CAPÍTULO 79
MORTE NARRANDO:
Mano, quando eu saí do quarto do Vulcão, parecia que eu tinha tirado um peso de umas dez toneladas das costas. Ver aquele maluco abrir os olhos foi tipo respirar depois de ficar quase morrendo afogado. Eu deixei ele lá, quieto, ligado nas máquinas, e dei o papo pra mim mesmo.
— Agora é cuidar de quem tá aqui fora também.
Voltei pelo corredor até a salinha onde tinham levado a Valéria. A enfermeira já tinha terminado a fita dela, e lá tava a mina, sentada, com o braço enfaixado, me esperando. Quando ela me viu, levantou na hora.
— E aí? — perguntou, olhando nos meus olhos como se quisesse adivinhar tudo sem eu abrir a boca.
Dei um sorrisão torto, aquele jeito meu de aliviar a tensão:
— O Vulcão acordou, porrä. Tá vivo.
Ela suspirou forte, parecia que tira
