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CAPACIDADE DE AMAR

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Blurb

Mil anos depois da Terceira Guerra Mundial, as pessoas estão arcando com as consequências das mudanças na humanidade e sociedade. Revoluções aconteceram e populações se dizimaram, mas as que restaram tentavam reconstruir suas vidas, mesmo com o maior empecilho que o homem já enfrentou, o que afeta a sua procriação. Duas pessoas em especial terão que lutar contra tudo e todos por seu amor. Carol Mitchell e Luane Jenkins irão sofrer na pele o que é ultrapassar todos os "padrões" para estarem juntas, mas será que apenas a luta será suficiente? Vamos descobrir nessa aventura que é um romance de ficção cientifica.

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1 - Evolução
Evolução, segundo a biologia é: o processo no qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas. Simples, objetivo e direto. Bom, assim tem-se uma ideia do que esperar. Em 2027 veio a Terceira Guerra Mundial, mas diferente do que muitos pensavam, esperando que em um período de cinquenta anos a próxima guerra viria por água, ela veio por motivos banais, muito banais na verdade. Os governantes dos EUA conseguiram o que já era esperado com suas ações, além de controlar toda uma estrutura da América, os homens ambiciosos, audaciosos e preconceituosos conseguiram também mexer com as estruturas de outros continentes, mais especificamente a Ásia. Terroristas, guerras entre os mesmos, povos dizimados. Com isso, EUA e Rússia se juntaram para dizimar todo um continente, lá estava a Terceira Guerra Mundial, a pior já vista. Não se tratava apenas do fim de pessoas, era o fim de uma Era. Vinte anos depois disso Trump morreu, mas as coisas já andavam f**a para todos, povos sofrendo, pessoas clamando por socorro, o mundo pedia para morrer e parar de definhar, foi o que a China e Japão fizeram, ou pelo menos o que restaram deles, antes de a Guerra acabar com tudo eles se preveniram, ou melhor, se vingaram, criaram a pior arma possível, a biológica, trinta anos depois ela estava sendo lançada, não só no EUA e na Rússia, mas em todo o mundo, devastando nações para sempre. Fora nomeada de “The Revenge of the Damned” (A Vingança dos Condenados), clichê? Talvez, mas era a verdade, se tratava apenas de vingança, da sensação de saber que morreriam, mas muitos iriam junto. Assim, cinquenta anos depois o mundo parecia deserto comparado ao que foi antes. Os prédios, as tecnologias, as grandes construções estavam todas lá, mas as pessoas não, apenas um grupo de cinco mil pessoas, esse que se preparou, que tentou sobreviver e vinha conseguindo. Essas pessoas eram cientistas, elas construíram uma base subterrânea, levaram algumas pessoas e alguns animais, era a Arca de Noé Moderna, porque o gás tóxico não chegou até elas. Então ficaram ali, os conhecimentos foram desenvolvidos e evoluindo com o tempo, com isso, mil anos se passaram, grandes tecnologias foram criadas, passaram a estudar a genética das pessoas que eram contaminadas, até que veio a solução. No ano de 3070 encontraram a cura, não especificamente a cura, mas uma opção de sobrevivência. Descobriram que os animais eram imunes ao gás, então cientistas mais radicais testaram uma teoria, fizeram a junção entre o DNA humano e animal e introduziram em crianças recém-nascidas, depois as colocaram em contato com o gás e como esperado, não houve contaminação, a imunidade fora encontrada, porém veio com duas consequências.   1 – O DNA animal poderia ser totalizado, ou seja, o humano poderia se transformar em seu lado animal, ainda tendo totais faculdades de suas ações, isso acontecia a partir dos cinco anos de idade, podendo ser mais, dependia muito da espécie animal aderida ao seu DNA. 2 – O processo de reprodução só acontecia pelo acasalamento animal, sendo assim, apenas animais da mesma espécie poderiam acasalar, afinal, um lobo acasalaria com uma loba, nunca com uma galinha, mas a gestação e o parto se dariam na forma humana normalmente e o filho herdaria o DNA dos pais. Animais de espécies diferentes poderiam se relacionar, mas eram subjugados pela sociedade devido a essa incapacidade de reprodução, assim havendo poucos casos, e quando o tinham, eram escondidos por medo.               Com isso o mundo continuou se desenvolvendo, as pessoas voltaram à superfície e deram continuidade às suas vidas, trabalho, filhos, a vida seguiu, mas duas mulheres em especial tinham uma missão. Elas eram cientistas, queriam desvendar aquele mistério de acasalamento, queriam saber por que os humanos em suas formas normais não conseguiam mais reproduzir visto que os sistemas reprodutores eram perfeitos, os órgãos sexuais funcionavam, mas ainda assim depois de anos nada mudava quanto a essa incapacidade. - Eu não entendo.             A mulher de olhos verdes, cabelo liso, n***o e pele morena, disse frustrada depois de analisar os papéis, estavam no maior e melhor laboratório do mundo. Esse que se resumia a um espaço habitado de terra pequeno que tentavam povoar aos poucos, moravam na antiga Miami. - Nem eu. – A outra disse frustrada. – Mas já está tarde, é melhor irmos. - Ambas se olham intensamente, mas havia muito em jogo, muito mais do que poderiam explicar. - Luane, eu... - Não, Carol, não.             A morena mais velha, de vinte e seis anos disse, se afastando e pegando a sua bolsa, elas iriam embora antes de acontecer o pior, pelo menos na mente da morena. Luane Jenkins é uma mulher elegante, sempre gostou de se vestir bem, apaixonada desde sempre pela ciência e suas evoluções, nunca poria isso em risco, nem por aquela mulher linda em sua frente, elas lutavam para encontrar a solução para o problema da reprodução, mas até que isso aconteça, elas nunca poderiam ficar juntas. A morena tinha o DNA de uma ave, mas especificamente uma águia. - Eu não vou te esperar para sempre.             Carol Mitchell, seus traços latinos, cabelo castanho, assim como seus olhos, pele bronzeada, herdeira principal do laboratório, pois eram seus pais os donos. Com seus vinte e cinco anos sempre teve em mente o seu destino, filha única, pelo menos de sangue, pois seus pais adotavam uma outra garota, mas sempre treinaram a latina para ser a mulher de negócio que é. Ela se via em uma situação complicada, para não dizer extrema. Com o DNA de um tigre, sabia que nunca daria certo, mas não conseguia se conter, não conseguia controlar. Era diferente, sua mente dizia o tempo todo que não, dizia o tempo todo para se afastar, mas toda vez que estava perto da morena, que estava em contato com ela seu coração disparava e seu corpo reagia, como acontece agora. - Eu nunca te pedi para esperar.             E com isso ela sai da sala, depois de tirar seu jaleco branco, não antes de olhar pela última vez para a mulher mais linda que já viu em toda a sua vida, porém ela não colocaria em risco o que conquistou por nada, nem por Carol Mitchell. A latina apenas abaixa a cabeça e suspira. - Eu não vou lutar para sempre sozinha, Luane.             A Mitchell desliga todas as máquinas e sai também da sala. Vai para a garagem, pega sua chave e entra o carro, ficando alguns segundo analisando a situação. Era um lugar afastado, cheio de mata, pois havia amostrar do gás no lugar, então ela respira fundo, joga sua bolsa dentro do carro e o tranca de novo, tira seus saltos, sua camisa e sua saia, ficando apenas de roupas íntimas, se afasta do automóvel, se concentra e sente seus ossos rangerem, depois de um minuto, lá estava o seu outro eu, o seu outro que era o motivo de não poder ficar com a pessoa acreditar estar se apaixonando, e se ainda não estiver é uma questão de tempo, porque Luane Jenkins é genial, inteligente, carinhosa, bondosa, meiga, era apaixonante, assim como muitos homens a queriam a latina também quer. - Você deveria acreditar, Luane, apenas um pouco.             Com isso sai correndo nas suas quatro patas, seu refúgio era esse, adorava sentir a brisa em seu rosto, adorava sentir aquela liberdade, aquela sensação que nenhuma outra pessoa ou situação lhe dava. - Você deveria acreditar mais em mim, mais em nós. - E some pela mata alta. Ela sabia que nada mais a traria tranquilidade. ....................*** ....................             Luane chegou em seu apartamento e se jogou no sofá, ela odiava aquilo, odiava a sensação de impotência, a sensação de inerência, não poderia negar que Carol Mitchell lhe atraía, e não era qualquer atração, era algo bom, algo que a fazia sorrir, depois daquele dia, daquele beijo, tudo complicou. - Carol, o que está fazendo comigo?             A morena de olhos verdes abre a janela do lugar e sente o clima frio da cidade, era maravilhoso morar ali. Conseguiu subir na vida, vinha de uma família singular, todos de DNA de ave. A cientista genética respira fundo, começa a tirar as suas roupas e logo está saltando do prédio, suas asas aparecem em seu corpo e colidem contra o ar, agora cheios de penas e maravilhosamente perfeito. Aquelas lindas penas marrons e brancas, aqueles olhos que continuam verdes, era uma ave linda, perfeita. Enquanto planava contra o ar se pôs a lembrar daquele dia, o dia que vem lhe tirando o sono.   FLASHBACK               Carol e Luane como sempre seriam as últimas a saírem do laboratório, elas estavam analisando uma amostra de duas pessoas que transaram em suas formas humanas, de espécies diferentes. Luane olhava confusa para a latina. - Luane, Luane, Luane! - A mulher se assusta com o tom de voz elevado da outra, então Carol sorri fraco e se aproxima da morena. - Carol... - Porque você resiste tanto, Luane? Está tão óbvio.  - A mais velha estava se afastando e Carol se aproximando. - Não resista.             O coração da morena estava disparado, resistir, ela vinha fazendo isso há muito tempo, desde que conheceu a latina há quatro anos e começou a olhá-la com outros olhos, mas isso nunca a incomodou pois ela estava focada em conquistar seu objetivo, se formar, ser a melhor e conseguir trabalhar para a Mitchell’s Laboratory, e conseguiu, foi a melhor, assim como Carol Mitchell era, passaram a trabalhar em desvendar o segredo da reprodução por acasalamento, ficando mais tempo juntas, mas Luane sabia a realidade, os pais da latina nunca aceitariam, eles valorizavam a biologia, se a filha tinha que casar e ter filhos com um homem com DNA de tigre, assim seria, porque eles precisavam de netos, precisavam de herdeiros. Quem era ela? Ninguém, apenas uma mulher que conseguiu vencer na vida, que conseguiu ser o que sempre quis, uma ótima cientista e que por ironia do destino e azar seu, não tinha o DNA certo. - Carol, pare, por favor. - Ela tinha os olhos baixos, a mais nova se aproxima mais e cola o corpo ao da outra que apenas suspira, seu corpo estava reagindo e aquilo não era nada bom. - Diga isso olhando para mim.             A morena eleva o olhar e encara aqueles castanhos que tanto ama, aqueles lindos cabelos sedosos, que agora estavam amarrados em um perfeito r**o de cavalo, assim como o seu, aquele corpo quente que exalava sensualidade e poder. Aquela mulher na sua frente que a fazia sentir coisas estranhas e boas, até agora vinha lutando contra, mas até quando faria isso? - Eu sabia, você não pode.             Carol fala sorrindo e sem demorar cola sua boca na da morena, os corpos quase se fundiam de tão próximos que estavam. A latina não perde tempo e coloca suas mãos nas laterais do rosto da outra, impedindo eu ela se afaste, mas a verdade era que Luane não faria isso, pois aquele beijo, aquela sensação ela queria sentir, ela precisava sentir.  A Mitchell se aperta mais à outra, fazendo os quadris se tocarem. Luane geme, Carol não resiste e leva sua mão esquerda para a sua cintura, lugar onde aperta a pele por dentro do jaleco branco. A de olhos verdes queria aquilo, estava bom, gostoso, mas ao mesmo tempo sabia que era errado, poderia pôr tudo a perder, tudo que conquistou com muito esforço, porém quando pensou em se afastar sente a língua da latina circular seus lábios, seu corpo imediatamente reage abrindo a boca e deixando que sinta o sabor adocicado daquele pedaço de carne macio. Deixou-se entregar, deixou-se sentir, deixou-se saborear, mas ainda assim, ela sabia que era errado.  - Pare, por favor, pare.             A morena fala baixo e Carol separa os corpos, as duas estavam ofegantes, as duas estavam confusas, a latina tinha certeza que desejava a amiga, e isso se comprovou mais com esse beijo, seria difícil, seria complicado, mas o que sentia era bom, diferente, mas era gostoso. Já Luane tinha as mesmas certezas, porém ao contrário da outra ela tinha muito a perder, muito mais do eu estava disposta a ceder. - Você sente isso, eu também sinto.             Luane encara aqueles olhos castanhos, aquela mulher ofegante, era linda, mas ainda assim era muito a se perder, ela não estava disposta a isso. Então empurra o corpo da latina, pega sua bolsa e sai correndo. Carol apenas respira fundo e faz o mesmo, talvez realmente não valha a pena lutar sozinha.   FIM DE FLASHBACK               Luane sentia o ar em seu peito, mesmo com as penas era a mesma sensação da pele, era o mesmo que sentir em sua forma humana, ela adorava aquilo, aquela liberdade, aquela sensação. Quando se viu estava sobrevoando a floresta perto do laboratório. Tudo a fazia lembrar Carol, tudo fazia lembrar a latina que vinha lhe tirando a razão desde aquele beijo duas semanas atrás. Nunca falaram sobre o assunto, a morena evitava passar muito tempo sozinha com a outra, missão difícil sendo que tinham aquela sala só para elas. Mas agradecia pela mais nova não falar, comentar ou tocar no assunto, talvez ela não goste dela, foi apenas curiosidade, beijar outra espécie e ainda por cima mulher. Mas ainda assim ela ficava triste, será que foi só isso? Será que ela só a usou por uma mera curiosidade? Luane preferia acreditar que não, sendo que conhecia a outra um pouco e sabia do seu caráter. Estava distraída quando viu aquele animal parado perto do rio. Era ela, tinha certeza, aquela pele alaranjada, que brilhava com o luar. Carol Mitchell era linda em todas as formas. Luane se perguntou se ia até ela, mas não teve tempo de resposta, pois logo o grande tigre olha para cima, diretamente para os olhos verdes. A águia observa o corpo peludo voltar ao estado humano, perfeita, ainda a encarando Carol se joga no rio em um mergulho sedutor, seu corpo complemente nu, pois era assim que ficavam após a transformação. Luane suspira e voa até a margem repousando suas garras afiadas na grama. Observa a latina subir e descer, nenhuma das duas falam nada. Então Luane também volta ao seu corpo humano e mergulha, emergindo perto da menor, que apenas encara aquelas írises verdes. - Eu amo ver você voando, observar seu corpo animal. - Eu digo o mesmo. - Estavam cada vez mais próximas. - Só por essa noite fique comigo, apenas essa noite. - Luane sabe que só tinha uma opção para aquilo.             - Só por essa noite. - Com isso a morena avança nos lábios da latina. Só por uma noite ela se permitiria sentir, se permitiria possuir, só por aquela noite.

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