CAPÍTULO 82 RENATA NARRANDO: Saí do quarto do Vulcão com o coração apertado. Eu não queria demonstrar nada, mas a verdade é que ver ele ali, deitado, com os fios e as máquinas apitando, me dava um nó no peito. Ele era sempre tão forte, tão cheio de vida, parecia que nada nunca ia abalar… e agora tava daquele jeito. Lá fora, o Morte já tava encostado na parede, trocando ideia com um dos vapores. Quando me viu, acenou com a cabeça — Eu preciso ir até a casa do Vulcão, ele me pediu para pegar umas coisas. — Vamo, Renata. Vou pedir pro moleque te levar lá em cima. Assenti, ajeitando a bolsa no ombro. Um vapor me levou até o carro, e a gente seguiu morro acima. O caminho parecia mais pesado que o normal. Eu olhava pras casas, pras vielas marcadas de tiro da noite anterior, e cada detalhe

