78- MORTE

1109 Words

CAPÍTULO 78 MORTE NARRANDO: Tava largado naquelas cadeira dura do hospital do morro, cabeça pesada, corpo cansado, mas a mente a milhão. O cheiro de remédio misturado com sangue não saía do nariz, e aquele corredor gelado só fazia a agonia aumentar. Eu batia o pé no chão sem parar, olhando toda hora pro relógio da parede, como se isso fosse adiantar alguma coisa. O Vulcão lá dentro, na faca, e eu aqui fora, esperando notícia. Cada grito, cada passo de enfermeira, meu coração disparava. A guerra tinha deixado mais cicatriz do que tiro. Até que a porta abriu, e o médico apareceu. A cara dele tava séria, mas não tava com aquela expressão de desgraça que eles fazem quando alguém morre. Eu levantei na hora, quase tropeçando em mim mesmo. — E aí, doutor? Fala logo, porrä. — minha voz saiu g

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