Capítulo 1
Valentim Abravanel
Sempre soube que a vida era um sopro, e por isso era preciso viver como se cada segundo fosse o último.
Se eu soubesse que 365 dias poderiam mudar tanto a minha vida eu jamais teria aceitado aquela proposta maluca.
Mas se eu não aceitasse, eu acredito que perderia o melhor ano da minha vida, mas eu só não quero perder a minha vida.
Falei olhando para a mulher fria e linda que roubou meu coração.
— Senhor Abravanel — uma enfermeira falou entrando no quarto do hospital, não consigo ver direitinho o seu rosto, por causa da lágrimas que ainda escorrem sem pedirem permissão
— Oi — falei com a voz roca por causa do choro.
— Estes são os pertences da sua mulher — ela falou me entregando uma bolsa, e logo pode ver um papelzinho amassado no fundo.
Ela sempre foi muito organizada, qualquer coisa fora do lugar era anormal.
— Ela vai ficar bem né? — perguntei já com os olhos cheios de lágrimas e tudo que eu queria ouvir era um sim, ela já vai acorda.
— Ela está na mesma, o senhor deveria ir para casa, hospital não é lugar para uma criança tão pequena. — ela falou olhando para a pequena Hope que dormia nós meus braços.
Ela só tem um ano e dois mêses, e não tinha noção do que estava acontecendo em sua volta.
Peguei a folha rasgada e logo reconhece que era uma página da sua agenda, que ela usava como um diário, ela sempre tinha este hábito.
Peguei a folha que estava toda amassa, e olhei para a enfermeira que continuava ali olhando para a minha menina.
— Eu nunca mais vou deixa ela sozinha — falei ajeitando a minha menina nós meus braços, ela saiu do quarto.
Aos poucos fui abrindo o papel, e olhar para aquela letra tão pequena me fez sorrir, no começo eu usava uma lupa para consegui ler esta letra, mas hoje eu consegui facilmente.
Olho para cima e vejo a data de hoje.
"Te amo, mesmo sem você está, eu continuarei te amando se eu soubesse que partiria meu coração e minha alma em mil pedaços com a sua partida, continuaria a te amar, porque a minha vida não teria sido a mesma sem você..."
Ela parou de escrever aí, e as lágrimas voltaram a rolar.
Olhando para aquelas páginas me fizeram lembra de um ano atrás e por coincidência eu estava neste mesmo lugar.
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365 dias atrás
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Hoje é o meu primeiro dia de trabalho, fui contratado para ser secretário da atriz e cantora Merida, ela é uma das maiores estelas Pop brasileira.
Mas como rosa estrela Pop o nome dela está mais cancelado do que tudo neste mundo.
Ela saiu a um ano das mídias, mas o seu nome nunca sai, o que eu não entendo.
Um carro da equipe dela veio me buscar, já que o lugar onde ela está é sigiloso.
— Bom dia — falei sendo bem educado.
Mas ninguém me respondeu.
Já vi que a coisa é tensa, eu nunca trabalhei para famosos, na verdade desde que eu sair de casa a seis anos eu não almejava trabalhar para uma cantora, na verdade eu só queria sair do interior, e ser um bom escritor, mas para os meus pais isso era um sonho e******o, por isso sair do interior de mato grosso para vim para são Paulo fazer faculdade de escrita criativa, mas ainda não consegui escrever nenhum sucesso, para publicar um livro é muito caro.
Então tinha que trabalhar comecei trabalhando em lojas como vendedor, mas quando vi está oportunidade de emprego vi a chance de juntar dinheiro para lançar o meu livro.
E aqui estou eu indo conhecer a Merida, e já começo estás estrelas devem ser insuportável, toda cheia de frescura.
Chegamos no aeroporto eu já sabia que precisamos passar uma semana no Paraguai, não sei o que ela está fazendo lá, pelos boatos que eu ouvi o ex marido largou ela quando ela começou a se envolver com drogas e ela estava internada para tratamento, mas não sei não achei que isso era a cara dela.
— Bom dia, você deve ser o senhor Abravanel, o senhor sabe que este trabalho é sigiloso — um homem de terno, de mais ou menos dois metros de altura falou.
— Bom dia, não se preocupe eu me compromete 100% com este trabalho...
— Espero — ele falou me entregando o contrato.
Comecei a ler, mas estava tudo certo, era um negócio extremamente sigiloso, então eu assinei antes de subir no avião dela.
— Vou ser bem claro com você, não é nada fácil trabalhar com a Merida, ainda mais agora, em uma semana ela tem uma entrevista e vai lança a nova música dela, além de que ela precisa limpar a sua imagem, o que não é fácil com o ex marido que ela tem, e este também é o seu trabalho você precisa ficar grudado nela 24 horas por dia...
— Eu sou o babá dela? — perguntei incrédulo.
— Bom — ele falou se ajeitando no acento.
— Sim, você é meio que isso, você tem que fazer de tudo para ela continua longe das cameras até a sexta, qualquer coisa que saia de polêmica liga ao nome dela pode ser um fim definitivo da carreira dela, ela pode perde o contrato com a gravadora, e você além de perde o emprego eu vou fazer de tudo para você nunca mais arranjar um. — ele falou curto e grosso.
E já vi tudo vou ser babá de uma cantora mimada que acha que o mundo gira entorno dela.
— Eu entendi — falei calmo. Afinal não adianta me estressar agora já sei que vou me estressar lá.
A viagem foi até rápida e logo chegamos em um sítio eu acho, o avião pousou em uma pista particular e logo tinha um carro para nós buscar.
— Sejam bem-vindos — o motorista socorro falou, e achei ele bem simpático.
— Obrigado — responde e entramos no carro e dali já notei que a propriedade é grande e bem segura.
Quando eu avistei a casa eu fiquei de boca aberta, o lugar era simplesmente lindo tinha dois andares um construção no estilo neoclássico francesa.
— Boa sorte — o motorista falou.
— Obrigado — falei saído do carro.
Entrei com o pé direito para ver se dava sorte, pelo visto está mulher é o cão.
Assim que passei do hall de entrada ou coisas serem quebradas podia escuta o vidro se romper em milhares de pedaços no chão.
Todos pareciam bem calmos trabalhando normalmente, o que me indica que isso é o normal aqui.
— Bom dia Samantha — o produtor dela que veio comigo falou para a moça que auxiliava os demais funcionários.
— O dia não está nada bom — ela falou cruzando o braço seria — Este aí vai ser o babá da Merida, porque eu não aguento mais.
— É, ele sim, ela não tomou o calmante hoje — ele perguntou tranquilo e o barulho de coisas quebrando só aumentou.
— Não,tentei até colocar no suco, mas ela não quis, e você sabe se os pais dela a verem assim na quinta eu vão colocar ela em um hospital psiquiátrico — ela falou e eles saíram andando e me deixaram ali.
Eu não sabia se deveria seguir eles, então fiquei ali parado, mas aquele som estava ficando insuportável para mim, então resolve ir até onde ela estava afinal este é o meu trabalho cuida dela e dos seus compromissos.
Subi as escadas devagar, eu estava com medo do que eu iria encontrar, mas ao mesmo tempo eu estava muito curioso, quando cheguei no primeiro andar o som foi aumentando e junto dele o choro, quando chegue na segunda porta que tinha naquele enorme corredor, pode ouvir o choro aumentar.
— O que eu fiz de tão r**m — ela murmurou e pode ouvir a voz do choro aumentar.
Abrir a porta com delicadeza, mas a outra fez um barulho alto.
— Samantha eu já disse que não quero ficar dopada, me deixa em paz — ela falou entanto conter as lágrimas.
Como ela está de costa não pode perceber que não era a Samantha, ela estava no chão rodeada de cacos de vidro.
— Desculpa o incomodo, eu sou o Valentim o seu novo secretario particular — falei calmo e ela nem se virou.
— Diga o Saulo que eu não preciso de babá eu só quero um pouco de paz é pedi muito — ela falou ríspida, ela estava muito nervosa e neste minuto eu me arrepende de ter entrado aqui.
— Eu não sou menino de recado...
— Eu não preciso de mais um estorvo nesta casa, acho bom você ir embora antes que eu quebre um vaso na sua cara — ela esbravejou, eu não sei qual é a expressão dela.
Eu eu já enfrentei muito boi bravo, consigo enfrentar uma mimadinha.
— Tenta — foi tudo que eu falei.
Ela se levantou e virou para mim, e nossa como ela é bonita, seus olhos são muito grandes e com um azul tão lindo, mesmo inchado, e a Merida sempre usa um cabelo Chanel e tom de rosa e roxo, eu acho que ninguém nunca tinha visto o cabelo dela de verdade ela tem cabelos castanhos escuros o que contrata muito bem com os seus olhos.
Ela não jogou o vaso só ficou me encarando.
— O que aconteceu? — perguntei a ela afinal ninguém sai tacando nada por aí a toa
— Olha não vai colar está de ser bonzinho comigo, eu não vou tomar estes remédios, eu não estou doente, eu só quero ter o direito de está triste está com raiva.
— Claro que você tem o direito de está com raiva, mas acho até não precisa destruir tudo...
— Você prefere que eu bata na cara de alguém? — ela cruzou os braços com uma cara de deboche.
— Engraçadinha — falei e ela franziu a testa.
Ficamos nos encarando, até o tal Saulo se aproximar.
— Pelo visto vocês já se conheceram — ele falou seco — Vamos ensaiar Merida — ele falou e ela revirou os olhos.
— Mais tarde eu faço isso...
— Você vai cantar ao vivo a sua voz tem que está perfeita...
Ela bufou cansada.
— Eu posso pelo menos escolher a música? — ela perguntou com a cara fechada nitidamente chateada.
— Não, você precisa segui o roteiro, se não vou nunca vai sair deste fundo do posso.
— Eu preciso de meia hora...
— Você tem 5 minutos — ele falou ríspido — E você leve ela para a sala de ensaio, ela é sua responsabilidade — ele falou olhando para mim e saiu e ela simplesmente se jogou na cama.
E pelo jeito eu sou babá de uma mulher muito mimada.
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continua...