CAPÍTULO 81 VULCAO NARRANDO: Mano, quando eu abri os olho e vi a Renata ali do lado da cama, segurando minha mão, eu fiquei meio sem entender qual fita era aquela. O hospital do morro sempre foi um bagulho sinistro, não era lugar pra gente trocar ideia de sentimento, tá ligado? Mas ver ela ali, com aquele olhar meio cansado, meio perdido, mexeu comigo de um jeito diferente. — Cê não dormiu nada, né? — soltei, a voz fraca pra c*****o, garganta seca como se eu tivesse fumado uns dez maços de cigarro de uma vez. Ela só deu um sorriso de canto, tipo quem não quer entregar a preocupação, mas eu percebi. Eu sempre percebo. — Não dormi mesmo não, Vulcão. Fiquei a noite inteira pensando em como cê tava. — respondeu, ajeitando uma mecha de cabelo atrás da orelha. Aquilo doeu mais do que o tir

