Capítulo 1 – Terror

1260 Words
O morro do Alemão é o meu paraíso, nele eu sou o rei que manda em tudo. Sou conhecido como o Terror, pois não perdoou dividas, sou conhecido assim por não ter sentimentos e para mim a vida é curta demais para eu perder com essa viadagem que chamam de amor. Nessa favela o esquema ta todo organizado, quando meu pai morreu, me deixou responsável pela Lilica, minha irmã mais nova a única coisa de boa na vida. Ela é a única laranja restaurada no meu cesto podre. Além dela, tenho o Coringa, meu subchefe, ele cresceu comigo nesse mundo e sabe o quanto ele pode ser c***l, o VP é o gerente, ele chegou depois, mas faz parte do trio ternura e juntos comandamos a maior favela do RJ, o Alemão é onde todos querem chegar, mas é o meu Império e aqui sou rei. No meu mundo não tem lugar para uma primeira dama, eu nunca vou assumir ou deixar uma mulher dominar a minha cabeça. Marcinha e Carla são minhas putas particulares. Marcinha tem mais tempo na casa, ela é como uma amante oficial, na qual eu levo para alguns lugares para me acompanhar, mas não sou do tipo que me apego, até permito que elas transem com outros e participo, isso para mim é normal. O que não era normal era a movimentação que estava acontecendo no meu morro desde que o Esquerdo assumiu a liderança dos vapores e eu estava atento a isso. VP me chamou para conversar, pelo visto ele estava ameaçando alguns morados e eu queria dar corda para ver até onde ele é capaz de ir. — c*****o, Terror! Aquele filho da p**a fica ameaçando moradores, dona Rosa, senhor José e agora a anjinha — ele disse firme. — Anjinha? Que p***a é essa? — indaguei confuso. — Uma mina aqui do morro, o apelido dela é anjinha, pois ela é toda na dela, quase não sai de casa, uma mina responsa, pensava até que ela era crente, pois a gente nunca ver com ninguém e ele tava ameaçando a mina, acho que queria até obrigar ela a ficar com ele, um bagulho louco — VP disse meneando a cabeça. — Fica de olho nesse cuzão, não deixa ele ameaçar nenhum morador, se ele procurar trás para o galpão e nós matamos — ordenei. — Pode deixar, mas não pense nisso agora, vamos cuidar do bailão que vamos participar hoje, a Marcinha ta toda gostosinha você viu? Ela disse que ta com fogo e que dar muito, do jeito que ela ta dar para dois ou até três e se essa orgia for acontecer, coloca meu nome na lista, adoro quando isso acontece — declarou sorrindo. — Hoje não participarei do bailão. Eu apostei um racha com o FP dono da Rocinha e ele perdeu, meu prémio é uma garota em uma boate de stripper, ela vai dançar para mim — confessei malicioso. — Gostei, posso participar? Eu nunca fui em uma casa dessas — ele gargalhou. — É exclusivo para mim, se quiser participar, paga para entrar! Pelo que entendi, tenho 2 horas com a gatinha, ela usa uma fantasia de gato e um chicote. Deve ser uma p**a gostosa, lá por fora elas transam, mas eu não preciso pagar já que tenho todas as mulheres que quero aos meus pés — enfatizei. Ele não me respondeu mais, apenas ficou em silêncio observando tudo, enquanto eu estava verificando toda a contabilidade, estávamos distraídos quando a Marcinha chegou toda cheia de graça. — Ou Terror, quero saber se vai mesmo para aquele lugar horrível, cheio de p**a que o FP quer te levar e… — Olha lá, a p**a do morro querendo procurar conversa. Você também é p**a, tanto que hoje ta liberada para se divertir com o VP e o Coringa — fui frio e ela fechou a cara de imediato. — Porque faz isso? Não ver que eu te amo? Acha que não me machuca quando fica com outras? Quando se afasta de mim e acha que sou uma p**a? Estou cansada disso, eu não mereço — ela afirmou se tremendo. — Desde o primeiro momento, eu deixei claro que essa relação era apenas de ficantes, em nenhum momento te prometi casamento, nunca te prometi que ficariam juntos, que casaríamos, era apenas sexo e você se enganou, se apaixonou e agora fodeu, pois se apertar muito a minha mente, vou mandar você seguir sem mim, entendeu? — balbuciei e ela se afastou. — c***l, grosso… — Você sabe que sou grosso e grande e nunca reclamou quando eu to metendo com força. Sua função é trepar, sexo duro, depois disso não tem mais nada. Entendeu? — perguntei firme. — Sim! Eu entendi — ela disse sem jeito. Marcinha não queria guerra comigo, ela se afastou, sabia que se procurasse muito eu mandaria se f***r, pois ela sabe que não sou apegado a mulher nenhuma. Saiu aos prantos e o VP ficou com pena. — p***a, você judia muito dessa mina, ela é parada na sua e… — Se quiser fica para você. Ta defendendo p**a agora? Ver se eu vou assumir uma mulher que você e toda a favela trepa. Vai se f***r ou Vítor, vai procurar uma p**a para você assumir — declarei bravo. Me levantei com tudo, não queria mais ficar naquele ambiento, o assunto da Márcia e esse cuzão que tenta defender ela me deixa com nojo de tudo. […] A noite avançou, eu estava pronto para ir a boate, queria ver como era, tinha essa curiosidade, pois na minha vida no morro, eu não tenho tempo para essas coisas, meu lance é trepar com força e deixar ir. Nunca curti esse lance de ver, de não tocar na pessoa, mas tinha curiosidade e foi por isso que vesti uma calça jeans e uma camisa, seguir para o lugar em Copacabana e ao entrei na sala vip, completamente isolado, esperava pela tal gata, mas ela não apareceu, no seu lugar foi outro bicho, uma coelhinha de longos cabelos. Ela se aproximou sexy, passou a mão pelo corpo, estava nervosa, parecia não ser experiente, seus olhos eram diferentes, exalava inocência, mas ela não tinha nada de inocente no que estava fazendo. — Boa noite, me falaram que você é uma fera, alguém muito perigoso e eu… eu vou dançar para você — disse tocando meu peitoral com as suas mãos pequenas. A garota rebolou se sentando no meu colo de pernas abertas, seus olhos grudaram no meu e naquele momento eu senti uma p***a diferente, uma vontade de beijar de pagar por sexo, para ter aquela mulher nem que seja uma noite, eu segurei a sua cintura, tentei beijar, mas ela recuou. — Você entendeu errado é apenas dança, não pode fazer isso, não pode tentar me beijar e… — Você é uma p**a que usa a p***a do corpo e ta dizendo que eu não posso te beijar, o problema é dinheiro, eu pago essa p***a, pago pelo nosso sexo. Você ta acostumada a t*****r com homens velhos, com… — Eu não faço isso, não sou nenhuma p**a! O meu trabalho aqui é apenas dançar e… — Não me responda sua v***a! Faça o seu serviço, dance c*****o — grunhir com raiva e ela mesmo com lágrimas nos olhos se levantou de cabeça erguida, dançando. Ela era linda para c*****o, queria ver o seu rostinho, queria uma noite de sexo, mas pelo visto isso não iria conseguir com aquela mulher e só me restava observar a dança.
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