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A viúva do traficante

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Blurb

Valéria nasceu e foi criada no coração do Morro Canta g**o, cercada por becos estreitos, promessas quebradas e uma realidade dura desde o berço. Aos 16 anos, se apaixonou por Daniel, um jovem ambicioso conhecido como Macaco, que na época ainda era apenas um vapor tentando subir no movimento. Com o tempo, ele conquistou poder, respeito e medo — se tornando o dono do morro. E Valéria, a mulher ao lado dele, virou a primeira-dama da quebrada.Mas o conto de fadas logo virou pesadelo.Com o passar dos anos, Daniel se transformou. Frio, agressivo, infiel. O amor deu lugar à desconfiança e à dor. Valéria, que já havia dado tudo por ele, se via cada vez mais presa num relacionamento marcado pela violência e pelo silêncio.Durante uma operação do BOPE, tudo muda. Macaco é executado na frente dela, e Valéria, mesmo desarmada e desesperada, é levada presa como se fosse cúmplice. Só que ela sabia demais. Demais pra ser esquecida numa cela.Quem a tira de lá não é a justiça — é o subchefe do morro, fiel ao antigo comando, que resgata Valéria da delegacia antes que as autoridades a obriguem a falar.Mas se ela achava que a morte de Daniel traria liberdade… estava enganada. Agora, Valéria terá que enfrentar o verdadeiro peso do comando, as regras cruéis do morro e uma guerra interna onde ser mulher é ser alvo — ou se tornar a próxima a mandar.

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1- VALERIA
LIvro recomendado para maiores de 18 anos, conteúdo explícito!!! Livro escrito em atualização diária, sendo a obra concluída com a publicação do último capítulo e a sinalização de completo pela plataforma. Um pouco sobre a autora: Bruna Mattos, casada, mãe e batalhando para o crescimento da filha mais nova TEA 2. Minha carreira sempre foi focada em romances e os que meu público mais gostam, são no universo de morro. Avisos importantes: Como o universo é morro, traficantes, a linguagem utilizada não é na maioria das vezes o português escrito no dicionário. Mas sim o português falado no dia a dia com suas abreviações de palavras e gírias. Algumas palavras são censuradas pela plataforma, então aparece a primeira letra e ** mais a última letra, exemplo, s**o, seio, quando a autora lembra, ela pode usar o trema sëio e você terá a palavra escrita com uma acentuação não pertinente. Temos uma janela de publicação curta pois conta o horário dá plataforma em Singapura, para termos nossas metas diárias completas, de forma que fazer uma revisão ortográfica antes de publicar, para mim que escrevo em média 4 livros ao mesmo tempo é impraticável. Caso tenham alguma dúvida, ou não entendam algo escrito, podem sinalizar nos comentários do capítulo que eu terei todo carinho do mundo em esclarecer. Eu não escrevo violência doméstica nem tão pouco cenas de estüpro. Espero que gostem de ler um romance diferente que se passa em algum dos muitos morros do Brasil! Lembrando que eu nunca fui em um morro. Então tudo que eu escrevo é fruto da minha imaginação e pura ficção. Livro registrado e com direitos reservados. CAPÍTULO 1 VALÉRIA NARRANDO Eu já nem lembrava mais como era viver sem medo. Tava ali, encostada na parede fria da sala, com o canto da boca rasgado e o gosto de sangue escorrendo na garganta. Meus olhos ardiam, mas não tinha mais lágrima pra cair. Já chorei tudo que tinha… já implorei tudo que podia. E mesmo assim, ele não parava. — Olha pra mim quando eu falar, porrä! — Daniel gritou, com o olho cheio de ódio, cuspindo as palavras como se cada sílaba fosse um tapa. Eu tentei. Tentei erguer o rosto, mas o corpo já não obedecia. Cada porräda dele era uma lembrança viva do que eu tinha virado. E pensar que um dia eu amei esse homem… que um dia eu achei que ele ia me tirar da lama. — Tu pensa que pode me enganar, é? Tá de papinho com os cria, né? Com os polícia? — Ele bufava, descontrolado, ele estava drogado, desnorteado. Andando de um lado pro outro da sala, com a pistola pendurada no short e a raiva transbordando pelos poros. — Tu é minha, porrä. Minha! Não esquece disso. Eu quis gritar. Dizer que não era de ninguém. Que amor não era isso. Que eu só tava respirando porque ainda tinha esperança de sair dali viva. Mas não falei nada. Fiquei muda. Porque mulher que responde, morre mais cedo. E eu ainda queria viver. Ele se aproximou de novo, puxando meu cabelo com força, me fazendo encarar aquele rosto que um dia foi abrigo, mas hoje era tormento. — Cê vai aprender a me respeitar, Valéria — rosnou, com o bafo quente de whisky e ódio no meu rosto. A dor veio antes do tapa. Foi no estômago. Um soco seco, forte. Fui pro chão de joelhos, engasgada. O chão gelado grudando no meu suor. E foi aí que eu ouvi. Pá! Pá! Pá! Não era rojão. Era tiro. — É o BOPE! Abaixa a porrä da arma! — O grito veio forte, estourando na minha mente como uma sirene. Daniel virou pra porta na hora, puxando a pistola. Eu me arrastei pro canto da sala, o coração explodindo dentro do peito, o corpo tremendo inteiro. Eu conhecia aquele som. O barulho da bota pesada subindo os degraus, o grito seco, o cheiro de pólvora. E num segundo, tudo desabou. A porta foi arrombada com um estrondo, o tempo parou. — AQUI NAO CARALHØ — Ele gritou, levantando a Glock. Mas não teve tempo. PÁ! PÁ! PÁ! Três tiros. Secos. Precisos. O corpo dele tombou no chão como saco de cimento. E o sangue… o sangue escorreu rápido demais. Espalhou pelo piso da sala como um castigo. Fiquei ali, paralisada, olhando a cena sem conseguir reagir. O homem que me fez refém da própria casa agora era só mais um corpo no chão. — Tá limpa! — um dos políciais gritou, girando o fuzil no peito. — Tem mais alguém armado? Não consegui responder. Só balancei a cabeça devagar. Com a boca aberta. O olhar perdido no rosto ensanguentado de Daniel. O mesmo rosto que tantas vezes eu beijei, que tantas vezes eu pedi pra mudar, pra me amar de volta. Agora era só silêncio. Só morte. — Ela vai com a gente — outro falou. — Essa aí é a mulher do Macaco. Deve saber tudo. Eu nem resisti. Nem chorei. Nem corri. Me deixei algemar. O policial me arrastava pelo braço, com a mão pesada segurando firme, como se eu fosse uma criminosa perigosa. Eu m*l conseguia andar direito. Cada passo era uma dor diferente. No rosto, na costela, no orgulho. Não falei nada. Não reagi. Só deixei eles me levar. A rua tava cheia. O camburão parado no meio da viela, luz girando em vermelho e azul, iluminando tudo com aquele tom de fim. E os moradores… Tavam lá. Todos. Uns espiando pelas janelas, outros parados nas portas com a cara assustada, cochichando entre si. Criança agarrada na saia da mãe, velho com o radinho desligado na mão, um silêncio estranho no ar. Não era mais o som do tiro que ecoava. Era o da vergonha e do medo. Eu sentia os olhos de todo mundo em mim. Como se eu fosse culpada por tudo aquilo. Como se eu tivesse puxado o gatilho. — Anda logo, mulher! — o PM empurrou minhas costas com força. — Vai fingir que tá fraca agora? Eu tropecei no degrau da calçada e quase caí de cara. Me segurei no ferro do camburão e subi com o joelho ralando no chão de metal lá dentro. A porta se fechou atrás de mim com um estrondo que parecia sentença. CLANG. O gosto do sangue ainda na boca. A respiração curta. A alma, em pedaços. Sentei num dos bancos duros, encostei a cabeça na lataria e fechei os olhos. Por um segundo, desejei não acordar mais. Que tudo acabasse ali mesmo. Porque o que me restava lá fora? Quem eu era agora? A mulher do Macaco. A fiel do traficante morto. A que sabia demais. E era isso que me condenava. Não a arma, porque eu nunca peguei uma. Não o dinheiro, porque eu nunca toquei. Mas o que eu sabia… Isso sim valia bala ou cela. — Tá achando que vai sair dessa, é? — um dos PMs falou do lado de fora, rindo. — Daqui a pouco ela canta tudo na delegacia. Eles não sabiam de nada. Nem da metade. Mas eu sabia. Sabia de nomes, de rotas, de dinheiro lavado, de quem mandava e quem fingia que não via. Sabia quem devia, quem traía, quem sangrava por trás do comando. Eu era mais perigosa do que eles imaginavam. Não porque eu queria. Mas porque a vida me botou nesse lugar. E agora… Ou eu calava. Ou eu morria. Continua ......

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