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O duque e a Plebéia

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intro-logo
Blurb

Adam vive em um mundo de mentiras e traições, se vê forçado a casar se com uma moça da realeza por quem jamais se apaixonaria, tudo muda quando Adam de apaixona por Allura, uma moça a frente de seu tempo.

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Moça
O dia amanheceu novamente frio no palácio, criadas correndo para lá e para cá vestindo nobres. Para Adam aquilo embrulhava o seu estomago, só de pensar em todos os eventos ele seria obrigado a comparecer só para permanecerem vivendo nesse ambiente hostil e cheio de invejas. As mulheres se enfileiravam para ter uma migalha da atenção da rainha, os homens viviam em caças, enchiam o corpo de vinho e berravam ofensas a qualquer mulher sem medo. Eles possuíam suas amantes, e castigavam suas esposas. Bailes e mais bailes, roupas adornadas do mais puro ouro, aquilo não passava verdade. - Mamãe, eu poderia visitar a casa de campo nesse período? Lá fico mais a vontade para caminhadas e leituras, aqui me sinto sufocado. - Seu pai não gostará nada disso, você precisa se inteirar de nossas propriedades, seu pai é do conselho pelo amor de Deus Adam! Você poderia mostrar algum interesse em nos manter seguros! Isso nunca poderia ser entendido por Adam, a necessidade de se manter em um lugar tão vil, tão pesado, onde cada pessoa parecia invejar o que o outro tinha. - Adam querido, você não vai se levantar? Eu seu pai temos uma notícia para você! Adam se levantou ainda sonolento, se vestiu e foi até o salão de seu quarto. - Vamos Raul, conte e ele! – Disse Victoria, mãe de Adam. - Sem rodeios garoto, você já está na idade de um casamento vantajoso, por isso estou a algum tempo enviando propostas para os nobres e finalmente obtivemos uma resposta. Em breve você se casará! Não é nada acertado ainda, mas já avançamos um passo. - Eu me recuso. - Adam! – Gritou sua mãe - Não me casarei dessa forma, isso é ridículo! Eu não conheço essas moças, isso é péssimo, terminarei em uma poça de bebidas enquanto minha amada esposa compra vestidos e mais vestidos, se empanturra de doces, e fofoca pelos corredores da corte! Terei um filho e o obrigarei a casar por interesse. Exatamente como vocês... Eu sendo homem pensei que poderia escapar desse destino de m***a! Casem a minha irmã! - Olha essa boca Adam! - Casamento nada tem a ver com amor Adam, você passa a amar com o tempo, a moça é muito prendada, sabe tocar cordas, bordar, e até mesmo sabe ler! Além do mais, isso agregará títulos à família da moça, e o dote será agregado ao nosso patrimônio. Nada mais natural que isso. Casamento não se inicia com amor, ama se com o tempo. - Pais, mãe, me olhem nos olhos e me digam: Vocês passaram a se amar? Raul e Victoria se entreolharam, não poderiam responder a seu filho, qualquer resposta positiva seria vergonhosa. Adam nunca foi ligado e essa conveniência não era dos nobres mais animados em bailes, não gostava de aparecer. Porém sua beleza, e sua posição na corte, quase sempre o colocavam na mira de mães e pais casamenteiros. Um convite real chegou às mãos de sua mãe. Nada anormal para aquela época do ano, a temporada de casamentos estava oficialmente aberta. - Adam, veja só, um convite da rainha em pessoa! - Do que se trata Victoria? – Disse Raul de m*l humor. - Baile de a******a da temporada, já não era sem tempo. - Será que vocês podem levar Apenas Maria Catarina? - Maria Catarina ainda é muito nova para essas convenções sociais. - Maria Catarina é apenas um ano mais nova que eu! Isso é absurdo! - Adam não crie problemas, seu pai já está atarefado até as orelhas com o conselho.   Adam decidiu cavalgar, precisava respirar ar puro. Gostava de caminhar além dos limites da propriedade, gostava na realidade de sumir pelos bosques que cercavam o castelo. Longe da realeza sentia que poderia ser ele mesmo. Adam avistou de longe uma moça montada em um cavalo capenga, vestia um vestido branco puído, sem nenhuma vestimenta por baixo da roupa, parecia estar trajada de uma camisola. Os p****s marcavam mais do que era permitido para uma moça decente. A figura daquela moça de cabelos soltos chamou atenção de Adam. A moça desceu de seu cavalo e subiu em um galho de árvore, ali sentou se livre sem amarras, não havia ninguém acompanhando, de jeito nenhum aquilo parecia natural aos olhos de Adam, que observou cada passo da sua irmã ser milimetricamente orquestrado desde o dia de seu nascimento. Cada roupa feita exclusivamente para cobrir suas partes que não poderiam ficar a mostra, ou sua pureza poderia ser facilmente questionada. A moça, por outro lado, sentou se com seu vestido branco e um pouco justo demais no b***o na árvore, não parecia ligar para castidade. Absorta, lia um livro tão velho quanto o seu cavalo, sem nem notar que Adam se aproximava. - Olá, que bela manhã essa não? – Disse Adam sem saber como puxar assunto com um espirito tão livre. - Uma manhã esplendia sem dúvidas, mas não tenho tempo para papinhos furados. - Rude a senhorita, deveria ter um pouco mais de cuidado ao se reportar ao filho de um duque. - De certo Senhor, peço perdão, não devo dizer lhe nada ou mandará cortar minha cabeça, já sei. Bem, o que posso fazer por ti vossa graça? O que faz tão longe da corte? – Disse a moça visivelmente debochando de Adam. - Apenas cavalgando, tomando um pouco de ar fresco. E tu, o que fazes? - O mesmo que o senhor, lendo um pouco. - Nunca havia ouvido falar de uma camponesa que soubesse ler. - Vossa graça ficaria surpresa com tudo o que sei. - Qual o seu nome? - E o que importa? Sou apenas uma criada vossa graça. Vou-me indo, está quase na hora de cumprir com minhas funções. - Não me dará ao menos um nome? - Acho que não devo. A moça tinha cabelos pretos, brilhantes e compridos, os olhos azuis como jamais Adam havia visto, as roupas de camponesa contrastavam com tamanha beleza. A pele parecia ter sido beijada pelo sol, tão linda que Adam ficaria o dia todo apenas a admirando, e acharia insuficiente.  Pensou que poderia tomar lhe ali mesmo, mas ela parecia tão selvagem que temeu que reagisse lhe dando um bom soco no rosto. A moça então desceu da árvore para encara lo mais de perto, perto de mais para uma moça casta. - Vossa graça certamente deveria pegar um pouco mais de sol. - Me conhece há cinco minutos e achou um defeito em mim? - Não diria defeito, mas para um homem tão bonito, a pele pálida lhe deixa um pouco mais velho do que certamente é. - Certo, poderíamos então tomar sol juntos, o que acha? - Sim vossa graça, seria uma honra, mas por mais que eu queria ficar aqui te bajulando, terei que ir embora. – Novamente irônica, as palavras saiam da boca daquela bela jovem como facas afiadas. - Fique mais um pouco tenho certeza que sua ausência será perfeitamente perdoada. - Temo que não. A vida é diferente para alguém sem títulos reais, temos obrigações reais que devem ser cumpridas. - Está me chamando de desocupado nas entrelinhas... No mínimo devo te chamar de ousada... - Se a carapuça serviu vossa graça, acho que deve vesti la. A honestidade dela era visceral, era como um soco no estomago, não ligava para a posição ou título de Adam, simplesmente agia como se ele fosse uma mosca que a importunava, o que fazia Adam ter ainda mais curiosidade sobre ela. - Seu nome, por favor... Ou devo te chamar apenas de bela camponesa? Ou camponesa insolente? Você sabe que nesse jogo de poder eu acabaria vencendo facilmente. - Acho que esse nome me cai muito bem, sobre poder, temo dizer que não venceria, eu sou osso duro de roer senhor. – Disse a moça com um sorriso tão lindo que seria capaz de colocar a sua disposição mil homens. Era movida por uma confiança só dela, como se a atenção, mesmo que de um nobre, não lhe valesse de nada! - E qual o seu nome? Já que exige tanto saber o meu. – Disse Ela - Se não me diz o seu sendo uma simples camponesa, sendo eu da corte não serei obrigado a dizer o meu. – Disse Adam sorrindo, lançou sobre ela um olhar malicioso, focou no corpo D’ela tempo demais. - Mantenha os olhos focados em meus olhos Senhor, acredito que sua educação, tão superior a minha, tenha lhe ensinado a respeitar uma dama. - Você está certa, é que você é tão linda que minha atenção se perde. - Obrigada pelo elogio, bastante lisonjeiro.  Se beleza fosse algo a acrescentar a alguém. - Qualquer mulher anseia prender a atenção de um homem, ser chamada de linda é o maior dos galanteios. - Terei que decepciona lo outra vez, não anseio chamar atenção masculina, muito menos ser linda é um elogio. - E por que não? - Se me achas bonita deve então elogiar Deus, ou meus pais, certamente não tive interferência palpável sobre minha aparência. - Como devo te elogiar então? - Não podes me elogiar, vossa graça não me conhece, não sabe nada de mim, Posso ser a maior das chatas. E se eu for tão desinteressante que qualquer conversa comigo, até a mais simples beirasse o pedantismo? - Você pode ser tudo, menos chata ou pedante senhorita. Mas insisto, o que seria para ti um elogio? - Mulher inteligente, Sábia, isso para mim é elogio, pois nesse caso eu fiz por merecer. - Nunca ouvi uma mulher falar assim. - Como nunca? Acabou de ouvir! - Como então posso te conhecer para conseguir te elogiar? - Faremos então o seguinte, na próxima vez que nos encontrarmos te direi o meu nome, está bem assim vossa graça? A partir daí posso te contar algo sobre mim, e você me contará algo sobre você. Porém, terá que me contar algo que ninguém mais saiba. - Eu esperarei ansioso por esse momento, e caso demore eu varrerei a França inteira só para ver o seu sorriso novamente. - Acho que até o final dessa tarde o senhor não se lembrará mais de mim, mas agradeço pela mentira gentil. - Ah, agora sou também um mentiroso... Sua língua é bastante afiada. A moça então subiu novamente em seu pangaré e sumiu pelo bosque. Adam ficou paralisado a observando partir com seus cabelos pretos ao vento. A Camponesa então se virou, e encarou Adam mais uma vez antes de sumir, ela tinha certeza que não o veria novamente, estava de partida para outro castelo. Aquela seria sua última noite na corte, servindo no palácio de Versalhes, após isso seria movida para a propriedade de outro nobre, os Guisé haviam solicitado o seus serviços pessoalmente. Adam subiu em seu cavalo para retornar a corte, teve esperança de que alguma criada conhecesse aquela joia misteriosa. Adam pensou que o nome teria que ser tão bonito quanto ela era, e que com certeza remeteria a liberdade.   Retornou então para o seu quarto com o maior sorriso do mundo, a alegria foi notada por sua irmã ao lhe ver passar pelo corredor, e posteriormente por seus pais. Imaginaram que ele havia ficado um pouco mais animado com a ideia de finalmente possuir uma esposa. Nos pensamentos de Adam apenas os olhos da moça passavam, ele não pensava mais em nada. Pensou que talvez ela não fosse humana, tamanha era sua beleza. Mais tarde as arrumações começaram, estava aberta a temporada de casamentos.  O primeiro baile anual aconteceria em algumas horas. As moças da corte corriam pelos corredores, alterações em vestidos, muita maquiagem e cabelos perfeitamente arrumados para a noite mais importante do ano. Adam se arrumou com alegria, seu objetivo era perguntar a criadagem se conheciam alguém com as características que ele mencionaria, talvez até estivesse com sorte, e poderia esbarrar com ela em algum corredor. - Irmão, que sorriso bobo é esse estampado em seu rosto? Está me dando medo!  - Nada Maria, apenas uma alegria que me invadiu recentemente. - Você odeia bailes, o que de alegria pode haver nisso? Lidar com as chaturas de um baile real onde as moças se escondem em tanta maquiagem que ficam parecendo fantasmas – Disse Maria Catarina rindo - Certamente irmã, algumas ficam até com a pele derretendo, um show de horrores – Disse Adam concordando com sua irmã. - Ah deixe seu irmão Maria Catarina – Disse Victoria – Talvez ele tenha caído em si! Está alegre por que encontrará sua prometida. - Mamãe por que Adam pode ir ao baile e eu não? Gostaria de ao menos poder ouvir boa música. - Maria Catarina, seu momento irá chegar! Ano que vem prometo que você irá.   Chegando ao baile, o esperado. Um ninho de mães francesas raivosas cercava Adam, que mais irritado que o normal as respondia com patadas homéricas. Sua mãe socializada com as demais, e seu pai, como sempre se enchia de bebidas, talvez para aguentar a noite. Adam tinha apenas um objetivo, encontrar a camponesa de cabelos negros. Saiu sem que ninguém o visse, e ao esbarrar com o primeiro criado lhe encheu de perguntas: - Olá, qual seu nome? - Joseph Vossa Graça, ao seu dispor. - Dispense as formalidades Joseph, preciso de ajuda. - Diga Senhor, ficarei feliz em ajuda lo. - Preciso que você me diga, você tem conhecimento dos empregados do castelo? - Sim, tenho amizade com a maioria, não todos claro, mas principalmente os criados da cozinha. - Preciso saber de uma jovem, pele clara, porém mais bronzeada que o normal, cabelos negros, olhos azuis topázio... A alguém que caiba em minha descrição? - Vossa Graça a uma moça que bate com sua descrição, porém não sei seu nome, mas o senhor poderá encontra la na cozinha. - Perfeito, obrigada. – Disse Adam lhe entregando uma moeda de outro Adam saiu em disparada até a cozinha, esbarrando com talvez metade da realeza em suas traições habituais. Ele não ligou, não poderia perder tempo.   Ao chegar à cozinha muita movimentação havia por lá, todas as moças estava com tocas, o que dificultava conseguir encontrar a camponesa. Passou por todas as estações de trabalho, até esbarrar com a estação de doces. Os olhos azuis inconfundíveis estavam ali, debaixo de todo o uniforme ela estava ali bem a sua frente. - Olá... – Disse Adam chamando atenção da moça - Vossa Graça, não deveria estar no baile? O que faz na cozinha? – Disse a moça - Vim a sua procura, como sei que promessas são dívidas, você terá que me dizer seu nome. - Senhor, estou no meio do trabalho. - Certo, ordeno que pare. Venha comigo. - Não posso simplesmente largar minhas funções aqui. - Não discuta, vá com ele.  Vossa Graça perdoe, ela é nova nas funções do castelo, não entendeu muito bem a hierarquia.  – Disse uma senhora mais velha Assim partiram dali para o jardim do palácio. A primeira coisa que a moça fez foi se livrar da toca e do avental, soltou os cabelos e o balançou ao vento. - Me diga seu nome, promessa é dívida. Esperei tempo demais. - Meu nome é Allura, e o seu Vossa graça? - Adam. - Bonito o seu nome! - Nossa, consegui arrancar um elogio da criatura mais exigente da França... - Não me colocaria nesses termos... - E como se descreveria? - Como alguém que entende o seu valor. - Você é sempre assim tão perspicaz? - Está aí, adorei o elogio! Finalmente aprendeu, e foi bastante rápido. Adam riu, enquanto caminhava ele não conseguia tirar os olhos dela. - Me prometeu contar algo sobre ti que ninguém mais soubesse Vossa Graça... - Me chame de Adam, só Adam. - Certo “Adam” me conte algo novo... - Não sei que tipo de informação você espera. - Algo que ninguém mais sabe. - Eu gostaria de ter nascido camponês. Allura riu com deboche - Do que está rindo senhorita? - O senhor não sabe bem como seria ser pobre, alguma vez passou alguma vontade ou necessidade? - Não. - Pois então, como afirma querer algo assim? - Vocês são livres. - Todos podemos ser livres, liberdade é escolha. - Me conte algo sobre você então Allura... - Um dia eu serei uma grande escritora, poderei escrever minhas poesias e elas serão lidas por toda a França. - Não lhe parece ambicioso demais esse pensamento? - Não, por quê, para você parece? Nasci livre Adam, e serei assim sempre. - Allura, qual o seu maior sonho? - Combinamos um fato por vez, você se lembra? Só te contarei outro fato em nosso próximo encontro. - Fico contente com isso, ao menos sei que tem intenção de me ver novamente. - Mesmo que eu não tivesse intenção, tenho impressão de que você me caçaria, estou certa? - Sim, de fato. - Adam agora precisa retornar, me ausentei demais por uma noite. Agradeço pela conversa, não é normal que um nobre dispense tanto tempo com a criadagem. Sinto tomar o seu tempo com minhas bobagens. - Como me tomou tempo se eu a procurei? Quando converso contigo sinto que ganho e nunca perco.   Allura beijou a bochecha de Adam e voltou para dentro do castelo. Adam sentou se no jardim acariciando sua bochecha, aquele havia sido o momento mais especial de sua vida.  “Allura” só de dizer o nome o seu coração se enchia de desejo, nunca havia ouvido nome mais bonito. Nunca havia estado na companhia de uma moça tão inteligente e tão interessante. Trocaria mil bailes só para estar na presença de Allura por alguns minutos. Quando retornou ao salão de baile notou que sua mão o procurava. - Onde esteve Adam? - Estive dando uma volta. - Perdeu a chance de conhecer sua futura noiva, ela cansou se e foi embora com os pais. Você envergonhou a mim e ao seu pai, pareceu descompromissado. Imagine como a coitada vai se sentir... - Não vai sentir nada, para ela sou um estranho. Aposto que sonhará com anjos, se tivesse me conhecido aí sim teria tido uma noite desagradável. Mãe aproveitando, irei para os meus aposentos, para mim a noite foi ótima, não deixarei que você estrague – Disse Adam beijando a bochecha de sua mãe.

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