"Aqui e Agora: Histórias de Amor

Tudo era novo pra mim, o desejo, a luxúria, o sabor do pecado. Sim, o sabor do pecado que chegou de vestido vermelho sangue de couro, cabelos escuros como ébano e lábios vermelhos. Eu era a filha do pastor, o que tinha demais nisso? Tudo, eu era a filha perfeita, tinha que ser igualmente perfeita para todos. Era motivo para muitos jovens que poderiam ser meus amigos me odiarem, pois seus pais amavam enfatizar o quão perfeita eu era e que eles poderiam ser iguais a mim. Só que a realidade estava muito longe de ser isso, pois era a terceira vez que me tocava pensando naquela mulher. Mulher essa que tirou minha paz, minhas noites de sonos, que fazia meu corpo arder de desejo. — Não amiga, hoje é reunião familiar, o pessoal da igreja vai passar lá em casa e já sabe o resto — Comento ao morder um pedaço da minha esfiha. — Verdade! Eu posso ir, assim você não fica com tanto tédio, aliás, nossa Professora estará junto — Revirando meus olhos, senti meu estômago embrulhar. Sim, ela era o motivo das minhas noites sem dormir, a recém nova convertida da igreja, amiga de mamãe. — Nem me fale, aliás temos que estudar para a prova de finais de ano — Digo tomando um gole da minha coca. — Esses últimos semestres estão sendo puxados, estou tão exausta — Suspirando juntas, voltamos comer sem mais nenhuma palavra. Eu estava cansada, havia dormido tão pouco. Passei os últimos minutos me sentindo péssima e orando, porém o desejo me consumia por completo. O dia havia passado rapidamente, passei maior parte da minha tarde estudando. Agora eu me encontrava usando um vestido branco que ia abaixo dos meus joelhos e um salto alto. Meus cabelos castanhos estavam úmidos pelo banho recém tomado, uma maquiagem leve fazia presente no rosto para disfarçar o cansaço. "Até agora não me apresentei para vocês: Eu sou Anne-Marie, filha de Marie e Henry Hart, tenho vinte e três anos de idade. Faço faculdade de Advocacia, somos uma grande família de advogados, e eu até que peguei gosto pela profissão." — Filha, sua Professora está aqui, ela está tão orgulhosa de você, disse que você tirou a nota mais alta da turma — Mamãe diz toda orgulhosa, eu apenas dei um meio sorriso e olhei para minha Professora. Ela parecia ter um sorriso diabólico, seu olhar entregava luxúria e sua voz sempre sensual. — Sim, estou muito orgulhosa de você, eu tenho algo para lhe entregar, porém esqueci em casa — Comenta. Eu apenas balancei minha cabeça enquanto mordia o interior de minha bochecha. — Por que não vão buscar, aproveitem que os convidados ainda não chegaram — Sem esperar por uma resposta minha, eu estava sendo empurrada para fora de casa. O caminho para casa de minha Professora, eu não puxei nenhum assunto. Ela morava a poucos quarteirões de casa. Minuto ou outro éramos parados por alguns dos irmãos da igreja, e eu jurava que eles podiam ver minha alma pecaminosa. — O que tanto pensa meu anjo? — Sua voz percorreu por cada poro do meu corpo, me deixando arrepiada por completo. — Nada demais, apenas nas provas que estão por vir — Comento. Ela apenas me puxou para perto de seu corpo, e deu um breve riso. — Você se sairá bem, fique tranquila meu anjo — Sorrindo de lado, apenas olhei para o chão. Assim que chegamos em sua casa, ela abriu a porta e me deu passagem para entrar. Eu estava nervosa, não que fosse acontecer algo, pois não iria, mas ainda sim estava nervosa. — Me espere aqui, já volto — Me sentando no sofá, fiquei brincando com meus dedos, eu estava tão nervosa. Olhando sua casa envolta, me surpreendi com uma foto enorme dela pendurada na parede, ela estava apenas de calcinha e com seus s***s expostos. Não consegui prestar atenção em mais nada além de sua beleza foto seminua. A ponta de seu dedo entre seus dentes, o olhar cheio de luxúria e desejo. Seu corpo era de fato uma obra de arte, ela era uma obra de arte. — Gostou da foto? Não conte para sua mãe, se não ela surtaria — Rindo de seu comentário, voltei minha atenção para ela. — Mamãe realmente surtaria, prometo que não irei contar — Digo. — Aqui está, é simples, mas espero que goste — Pegando a caixinha que ela estendeu em minha direção, abri ela sem pressa alguma. Dentro continha uma pequena e delicada correntinha. O que eu amei de imediato. — É muito linda, eu amei, obrigada mesmo Professora — Agradeço ao puxar ela para um abraço. — Pra você é Lilith — Diz ela baixinho perto do meu ouvido. Todos na igreja abominavam seu nome, porém diziam que ela não tinha culpa. Eu acho o nome dela perfeito, é o nome de uma Deusa, e ela é uma Deusa pra mim. — Obrigada mesmo, poderia colocar em mim? — Peço educadamente e ela sorri. Segurando meus cabelos, ela colocou a corretinha em mim. Eu apenas sabia sorrir feito uma boba, me sentando de volta no sofá, olhei em sua direção. — Não precisa agradecer tanto, mas saiba que esse presente foi escolhido especialmente para você — Sentindo seus dedos deslizar por meu braço, ela se sentou no braço do sofá. Eu sentia meu corpo incendiar com seu olhar sobre mim, seus dedos em minha pele. Sua boca parecia tão convidativa, eu não conseguia pensar em mais nada. Me levantando, colei nossas bocas uma na outra, suspirando, suas mãos foram para minha cintura me apertando. — Eu te desejo tanto que não cabe em mim, te quero tanto, o teu beijo era tudo que mais precisava, teu toque — Digo ofegante após apenas um selar de lábios. — Suas confissões são tudo pra mim, minha garota, fale mais — Seu corpo deitando sobre o sofá, o vestido subindo até metade de sua coxa. — Eu te quero Lilith, te quero muito, eu preciso de você — Beijando seu pescoço, escutei ela suspirar perto de meu ouvido. — Você já me tem, eu vou ser pra sempre sua — Sorrindo me entreguei ao prazer, a luxúria de estar com aquela mulher. Seus dedos, sua boca em meu corpo, era tudo que eu precisava e mais ansiava. E como dito e feito, eu fui pra sempre daquela mulher, ela me tem até hoje. Meus pais? Minha mãe se divorciou dele e se casou com outro homem, meu pai se entregou para as bebidas e deve estar perdido por aí. Eu por outro lado, estou nos braços do meu primeiro amor, da mulher que mais amo nessa vida, a qual me completa todas os dias e todas as noites. E é aqui que sempre vou estar, para sempre ao seu lado. Nunca foi tão libertador amar alguém como amo ela, ser quem eu sempre fui de verdade. Olhando dentro de seus olhos que sempre carregaram o prazer, a luxúria, eu encontrava amor, o amor que ela sente por mim. — Você parece querer confessar algo, amo quando faz isso — Sorrindo boba, beijei seus lábios sem pressa alguma. — Te amo! — Eu também te amo e pra sempre vou amar minha eterna garota! História 2 | Expresso Luana estava sentada em uma cafeteria, esperando por um café. Ela estava perdida em seus pensamentos, pensando sobre sua vida e seus sonhos. De repente, ela ouviu uma voz suave e doce atrás dela. — Desculpe, você está bem? Luana se virou e viu uma jovem mulher com olhos castanhos e cabelos pretos. Ela estava segurando um café e sorria para Luana. — Sim, estou bem –, respondeu Luana.—Obrigada por perguntar. A jovem mulher se sentou ao lado de Luana e começou a conversar. Ela se apresentou como Júlia e disse que trabalhava na cafeteria. Luana se sentiu atraída por Júlia e começou a conversar com ela. À medida que conversavam, Luana se sentiu mais e mais à vontade com Júlia. Ela se sentiu como se estivesse conhecendo uma amiga de infância. Júlia era inteligente, engraçada e tinha um sorriso contagiante. Quando Luana se levantou para ir embora, Júlia a seguiu até a porta. — É um prazer conhecer você — disse Júlia. — Espero que você volte logo." Luana sorriu e disse: — Eu voltarei. Prometo. E assim, Luana e Júlia se despediram, sem saber que seu encontro casual seria o início de uma história de amor que mudaria suas vidas para sempre. Inspiração em "Espresso" de Sabrina Carpenter: