14- RENATA

1006 Words

CAPÍTULO 14 RENATA NARRANDO: O dia estava abafado, aquele tipo de calor que deixa o ar pesado, como se fosse chover a qualquer momento. Eu segurava firme a sacola da quitanda em uma mão e, na outra, o corpo pequeno da Ana Clara, que insistia em querer andar sozinha, mas eu sabia que não podia deixar. As ruas eram perigosas demais, os carros passavam rápido, e o coração de mãe não descansa quando o assunto é proteger um filho. — Mamãe, maçã! — ela balbuciou, apontando para dentro da sacola. Sorri de leve, mesmo cansada. — Já, meu amor. Quando chegarmos em casa eu lavo pra você, tá bom? Ela se aconchegou no meu colo, como se aceitasse a resposta, e segui caminhando pela rua. Eu pensava no dinheiro que tinha pagado no bar do dono da casa, lembrava do alívio de estar com o aluguel em dia

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