📍 NILO
Ela dormia.
De verdade, dormia.
A respiração leve, o rosto afundado no meu peito, o braço jogado pela minha cintura, como se quisesse me manter ali… preso nela.
E eu tava.
Preso.
Fudido.
Selado.
O lençol m*l cobria a gente. A pele dela ainda grudada na minha, o calor do corpo escorrendo entre os poros, os cheiros misturados.
E eu?
Eu não conseguia fechar o olho.
Tava ali…
nu.
Com o p*u amolecido, mas ainda pesado do que a gente viveu.
Com o peito estufado por um sentimento que eu nem sabia nomear — mas que queimava mais que ódio, mais que t***o, mais que tudo que já ardeu em mim.
Ela era minha.
Minha.
A menina que me olhou com coragem.
Que me deixou ser o primeiro.
Que se abriu pra mim… por dentro e por fora.
E agora dormia no meu peito como se ali fosse o mundo
