CAPÍTULO 18 MORTE NARRANDO A raiva subiu na hora. A informação bateu como soco no peito, mas meu rosto continuava fechado, impassível. Respirei fundo e caminhei até a mesa. Abri uma gaveta, tirei um maço de dinheiro e joguei em cima do caderno do Vinícius. — Tua parte tá feita, doutor. Pode ir. Ele me encarou por uns segundos. — Tem certeza que quer seguir com isso? Essa transferência vai tá cercada. Se for agir… — Eu não preciso do teu conselho — cortei seco. — Só do teu silêncio. Ele assentiu, pegou o maço, guardou na pasta e se levantou. — Boa sorte, Morte. — Sorte é pra quem depende dos outros. Eu tenho planejamento. Vinícius saiu da sala e no mesmo segundo o Vulcão entrou, já percebendo o clima. — E aí, qual foi? — Vai ser hoje. Duas da tarde. Eles vão transferir a Valéria

