CAPÍTULO 113 VALÉRIA NARRANDO Ele não esperou resposta. O beijo veio puxado, urgente, cheio daquelas pressas dele que sempre me desarmavam. Me encostou na parede com jeitão firme, as mãos ocupando meu corpo como se já decorassem cada curva — uma segurando a minha nuca, outra descendo pela minha cintura até puxar a camisola pra cima. O tecido cedeu fácil demais e caiu no chão, me deixando só de calcinha ali, exposta e mais segura ao mesmo tempo. — Tu é perfeita — ele murmurou entre um beijo e outro, e a voz dele tremia daquele jeito que fazia minha cabeça girar. — Perfeita demais pra eu largar. As palavras bateram forte na minha pele. Não tinha como fingir que não ouvi; era loucura ao vivo, sem volta. Ele beijava como quem quer gravar cada minuto na memória. Eu respondi, porque era impo

