CAPÍTULO 103 RENATA NARRANDO: Já estava no final da tarde quando finalmente consegui parar um pouco. O sol entrava pelas frestas da cortina da sala, tingindo o ambiente com aquele tom alaranjado que sempre me deixava pensativa. Passei o pano pela última vez na pia da cozinha e soltei um suspiro. O dia tinha sido longo, mas pelo menos tudo estava em ordem. A casa estava limpa, as roupas lavadas, a louça brilhando. Era estranho, porque mesmo cansada, eu sentia uma paz diferente em estar ali. Peguei a caixa de remédios sobre a mesa e comecei a separar as doses que Vulcão precisava tomar à noite. Ajeitei os comprimidos em cima de um pires, conferindo cada um com atenção. Eu me pegava cuidando dele como se fosse obrigação, mas no fundo sabia que tinha muito mais do que isso. Tinha algo dentr

