  Um pequeno momento de olhar fixo, sua mão branca um pouco amostra acenou gentilmente para mim, eu interpretei como sendo alguém sonâmbulo. Acenando lentamente eu retribui o comprimento, me voltei para dentro e encostei a janela, deitei em minha cama pronta para dormir e nem vi quando o fiz. "Estava frio eu estava só, um homem gentil de capuz me acompanhava por uma floresta não muito assombrosa. Ele não tinha um rosto, e nem um coração. Ele estava triste, cheio de ódio também, dizia por telepatia que o homem não era digno da vida, pois ela era uma virtude. " Acordei um pouco aflita, o suor que descia sobre meu rosto era resultado do clima quente de verão. Tomei um banho e desci, a casa estava silenciosa. Observei um bilhete do papai em cima da mesa junto com a caixa de cereal. "Fomos ao enterro de Karyna, não sabemos quando terminará. Compre o que precisar com o dinheiro do armário. Amor, Papai!" Sempre atencioso. Eu me perguntava quem seria Karyna, e me assustou pensar que poderia ser a moça linda que se casaria brevemente. Esperaria por eles para fazer qualquer afirmação. Comi serial com leite, era apenas um café da manhã, não que eu precisasse caprichar. Peguei um pouco do dinheiro para quando eu fosse sair.  Subi ao meu quarto a fim de prender o longo cabelo ruivo que eu nunca havia cortado, e passar um pó no rosto para tapar como sardas que eu tanto desprezava. • Narrado por Nicolas • O enterro foi muito difícil, Megan estava arrasada e eu m*l podia olhar o quão escandaloso o noivo da moça estava. Era triste, quanto mais pás de terra o coveiro jogava, mais apertava o coração de quem estava lá. Sai um pouco do ambiente mórbido pensei em ver como as lápides que estavam para lá. Acabei encontrando a lápide da Júlia. "Aqui Jas, uma filha, neta e amiga amada". Observei com ódio, me curvei e peguei uma flor única que presenteava a lapide da garota. A maldita rosa clichê do cara mais insano do mundo. Olhei ao meu redor, era como se eu pudesse sentir uma presença dele aplaudindo tanta crueldade. Eu era contra tudo que fosse um favor de tirar uma vida, mas a vida dele eu não pensaria duas vezes ao tirar com minhas próprias mãos. Amassei a rosa com gosto e atirei no meio da estrada de terra, se ele estava vendo, ele saberia que desta vez, ele não chegaria nem perto do que é meu. A minha família! • Narrado por Megan • Sofrendo às margens da dor, O marido de Karyna estava inconsolável. Assim que terminaram de preencher seu túmulo, achei que estava mais que na hora de partir.  Prestei as minhas condolências, era o mínimo que eu podia fazer no momento. Entramos no carro e nem quis muita conversa. Nicolas entendia, ele era a melhor escolha que eu já havia feito na minha vida. Assim que deixada deixando o cemitério, eu vi alguém perfeitamente, Capuz preto assim como toda a ausência de cor no resto da vestimenta. Ele sorriu freneticamente. E uma lágrima desceu no mesmo momento em meu rosto, eu quis surtar ali mesmo, mas meu corpo paralisado não me deu uma opção. Se eu pudesse ter saído do carro e teria pego qualquer coisa que eu encontrasse para martelar em seu sangramento maldito, era em tudo que eu penso, era John quem me parecia ser. Nicolas devia estar imaginando que meu silêncio fosse apenas por minha perca, e eu pretendia manter assim, como se nada tinha acontecido ... • Narrado por Hinna • Antes de meus pais chegarem, resolvi pegar a bicicleta e ir na casa de Ester, queria saber como ela estava.  Mais para frente eu descobriria que aquela foi a pior idéia que eu tivo. Cheguei na casa de Ester, ela estava sentada do lado de fora, na calçada. Seus olhos estavam marejados e seu rosto vermelho como um pimentão. _Ester? -Falei parando a magrela ao lado de seu cercado. _Hinna! -Ela veio correndo e me abraçou forte. _O que houve? _Hinna, posso dormir em sua casa essa noite? _Sim, mas o que aconteceu? -Falei confusa. _Me tira daqui por favor! -Falou ela pegando sua bicicleta que estava jogada no gramado do lado de dentro. _Então venha, vamos ao Starbucks. -Falei subindo na minha. Pedalei com os olhos nela, não imaginava por onde começar, eu nunca havia visto Ester tão amargurada na vida.  Assim que chegamos ao Starbucks, William me olhou com um grande sorriso, mais assim que feio meu abatimento por ver Ester tão triste, ele fez uma careta de compreensão.  Guardamos as bicicletas em seus devidos lugares. Escolhemos um banco com nome de qualquer pessoa. E então William veio ver o que nós queríamos. _Hinna, Ester, o que vão querer? _Pra mim um Chocolate quente. _Eu não vou querer nada. -Falou Ester deitada sobre os braços, deitada na mesa. William saiu com um olhar diferente, como se fosse aprontar alguma coisa, e então eu só quis pensar em consolar a minha amiga. _Agora me conte Ester, o que lhe aconteceu? -Falei deitando meu rosto ao lado do dela, mexendo em seus cabelos claros. _Hinna, minha mãe ... Ela me agrediu hoje na frente do namorado dela. Depois que eu o acusei de tentar me beijar. -Falou ela chorando. _O que? -Falei muito assustada. _E ele fez mesmo isso? -Não me aguentava de tanta aflição. _Eu havia acabado de acordar, ele dormiu com ela em casa. E enquanto ela faz o café no andar de baixo, ele veio com uma historinha dizendo que eu era linda, e tentou me beijar me prendendo contra a parede. Eu o empurrei e desci correndo. Quando cheguei até minha mãe, contei a ela o quão monstro ele era, e ela me deu um tapa no rosto. -Disse ela entre soluços. Eu não sabia o que dizer para ela, nem ao menos como confortar. Só quando William chegou com um baita domingo, que é o sorvete favorito dela eu pude ter uma brecha. _Não fique assim, você pode dormir em casa, o importante é que eu acredito em você, e vamos resolver isso juntas. -Falei liga ela. _Obrigada Hinna! -Falou ela agradecida. _Agora olha só o que o William lhe trouxe. -Falei sorrindo forte. Ela se virou e sorriu quando viu o que William havia preparado. E eu também fiquei muito feliz de ver o quanto ele foi atencioso, cada dele só aumentava o que eu sentia. _Espero que isso melhore um pouco esse rostinho triste. -Disse ele nos servindo e saindo. _É olha só, ganhou o seu sorvete favorito de cortesia! _Não fui só eu quem ganhei algo. -Ela Falou escolher um guardanapo com o número dele. O peguei e guardei no bolso disfarçando um pouco o quanto eu estava feliz. Nem tanto, pois eu ainda não sabia como poderia ajudar Ester com esse problema. Assim que terminamos eu fui pagar o sorvete e meu chocolate, William estava no balcão, ele era um pobre faz tudo no lugar. _Quanto ficou minha continha William? -Falei sorrindo fraco. _Pode deixar é por minha conta! _Imagina, se for sempre assim você não vai ter salário pra receber! _Sério Hinna, não tem problema. -Disse ele sorrindo. _Vamos fazer o seguinte, eu pago só o chocolate então, pode ser? _Tá então, já que você vai se sentir melhor assim! -Falou ele pegando o dinheiro e me devolvendo o troco. Chamei Ester e voltei para casa. Assim que chegamos, uma porta da frente estava aberta, o que parecia muito estranho já que eu havia trancado e geralmente meus pais não deixam a porta aberta. Entrei silenciosa e reparei que tudo estava em ordem. Ouvi um barulho de passos no andar de cima, na direção do meu quarto. Pedi para que Ester ficasse me esperando na porta e que corresse se fosse necessário. Cheguei ao andar de cima, olhei para uma porta do meu quarto e ela estava aberta, eu não fiz ideia de como eu encontrei. Peguei um bastão de basebol do meu pai, que ficava ali para evitar invasões.  Assim que adentrei o cômodo sem medo algum, minha janela estava aberta e não havia ninguém. Fechei a mesma e desci. _Eai, algo estranho? -Falou Ester amedrontada. _Não, eu devo ter esquecido a casa aberta. -Falei me sentindo envergonhada. Ouvi o barulho do carro da minha mãe. _Ester não comente nada disso com os meus pais, tudo bem? -Supliquei. _Tudo bem Hinna, conte comigo. Mamãe entrou na casa, ela estava um pouco molhada. _Olá meninas! -Disse ela sorrindo fraco. _Oi mãe, eu sinto muito por Karyna! -Falei lhe ligar em consolo. _Sinto muito Megan! -Disse Ester entrando no abraço. _Tudo bem meninas, eu só vou me deitar um pouco. -Disse ela subindo como escadas. _Bom descanso mãe ... -Falei por fim. _Olá gracinhas! -Falou meu pai sempre meigo. _Oi pai! -Falei lhe chamar. E Ester o cumprimentou educada. _Vocês estão bem? -Perguntou ele. _Sim! -Respondeu Ester rápido. _Lá choveu pai? -Perguntei um pouco confusa. _Sim filha, engraçado né, nem é tão longe daqui. -Disse ele indo para a cozinha. _Notei a mamãe molhada por isso perguntei. -Falei o seguindo. _Hinna, se importa se eu me deitar um pouco? -Perguntou Ester. _Não, pode deitar no meu quarto, eu já subo. -Falei sorrindo. Meu pai estava preparando um chá para ele na cozinha enquanto eu preparava o famoso chocolate quente com marshmallow que o vovô me ensinou. _Pai, o senhor parece um pouco chateado. -Comentei receosa. _Ah filha, é só estresse do trabalho sabe. -Falou ele calmo e eu senti que ele estava mentindo. _Se for te fazer ficar melhor, amanhã podemos jogar basebol no quintal ... -Falei sorrindo. _Eu iria adorar! _Pai, eu te amo muito! -Falei lhe chamar forte. Nícolas, meu pai, era um grande homem e eu sabia que podia contar sempre com ele. Meus pais eram os melhores, sempre estiveram comigo, protegendo e me apoiando, e eu sempre quis retribuir esse amor com tudo o que fosse possível, e eu sempre continuaria assim! _Seu chocolate está pronto. -Disse ele ao ouvir o parar micro-ondas. _Vou levar para Ester. Obrigada pai! -Peguei as xícaras e subi para o quarto. Ele me olhou meio tristonho, em certo momento senti que ele não estava à vontade com alguma coisa.
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