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3141 Words
Dante foi para o Brasil num avião comercial. Falco estava usando o avião dos Orsini. Considerando as roupas dos passageiros na primeira classe, ele imaginava que a maioria estava indo para Campo Grande, de férias. A cidade era perto de um lugar chamado Pantanal. Sua agente de viagens havia discursado sobre trilhas, canoagem, a incrível quantidade de vida selvagem... Dante a interrompera: — Apenas me arranje um hotel decente e um carro alugado. Ele não estava indo para a América do Sul a passeio. Tratava-se estritamente de negócios. Negócios do seu pai, e o fato de ter permitido que Cesare o convencesse o irritava profundamente. — Sr. Orsini, aceita alguma coisa? — perguntou a comissária de bordo, sorrindo. Ele pediu vinho tinto. Então abriu sua pasta e leu a papelada que seu pai lhe dera. Não descobriu muito mais do que já sabia. A fazenda Vieira continha uma enorme quantidade de gado e um pequeno número de cavalos. Pertencia à mesma família por gerações. Havia um cartão com o nome, endereço e telefone do advogado de João Vieira. Uma anotação com a letra de Cesare estava atrás: "Lide com ele, não diretamente com os Vieira." Certo. Ele ligaria para o homem logo que chegasse, talvez naquela mesma noite. Brasileiros eram noturnos. Nas ocasiões que ele estivera em São Paulo, os jantares nunca começavam antes das 10h. Ligaria para o advogado e marcaria um encontro. Então explicaria o propósito de sua visita e faria uma oferta pela fazenda. Quanto tempo isso levaria? Talvez nem mesmo os dois dias que tinha tirado de folga. Sentiu seu ânimo melhorar. Com sorte, logo estaria de volta a Nova York. Já era início da noite quando Dante desceu do avião. Graças ao fuso horário e à escala em São Paulo, ele tinha perdido duas horas. Muito tarde para contatar o advogado de Vieira, e talvez fosse melhor assim. Tudo que queria, após aquele voo interminável, era pegar um carro, ir para o hotel, tomar um banho e comer alguma coisa decente. O hotel, na cidade de Bonito, a três horas e meia do aeroporto de Campo Grande, correspondeu às suas expectativas. Era confortável e silencioso, assim como sua suíte. Após tomar um banho e solicitar o serviço de quarto, Dante se acomodou para ler os documentos novamente. Talvez tivesse perdido alguma informação da primeira vez. O que esperava descobrir era algo sobre o filho em Vieira e "Filho". Por que Cesare estava tão convencido de que o tal filho não era capaz? Mas não havia nada sobre isso nos documentos. Depois de jantar, Dante pegou uma cerveja do frigobar e saiu para a pequena varanda que dava vista para uma piscina à luz da lua. Estava exausto, mas sabia que não conseguiria dormir. O longo voo, a mudança de horário, o fato de que ainda se sentia irritado por estar lá... Se um homem largava seu trabalho para voar mais de oito mil quilômetros, deveria haver uma razão melhor para fazer isso do que atender ao pedido de um pai que não respeitava. Como conduzir negócios para os Irmãos Orsini. Ou apreciar umas férias. Ou localizar Gabriella. Dante fez uma careta. De onde tinha vindo aquele pensamento? Para quê localizá-la? Para começar, o Brasil era um país enorme. Ele nem sabia se ela retornara para lá, ou em que estado se encontrava. Por que estava pensando em Gabriella? O caso entre eles tinha sido divertido enquanto durara. Alguns meses, então ela saíra de sua vida, ou ele saíra da vida dela... Certo. Não tinha sido bem assim. Dante havia viajado a negócios, uma viagem que Nick deveria ter feito mas, como Nick estava ocupado, Dante se oferecera para ir no lugar dele. — Tem certeza? — perguntara Nick. — Porque posso adiar isso por uma semana. — Não — respondera Dante. — Não me importo em sair um pouco da rotina. Então ele tinha voado para Roma, ou talvez Paris, e não avisara Gabriella. Por que avisaria? Eles estavam namorando, nada mais. Exclusivamente, porque Dante saía com uma mulher de cada vez enquanto durasse. Mas isso era tudo. Enquanto esteve fora, sentiu que a relação com Gabriella estava saindo do controle. Ao retornar, comprou-lhe brincos de diamante e combinou de encontrá-la no Perse para jantar. Dante estava estranhamente nervoso durante a refeição. Ridículo, uma vez que já passara por momentos como aquele muitas vezes. Finalmente, durante o café, pegou a mão dela. — Gabriella, tenho uma coisa para lhe dizer. — E eu... também tenho algo a lhe dizer. A voz dela não passava de um sussurro, o rosto estava vermelho. Oh, Gabriella iria lhe dizer que tinha se apaixonado por ele. Dante já passara por isso, conhecia os sinais. Então, colocou a caixa com os brincos sobre a mesa entre os dois, e explicou rapidamente que gostava dela, mas que o trabalho estava exigindo muito dele, que lhe desejava tudo de bom, e que se algum dia ela precisasse de alguma coisa... Gabriella não falara uma única palavra. O rubor no rosto tinha sido substituído por palidez. Então ela se levantara e saíra do restaurante, deixando os brincos, deixando-o, apenas andando, cabeça erguida, coluna reta, sem olhar para trás. Dante bebeu a cerveja, trocou o jeans por um short e saiu para correr. Quando retornou, uma hora depois, dormiu sem sonhar, até que o telefonema que requisitara na recepção do hotel o acordou na manhã seguinte. Eduardo de Souza, o advogado de Vieira, tinha uma voz agradável ao telefone. Dante explicou que era filho de um velho conhecido de João Vieira, e perguntou se eles poderiam se encontrar o mais breve possível. — Ah — disse Souza com um suspiro. — E seu pai sabe o que aconteceu? Que Vieira estava morrendo? Que o filho do homem estava prestes a herdar a fazenda? — Sim, ele sabe — respondeu Dante. — É por isso que estou aqui, senhor. — Ele pausou, sem saber como o advogado reagiria. — Meu pai quer fazer uma oferta a ele pela fazenda. Silêncio. Então, soando intrigado, Souza perguntou: — A quem? — A Vieira. Pela propriedade. Ouça, se pudermos nos encontrar para discutir isso... — Claro. Vejo que temos muito a discutir. Na verdade, estou a caminho da fazenda. Podemos nos encontrar lá? Souza lhe explicou como chegar ao lugar, que ficava a 48 quilômetros da cidade. Dante encontrou a fazenda sem dificuldade. Os portões estavam abertos, o caminho de cascalho, cheio de buracos. Após aproximadamente um quilômetro, avistou uma casa e meia dúzia de construções, entre as quais um estábulo. Ele franziu o cenho. As construções, inclusive a casa, davam a ideia geral de abandono. Havia alguns veículos no terreno: algumas caminhonetes velhas, carros com lama nas rodas, e um enorme utilitário preto brilhante. Era tolice detestar um veículo, Dante sabia, mas não gostou do que viu. Ele desceu do carro lentamente. Aquela era uma fazenda próspera? Talvez tivesse pegado a estrada errada... — Sr. Orsini? Um homem baixo e troncudo estava descendo os degraus correndo, enxugando o rosto suado com um lenço. — Sr. Souza? — Dante estendeu a mão. — Prazer em conhecê-lo. — Tentei adiar as coisas, senhor, mas houve certa impaciência. Adiar o quê? Dante começou a perguntar, mas o advogado segurou-lhe o cotovelo e o conduziu apressadamente para dentro da casa. Alguns homens estavam em pé num pequeno grupo, braços cruzados. Um homem enorme, vestido de preto como um vilão de cinema e fumando um charuto, estava sozinho no canto da sala. Dante imediatamente o rotulou como o dono do utilitário. Uma escadaria larga levava ao segundo andar; na frente, estava um homem de terno brilhante, tagarelando no indecifrável idioma português. De vez em quando, um dos expectadores murmurava uma resposta. Dante arqueou a sobrancelha. — O que está acontecendo aqui? — Um leilão, é claro — sussurrou Souza. — Da fazenda. Pelo banco. — Ele deu de ombros. — Você entende. Não, pensou Dante atordoado, não entendia. Segurando o braço do advogado, conduziu-o para um canto. — João Vieira está vendendo a propriedade? O homem pequeno franziu o cenho. — João Vieira está morto, senhor. — Morto? — Dante fez uma pausa. — O filho dele, então? Artur está vendendo o lugar? — Artur também está morto. Não é por isso que você está aqui? Para fazer uma oferta por Vieira e Filho? — Bem, sim, mas eu não sabia que... — Deve estar preparado para dar um lance alto, senhor. Droga. Não era assim que se fazia negócios. — Quanto vale a fazenda? O advogado citou um valor em reais e rapidamente o transformou em dólares. — Cinquenta mil? Isso é tudo? — A quantia vai cobrir a dívida do banco. — Souza hesitou. — Mas no leilão os lances serão muito mais altos. — Ele baixou o tom para um sussurro: — Há uma outra parte interessada. Dante já tinha ido a leilões antes. Comprara alguns quadros na Sotheby. Havia sempre uma outra parte interessada, mas na Sotheby não tinha sido assim. Além da competitividade, ele podia sentir alguma coisa estranha no ar. — Certo. Em quanto estão os lances? — Vinte mil. Metade do que o banco quer. Dante assentiu. O dinheiro não era seu, era de seu pai. Gaste o que for preciso, seu pai lhe dissera, até meio milhão de dólares. Aquilo lhe dava uma vantagem significativa... e quanto antes resolvesse tudo, mais rapidamente poderia partir. — Dê um lance de cem mil dólares. O advogado pigarreou. Gritou o valor em reais. Um silêncio reinou na sala. Todos olharam primeiro para Dante, depois para o homem grande de preto, que se virou para olhá-lo, também. Dante sustentou o olhar do homem, até que ele mudou o charuto para um dos cantos da boca e mostrou todos os dentes no que ninguém poderia chamar de sorriso. — Duzentos mil dólares — o homem falou, um leve sotaque inglês. Houve gemidos audíveis dos outros. O que era aquilo? Uma competição por um lugar arruinado, que precisaria de alto investimento para se tornar produtivo? Talvez Cesare estivesse louco, mas Dante não estava, e seu pai não lhe dera a incumbência por acreditar em sua perícia nos negócios? Dante deu de ombros. — Se você quer tanto esta fazenda — começou a dizer... E então uma voz tão suave como pétalas de rosas falou seu nome. E ele soube quem era, mesmo antes de se virar para a escada e vê-la. O coração de Gabriella estava disparado. Era Dante. Mas não podia ser. Ele era uma lembrança amarga de uma outra época, de um outro lugar... — Gabriella? Deus, ele era real! Quase um ano e meio tinha se passado, entretanto tudo nele era familiar. Os ombros largos e o corpo esbelto e musculoso. Os ângulos fortes do rosto. Os claros olhos azuis. E a boca. Firme e sensual, e mesmo agora ela lembrava-se da sensação daquela boca contra a sua. Ele estava andando na sua direção. Gabriella meneou a cabeça, deu um passo atrás. Sabia que não devia permitir que ele a tocasse. Caso contrário, poderia fraquejar. Todas as noites em que pensara em Dante, forçando-se a não pensar nele, dizendo a si mesma que o detestava e que nunca mais queria vê-lo... Entretanto, agora, parada nas sombras do corredor do segundo andar, ouvindo seu destino ser decidido por um grupo de homens sem rosto, tinha ouvido a voz dele e reagido... seu coração disparado, os lábios querendo se curvar num sorriso. Gabriella respirou profundamente. Não tinha razão para sorrir para aquele homem. Não sentia nada por ele. Nem mesmo ódio. Vê-lo a assustara, nada mais... A menos... a menos que ele tivesse ido lá por ela. Na escuridão das noites, mesmo desprezando-o, Gabriella chorava por Dante. Por seu toque. E às vezes, ousava sonhar que ele descobrira seu segredo, que estava voltando para ela... — O que você está fazendo aqui? — perguntou Dante. A pergunta destruiu aqueles sonhos ridículos, substituindo-os pela realidade, pelo conhecimento de que precisava se livrar dele o mais rapidamente possível. Seu coração continuava a bater forte, mas as mudanças recentes em sua vida haviam trazido de volta os hábitos enraizados da infância, e Gabriella se recompôs, assumindo uma atitude calma e resoluta. — Acho que uma pergunta melhor é: o que você está fazendo aqui? Ele pareceu surpreso. Contudo, era um homem que nunca tinha de responder a ninguém. — Estou aqui a negócios. — Que tipo de negócios o traria para o fim do mundo? — Vim comprar esta fazenda. Ela sentiu a cor desaparecer de seu rosto. — Vieira e Filho — disse ele impacientemente. — E você ainda não respondeu a minha pergunta. Um suspiro soou na sala, seguido pela risada de um homem. Gabriella viu Dante virar-se na direção de André Ferrantes e sentiu uma onda de pânico. Quem sabia o que ele diria? — Alguma coisa nisso o diverte? — perguntou Dante friamente. Ferrantes sorriu. — Tudo sobre isso me diverte, senhor, inclusive esta cena tocante de reencontro. Eu gostaria de saber de onde você conhece a senhorita. — Dante — Gabriella falou rapidamente —, ouça... Ferrantes deu um passo à frente. — Eu pergunto — continuou ele — porque a conheço muito bem. — Gabriella arfou quando ele passou o braço ao redor de sua cintura e prendeu-a ao seu lado. — Intimamente, pode-se dizer. Não é, Gabriella? Os olhos de Dante esfriaram, fixando-se no rosto de Ferrantes, mesmo enquanto dirigia uma pergunta a ela: — Sobre o que ele está falando? Gabriella o ouvira usar aquele tom antes, não muito depois que se conheceram. Estavam passeando numa rua do Soho. Era tarde da noite, e eles ouviram um grito vindo de um beco escuro, o barulho de alguma coisa batendo no chão. — Fique aqui — Dante lhe dissera. Tinha sido um comando, não um pedido, e ela obedecera instintivamente. Mas ao ouvir sons de socos, correra em direção ao beco no momento que Dante reapareceu com um homem ofegante ao seu lado, agradecendo-lhe repetidamente. O casaco de Dante estava rasgado, o maxilar começando a inchar, e a expressão nos olhos contava o que ele tinha sido obrigado a fazer... E apreciado isso. — Gabriella, sobre o que ele está falando? Responda! Ela abriu a boca, voltou a fechá-la. O que poderia lhe dizer? Não a verdade. Nunca a verdade. — Talvez eu possa ajudar, senhor. — Era o advogado, olhando de um homem para o outro e sorrindo nervosamente. — Você e a senhorita devem ter se conhecido nos Estados Unidos, presumo. — Sr. Souza — disse Gabriella —, eu lhe suplico... — Pode-se dizer isso — confirmou Dante, os olhos nunca deixando o homem que ainda tinha o braço ao redor de Gabriella, muito pálida e trêmula. Por que ela não se afastava daquele p****e asqueroso? Por que não dizia que ele era mentiroso? De jeito nenhum Gabriella teria se entregado para alguém como aquele homem. — Neste caso — continuou o advogado —, você provavelmente a conhece como Gabriella Reis. Dante cruzou os braços sobre o peito. — É claro que eu a conheço como... — O nome completo e verdadeiro dela é Gabriella Reis Vieira — declarou Souza. — Ela é filha de João Vieira. Dante o olhou. — Pensei que Vieira tivesse somente um filho. — Ele tinha um filho e uma filha. — Souza pigarreou. — Talvez... devêssemos discutir isso em particular, sr. Orsini. — Façam isso — palpitou Ferrantes. — Há um leilão acontecendo aqui, doutor, ou você se esqueceu? — Deixe-me esclarecer uma coisa — disse Dante, sua atenção apenas no advogado. — A fazenda, que deveria ser de Gabriella, será vendida pela maior oferta? — Para mim. — Ferrantes olhou para Gabriella. A mão que estava na cintura dela subiu, deliberadamente, até abaixo do seio. — Tudo será vendido para mim. Não há negociação para você aqui, americano. Dante o encarou. Olhou para Gabriella. Alguma coisa estava muito errada ali. Ele não sabia o que era, não tinha tempo para descobrir. Podia agir somente por instinto, como fizera muitas vezes na vida. Respirando fundo, dirigiu-se ao leiloeiro. — Qual foi o último lance? O leiloeiro engoliu em seco. — Sr. Ferrantes ofertou duzentos mil dólares. Dante assentiu. — Quatrocentos mil dólares. Pessoas arfaram. Ferrantes estreitou os olhos. — Seiscentos mil. Dante olhou para Gabriella. O que acontecera com ela? Estava tão linda quanto no passado, mas havia perdido peso. Os olhos pareciam enormes no rosto delicado. E embora estivesse tolerando o toque de Ferrantes, ele podia ver que não estava gostando da proximidade. — Gabriella — murmurou ele baixinho —, posso comprar este lugar para você. A multidão se agitou. A expressão de Ferrantes era furiosa, mas Dante só tinha olhos para a mulher que um dia fora sua amante. — Sem elos — disse ele. — Eu compro, passo para o seu nome, e isso será o fim de tudo. Ela o fitou, parecendo considerar suas escolhas. Mas o que havia ali para considerar? — Gabriella, diga-me o que você quer. — O tom de voz de Dante continha urgência agora. Ferrantes empurrou Gabriella de lado, deu um passo ameaçador à frente. — Acha que pode entrar aqui e fazer o que quer, americano? Dante o ignorou. — Fale comigo, Gabriella. Ela quase riu. Falar? Era tarde demais para isso. Eles deveriam ter conversado naquele dia terrível, quando sua vida tinha mudado para sempre. Estivera tão sozinha, tão assustada, tão necessitada da força e conforto do seu amor. Havia telefonado para o escritório de Dante, descobrira que ele estava viajando. Ele não lhe avisara que viajaria. Gabriella vira aquilo como um mau sinal, mas quando Dante ligou na noite seguinte, convidando-a para jantar, seu ânimo melhorara. E naquela noite, quando Dante dissera que tinha algo a lhe dizer, ela tivera certeza de que o destino havia atendido sua prece, que ele diria que viajara para refletir sobre o relacionamento dos dois, e que agora sabia como se sentia... Mas o que Dante descobrira era que estava cansado dela. Gabriella jamais se esqueceria da pequena caixa azul. Os brincos lindos e caros. E o pequeno discurso educado ao terminar o relacionamento. A dor pela rejeição de Dante fora momentaneamente entorpecida pela arrogância dele. Gabriella nunca pudera se imaginar querendo alguma coisa de Dante. Mas sua vida tinha mudado. — A fazenda é minha — declarou Ferrantes. — Assim como a mulher. Gabriella respirou profundamente. — Sim. Por favor... compre a fazenda para mim. — Suas palavras eram apressadas e desesperadas. — Eu pagarei de volta. Levará tempo, mas pagarei cada centavo. Dante não hesitou. — Cinco milhões de dólares — gritou para o leiloeiro. A multidão se alvoroçou. Ferrantes praguejou. O leiloeiro bateu o martelo. E Dante pegou Gabriella nos braços e a beijou.
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