CAPÍTULO 110 RENATA NARRANDO: Saí do banheiro devagar, ainda prendendo a toalha contra o corpo. A respiração vinha curta, descompassada, e eu sentia cada gota escorrer pelo meu pescoço, descendo pela pele quente. O ar frio do quarto bateu em mim, fazendo os pelos do braço arrepiarem. Mas o que me arrepiou de verdade não foi a mudança de temperatura. Foi a cena. Ele estava em pé, bem no meio do quarto, me olhando. Vulcão não dizia nada, apenas me observava, e aquele silêncio carregava mais peso do que mil palavras. O olhar dele queimava como fogo, e mesmo assim me fazia sentir uma estranha segurança. — Obrigada… pelo banho — murmurei, tentando manter a voz firme, mas soou quase como um sussurro. Ele deu um passo em minha direção. Meu coração disparou. Apertei a toalha com mais força,

