CAPÍTULO 43
VULCÃO NARRANDO:
A casa tava um brinco, mano. Quem me conhece sabe que eu nunca fui muito de arrumar p***a nenhuma, eu chegava das correrias, tirava o tênis no meio da sala, largava blusa em qualquer canto, chinelo na cozinha, copo em cima da mesa e já era. Mas agora o bagulho era outro nível. Desde que a Renata começou a trampar aqui, o ambiente até parecia outro. O cheiro de desinfetante batia na cara, chão brilhando, móvel limpo, banheiro sem encardido. O bagulho tava fino.
Eu cheguei até a dar uma cópia da chave pra ela. Cansei daquele papo de ficar batendo na porta cedo e eu com a cara amassada de sono. Falei:
— Toma, Renata, chave da casa. Entra aí quando precisar, sem caô.
Ela arregalou o olho, falou que não precisava, mas eu insisti. Falei:
— Relaxe, mina. Confio
