58- MORTE

986 Words

CAPÍTULO 58 MORTE NARRANDO O sol já começava a se despedir quando eu cheguei na casa do Vulcão. A fumaça da churrasqueira já subia grossa no ar, o cheiro da carne misturado com o som do cavaquinho deixava claro: a casa tava viva. Tava cheia. Tava pulsando. Mas o Vulcão? O Vulcão tava vazio por dentro. Eu via isso no jeito dele. Encostado ali na beirada da área gourmet, cigarro de maconha entre os dedos, olhar perdido, copo de whisky na outra mão como se fosse âncora e salvação ao mesmo tempo. Ele tentou disfarçar quando me viu chegar, soltou aquele abraço forte de sempre, cumprimentou como se tudo estivesse certo… mas eu já conhecia. — E aí, irmão, tá bolado com o quê? Tua cara tá fechada. — perguntei. Ele deu de ombros, riu seco. — Coisa da vida, parceiro. Hoje é churrasco, não é

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD