CAPÍTULO 109 RENATA NARRANDO: Assim que a porta bateu, eu olhei pro Vulcão e ele me encarava calado, com aquele jeito dele que parecia sempre querer dizer alguma coisa, mas segurava. Fingi que não percebi e subi com a Ana Clara no colo, pesada, toda largada de sono. Ela já tava mole, a boquinha meio aberta, o cheirinho doce de chocolate ainda na roupa por causa da pizza que ela comeu demais. Cheguei no quarto e deitei ela com todo cuidado, puxei a coberta até o peito dela e dei um beijo na testa. — Dorme, minha princesa — murmurei baixinho, ajeitando uma mecha do cabelo dela. Fechei a luz, deixando só a frestinha do abajur ligado, e saí do quarto. Desci as escadas devagar, ainda com a respiração pesada por conta do cansaço do dia, e quando cheguei na sala, a bagunça da pizza me olhou

