GOLPE

1668 Words
• Narrado por Nicolas • Assim que Hinna subiu, senti que estava pronto para expressar meus sentimentos. Eu senti muito medo pela minha família e como coisas pareciam dando errado, mas não me deixei abater eu estava pronto para Encarar qualquer problema. Minha família vinha acima de tudo e eu não deixaria que nada estragasse aquilo. Subi para o quarto para conversar com Megan, queria saber se aquilo era coisa da minha cabeça ou se ela também havia visto aquele homem cujo nome eu não pronunciava por desgosto. Ela estava linda, com uma camisola recostada na cabeceira lendo um romance Brasileiro.  Eu à interrompi com pena profunda, não queria atrapalhar ela enquanto estava feliz só para falar de um assunto tão desprezível. _Megan? _Sim amor? -Falou ela me olhando calma com um sorriso branco. _Eu preciso te contar uma coisa. -Falei me sentando ao seu lado. _Eu acho que sei sobre o que seja ... -Disse ela num tom já baixo, talvez soubesse mesmo. _Não sei se é coisa da minha cabeça, mas acho que ele está de volta. _Não. Eu não acho que seja coisa da sua cabeça, pois eu também o vi. -Falou ela com profundo desgosto. _Será que ele quer ela? -Falei já imaginando o pior. _Acho que ele está aqui para estragar a nossa vida de novo! -Falou ela enfurecida. _Se ele chegar perto dela eu juro que eu arranco os olhos dele! -Falei já imaginando como maneiras de o punir. _Nick, não fique assim, acho que ele está tentando mexer com o nosso psicológico. -Falou ela me chamar. _Eu sei o que ele ta tentando fazer, mas eu não vou deixar. -Falei me acolhendo em seu abraço. _Nick, e se ela descobrir? -Falou Megan já com a voz de choro. _Se ela descobrir nós contaremos nossos motivos. Ela há de entendre! -Falei seguro. • Narrado por Megan • Ver Nick tão preocupado com a aparição de John me fez perceber que aquilo era mais grave que o normal. E se ele já estava dando dicas para Hinna?  Eu já passado por aquilo, eu sabia como ele agia com as pessoas, e sei também que ele estava bolando algo para se safar de seus problemas caso algo desse errado.  Eu não estava nem um pouco preocupado com dinheiro, se o plano dele estava de acordo com contarmos a verdade só por causa do dinheiro ele estava numa enrascada, mas também sei que ele tentaria nos tirar tudo o que temos para que sejamos obrigados a viver com o que ele escolheu deixar. Nicolas havia adormecido e eu optei por me preparar para todos os seus planos.  Fui até o cofre que ficava dentro do guarda roupas atrás da parede falsa. Peguei tudo o que tinha e todas as fotos de família e jóias importantes, assim como escrituras da casa e etc.  Coloquei tudo numa caixa de aço muito resistente. Sai devagar pela porta dos fundos e sem que ninguém me visse, enterrei tudo perto da árvore no quintal. Alguma coisa em fazer aquilo aliviou muito meu coração. O meu grande medo era estar sendo vigiada naquele momento, o que não seria nada bom. Senti que algo estava errado então resolvi mudar as coisas. • Narrado por John • Tudo parecia estar como planejei, eu estava mais perto de Hinna do que imaginavam.  Aparecer para o casal da década foi só mais uma parte do plano, eu sabia que Megan tentaria pensar primeiro que eu. Assim que eles voltaram para casa do enterro, eu os segui, e montei guarda no quintal da casa ao lado. Olhar pelos arbustos do vizinho era a melhor coisa.  Confesso que Megan demorou um pouco até que escondesse seus pertences no quintal, mas era tão engraçado ver o quanto ela se importava com todos, quase fiz ela ouvir minhas risadas. Pobre Megan mesmo depois que anos se passaram, ela ainda era a mesma mulher previsível que eu conheci.  Assim que ela correu para dentro eu caminhei até lá assobiando baixo.  Desenterrei a caixa de aço que ela teve que adquirir, algumas joias, pobre Megan, nem que eu quisesse ferrar com a economia deles eu conseguiria, eles já estavam falidos.  Tapei o buraco de volta e fui até meu carro. Entrei nele e voltei à pequena casa que havia alugado ali perto, estava muito ansioso pelo dia seguinte. E pela viajem também! • Narrado por Megan • Me escondi atrás da porta e observei pelo vidro o maldito desenterrando como minhas jóias. Minha sorte foi ter pensado nisso. Peguei tudo de volta e deixei apenas alguns brincos e pulseiras, minhas economias estavam salvas. Agora era só esperar pelo próximo passo e se quer saber, em anos, eu nunca estive tão preparada para uma batalha com o mestre dos golpes! • Narrado por Megan • Estar á frente de John me deixava um grande alívio, mas eu não podia cantar vitória antes da hora, e se ele estava prevendo aquilo?  Voltei para cama, mas deixei tudo o que eu tinha de valor dentro da minha bolsa, porém era arriscado uma solução única. Coloquei ela de baixo da cama e dormi rapidamente. Acordei com o despertador e revistei toda a minha bolsa de tanta aflição, ao que parecia tudo estava intacto.  Era sexta-feira e eu fui deixar como garotas na escola, na sexta elas tinham educação física de manhã, já que de noite não havia um professor. Quando cheguei em casa Nicolas achou que seria uma boa ideia ir almoçar no restaurante Bistrô, que eu tanto amava! Me arrumei casualmente não queria parecer tão entusiasmada (embora eu estivesse até demais). • Narrado por Hinna • Eu e Ester derrotado queimada, e eu como sempre ganhava o jogo. O grande problema das garotas de Osklend era que todas eram femininas demais na hora errada.  Dei uma pausa para olhar as princesas jogando, sei que era machista da minha parte apelidar elas assim, mas não tinha outra maneira de definir. Sentei na arquibancada que dava de frente com o campo. Avistei William fazendo treino de atletismo, ele era um ótimo corredor, e não demorou muito para correr até onde eu estava. _Oi Hinna! -Disse ele me olhando com um riso. _William, também faz Educação Física nas sextas? -Uma pergunta óbvia. _Sim, na verdade a maioria das pessoas do terceiro ano fazem. -Ele riu envergonhado. _Agora faz mais sentido. -Concordei. _Vai fazer alguma coisa amanhã à noite? -Perguntou ele ingênuo. _Bom, acho que vou. -Falei o olhando sarcástica. _Ah sim. -Falou ele cabisbaixo. _Você me chamou pra sair, lembra? -Falei rindo da situação. _Nossa, eu penso que tava sonhando quando pedi na primeira vez. -Falou ele rindo de volta. _Essa foi boa, galanteador! -Falei Constrangida. Nossa conversa foi interrompida por Ester gritando meu nome. _Hinna vamos? -Chamou. _Já estou indo. -Gritei de volta. _Bom, eu preciso ir. Nós vemos amanhã? -Me despedi. _Claro, sim! -Falou ele dando uns passos para trás, até a roda de atletas. _Se cuida! -Falei e sai. _Você também. -Gritou ele ao longe. Meu sorriso era avassalador. Ester nem precisou fazer perguntas, apenas destacou. _Pelo menos disfarça minha filha! -Ela riu da situação. Andamos bastante até já estarmos há uma rua de casa. Paramos por um momento na calçada, observe um caminhão de bombeiros passar por nós, torci para que não virasse na minha rua, porém ele virou. Corremos até lá, deixada já bem perto. Avistei meus pais abraçados e em choque, enquanto nossa casa incendiava e era consumida por uma chama furiosa.  Meus olhos ardiam com tanto fogo e fumaça, e o cheiro da madeira era muito forte.  Abracei meus pais, que estava muito abalados com a situação, e eu também não estava nada bem com aquilo.  Minha mãe por outro lado se consumia em fúria e não demonstrava nenhuma expressão de mágoa ou dor. _Papai o que houve? -Falei com os olhos marejados. _Filha, eu não sei. Chegamos do almoço e a casa já estava assim. -Ele falava com o rosto vermelho, ele sim demonstrava muita dor. Era horrível ver a casa onde cresci ser incendiada, eu estava tendo vários surtos de recordações e ficava me lembrando de cada papel, cartinha e fotos que guardava no moral do meu quarto. Toda a minha coleção de Barbies e meus DVDs de Filmes favoritos. Meus livros e meus diários, tudo em papéis escuros queimados que voavam em torno da grande casa que se esvaia.  _Mãe você está bem? -Eu encarava seu rosto que parecia queimar de ódio. _Não querida, mas vou ficar, todos vamos! -Disse em total clareza. _Amor, todas as nossas economias! -Papai Falou num tom assustado. _Não se preocupe amor, eu como tirei de lá ... -Disse ela o olhando como um sinal. Ele olhou para ela e logo tomou posse do mesmo jeito odioso que ela estava, embora eles não escondessem nada de mim, eu sabia que tinha algo muito podre no meio disso tudo.  Ester me abraçou, ainda bem que as coisas que ela tinha estava todas com ela naquele instante. Os bombeiros explicavam aos meus pais que tudo indicava um curto circuito nos fios da casa que começou o incêndio na sala e na cozinha, com os eletrodomésticos soltando faíscas e etc. e que os vizinhos relataram um cheiro de fio queimado por um período curto de tempo , o que comprovava as dúvidas. Meus pais agiram calmamente, e mesmo que a casa não tenha um seguro que cobrisse os móveis, tudo seria reestruturado o mais rápido possível. A dúvida que paira sobre mim era a minha mãe ter essa "intuição" de tirar as economias de casa sendo que ela nunca confiou no banco ou em andar com dinheiro, e também a expressão despreocupada e odiosa que ela carregava estampada no rosto. Eu não sabia mesmo por onde começar as perguntas. _Megan se despede de Ester, vamos passar uns dias na casa de seus avós! -Disse mamãe mais eficiente que um advogado. _Ester, sinto muito por tudo. Te ligo quando chegar. -Falei lhe lance deixando como lágrimas assustadas descendenteem sobre meu rosto. _Não sinta a Hinna, não é culpa sua, eu vou ficar na casa da Cecília, e você só se preocupe em ficar bem. Me ligue quando puder e quiser falar. -Contribuiu o abraço com muito carinho. _Comi ! -Falei entre lágrimas. A minha maior preocupação era saber o que meus pais sabiam sobre isso, e o que eles iriam fazer, já que aquilo com toda a minha certeza não foi um acidente! ...
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