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Kayra Arslan Eu abro os meus olhos e noto que acordei antes dele. Ainda está escuro lá fora, mas a claridade fraca que atravessa a janela denuncia que a vigília não dorme nunca. Este lugar nunca conhece a paz absoluta. A guerra, mesmo silenciosa, respira junto com a gente. Viro a cabeça e o vejo de bruços, espalhado na cama como se não tivesse um único problema no mundo. Sem camisa, os braços dobrados embaixo do travesseiro, o rosto virado para mim. Ele respira leve, tranquilo, como se não fosse o mesmo homem que vive com a cara fechada e com os punhos sempre prontos para o embate. E eu me pego olhando. Observando. Tentando entender como é possível alguém ser tão chato e tão bonito ao mesmo tempo. Contradição pura. Como pode? Ele e Brahan são tão diferentes. E olha que Brahan é bonit

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