Enxame Narrando
Os filhos da putä ainda ficaram me gastando mó cota enquanto a gente dava aquele tapa no baseado e tomava uma breja gelada depois que o restaurante fechou. Isso só porque eu dei aquela conferida na rabä da loira... e que rabä, meu Deus.
Meti o pé para casa, tomei aquela ducha e, só deu tempo de colocar o radinho e o celular na tomada, já fui caindo na cama. Fiquei curtindo um pouco de preguiça enquanto respondia uns aliados no telefone. Os caras passaram a visão de que iriam marcar presença no bailão de hoje.
Pardal também passou a visão que ele vem representando o Coroa, que dessa vez não vai conseguir marcar presença, resolvendo os b.o. lá em Brasília. Vamos lá de cima. Com a nova gestão no governo, não pode vacilar.
Entrei no banheiro para tomar aquela chuveirada e saí às pressas, m*l dando tempo de desligar o chuveiro direito, com o arrombado do Bracinho me gritando no rádio.
Rádio on
Enxame : Eu espero que seja coisa séria — dou logo a visão.
Bracinho : Fala, patrão, tu tá bem? — já começou enchendo linguiça.
Enxame : Tu não vai tirar minha paz logo cedo, né, Bracinho? Então desenrola essa fita aí, não tenho o dia inteiro para bater língua contigo, não — ele fica calado do outro lado.
Bracinho : Lídia tá aqui, diz que não vai rodar o pé enquanto não falar contigo. Já mandei meter o pé, só que tem quase duas horas que a menina tá aqui mexendo a paciência — eu tive que rir.
Enxame : Mete bala no r**o dela e manda vazar — falo, já apertando o botão e desligando o rádio.
Rádio off
Enxame — Tomar no rabö... Agora eu vi merdä engarrafada em São Paulo, putä que pariu — entro no closet, de calção e Kenner, coloco uma bermuda, ponho a Glock na cintura e jogo uma regata no ombro.
Pego o radinho e o telefone, descendo as escadas.
Topete — Por um acaso tu dormiu aqui? — ele aponta para a mesa, que estava até bonita.
Se ele não estivesse aqui, eu ia jurar que foi uma mulher que arrumou.
Enxame — Tu sabe como tira o r**o da reta, né? Já comeu? — ele balança a cabeça dizendo que sim.
Topete — Tô de boa. Queria passar uma visão pra ti, não queria que fosse na frente dos cria — dou uma mordida no bolo, paro de mastigar olhando pra cara dele.
Enxame — Vai pedir o quê? — ele mostra o dedo do meio, e eu continuo tomando meu café, levantando e colocando um pó e água na cafeteira.
Topete — Esqueci do café preto — volta a sentar e comer enquanto a cafeteira faz o trabalho dela.
Enxame — Solta a voz aí, vai. Tua sorte que eu tô de boa hoje — ele começa a falar sobre o acontecido lá no cantinho da tia Vera.
Topete — Tu sabe que a Liu não vai dar sossego pra Fabíola e muito menos pra loira lá, se elas resolverem vir todos os finais de semana — levanto o ombro e ele revira os olhos.
Enxame — Ih, vai virar esse olho pra lá, carälho. Gosto de ver olho virando, mas de mulher e não de homem, carälho — ele balança a cabeça.
Topete — Tô falando sério, irmão, tô jogando uma real pra tu. Tu conhece a Liu, e nos últimos seis meses ela tem espalhado pra geral que é tua oficial. Pô, eu sei que tu tá ligado nisso, que ela já foi cobrada algumas vezes — meto a mão na mesa, levanto e, pegando a xícara, vou até a cafeteira e já coloco logo uns 300 ml de café.
Enxame — Minha um carälho! Uma, que eu não quero. Duas, eu não como aquela bucetä relaxada tem uma cota. Se eu pegar ela falando demais, vai ficar sem a língua, e vai viver sem a língua pra aprender a não falar demais — falo, e ele parece ter a mesma preocupação.
Ainda mais referente à loira amiga da Fabíola. Passei a noite imaginando aquilo tudo dentro de poucas roupas pra curtir um baile. Putä que pariu, fiquei até doido. Imaginei até fechar o olho e abrir e já ser a hora do baile.
Enxame — Toma aí um café preto, vai precisar, pô — falo, colocando o café na xícara, e o bocão já vira de uma vez.
Topete — Já tô com a boca mais do que queimada, irmão — ele fala, e eu olho pra ele, admirado com a velocidade que ele tomou o café que acabou de sair da cafeteira.
Enxame — Tu sabe que tanto Fabíola quanto Liu sabem que eu não curto patifaria na minha comunidade. Não tem massagem pra nenhum dos lados, seja a putä da Liu ou a gostosa da Fabíola — chamo a mina de gostosa só pra provocar ele.
Ele me olha meio diferente porque sabe: se eu tiver que cobrar, eu cobro mesmo. Eu sei da baita consideração que ele tem por ela. Fora que eu acho que ele tem uns quatro pneus arriados, mas o cara não dobra pra torcer, prefere a vida de plutäo.
A gente dá aquele giro pela comunidade, por todas as ruas, verificando a segurança, o som que já estava praticamente pronto. Também verificamos os pontos de venda das bebidas. Os cria aqui se preparam o ano inteiro pra, quando chegar essa data, nada dar errado.
Topete — Vou nessa, irmão, dar aquele trato no visual. Porque a noite é uma criança — ele puxa pra arrumar a casa dele e eu puxo pra minha.
Tava muito pilhado pra tirar aquele sono antes do baile. Só tomei aquele banho, joguei uma calça jeans clara com uns rasgos, uma regata preta, uns cordões de ouro no pescoço, dei aquele tapa no cabelo e meti um Nike, passando aquele aerosol Ferrari Black amadeirado, colocando as duas armas na cintura com os pentes carregados, radinho e celular, já pegando a chave da nave e pisando.
Chego já no meio da muvuca. Não tava nem na hora do baile começar e já tinha gente a rodo. Estaciono e avisto o Topete e o Perneta de longe.
Enxame — Não empurra, não — falo, levantando os braços, assim que uma loira vem de costas e bate o bundãö em mim.
Gabi — Desculpa — ela vira de uma vez, batendo as mãos nos meus peitös.
Carälho, meus olhos bateram no decote dela, e que decote, mermão. A porrä da mulher é linda de cara limpa; montada num mulherão, ficou ainda mais gostosa.
Fabíola — Ih... foi m*l aí, Enxame. Vem, Gabi — a loira chega se desculpando e puxando a mina pelo braço.
Perneta — Fiz o serviço como tu mandou, chefe — fala, me fazendo desviar os olhos da loira...