📕 NARRADO POR NILO TAVARES
Ela ficou ali.
De pé.
Olhar de lança.
Postura de quem já apanhou do mundo e decidiu não abaixar mais a cabeça.
E isso…
Isso me dava nos nervos.
Porque ela não tremia.
Não como antes.
Era como se tivesse acordado com um pacto novo.
Com ela mesma.
Só que nesse quarto…
Quem faz pacto sou eu.
E quem quebra também.
Dei mais um passo.
O suficiente pra invadir o espaço dela de novo.
O suficiente pra sentir o cheiro de suor seco, poeira e… teimosia.
Estiquei o braço sem aviso.
Puxei ela pelo pulso.
Firme.
Seco.
Como quem puxa corrente curta.
— “Já que acordou inspirada… vem. Vai fazer um café pra mim.” — falei, sem aumentar o tom. Só deixando claro que a ordem não era favor.
Ela tentou travar o pé.
Mas eu puxei mais forte.
— “Anda, p***a. Me acor
