Capitulo 2

1372 Words
Como quase todos os dias, eu passei a noite rolando de um lado para o outro na minha cama, e como sempre quando conseguia cochilar tinha pesadelos horríveis que vinham misturados com lembranças dos piores momentos da minha vida. Quando consegui realmente pegar no sono já passava das 3 da manhã. Minha vida não permite que eu viva e muito menos durma relaxada, então é como se eu dormisse sempre com um olho aberto e outro fechado. Por mais que minha mansão seja hiper segura, nunca se sabe quando podemos sofrer algum ataque. Por isso acabamos tendo sonos leves por que precisamos estar em alerta sempre. Acordo todos os dias por volta das 5 horas da manhã, não preciso de despertador, meu corpo já está acostumado a dormir pouco e acordar muito cedo. Saio da cama e vou para o banheiro, gosto de começar o dia com um banho frio (mesmo no inverno) pois acredito que isso ajuda a acordar e me deixar esperta para o dia que eu sei que nunca é fácil. Faço o restante das minhas higienes e desço para a cozinha para tomar um café reforçado com minha família. Eles não moram na mansão comigo, tem suas casas por perto, mas vem todos os dias tomar café aqui, isso é meio que uma tradição pra nós, e gosto de mantê-la, faz me sentir como se tivesse uma família normal. E fora que eu amo estar com eles, mesmo que façam de tudo pra me deixar doida. Não gosto de pessoas estranhas na minha casa, prefiro manter somente a família circulando aqui. A única que não é da família e mora comigo é Elena uma quase senhora de 51 anos, que foi minha babá, ela trabalha nessa casa desde os seus 16 anos. Ela veio pra cá depois que se casou com um e*****o que levou sua filha pra longe depois de alguns anos de casada, já fizemos de tudo pra encontrá-los mas perdemos qualquer pista. Ela nunca se recuperou, mas cuidou de nós como se fossemos seus filhos, e acho que isso acabou ajudando a aplacar um pouco do seu sofrimento. Eu tenho um carinho imenso por Elena, ela cuidou de mim como ninguém, e ajudou a amenizar toda a dor que passei na época em que era treinada. Dias que chegava em casa, toda machucada, suja de sangue, com queimaduras, cortes e as vezes até ossos quebrados. Elena cuidava de cada um dos meus ferimentos, com todo o carinho como uma mãe faria, já que a minha apesar de nos amar, não era muito presente, e não parecia se importar muito com o que eu estava sofrendo. - Bom dia irmãozinhos - chego na sala de jantar falando animada para os dois que já estavam se fartando com o café da manhã, como se não comessem a 1 mês. - bom dia baixinha - diz Andy de boca cheia e eu revirou meus olhos em resposta. - sabe que poderia quebrar ao menos três dedos seus pela sua insolência né? - falo com ar de deboche, eles sabem que eu realmente não me importo muito com isso, desde que claro eles façam isso somente quando estivermos sozinhos, pois do contrário serei obrigada a puni-los como exemplo de insubordinação - cadê a educação? Não foram nem capaz de me esperar pra começar o café? - Oxi mano, acho que alguém está precisando t****r - diz Nicky, tb de boca cheia. Será que ninguém tem educação nessa casa? eu penso comigo. - isso não é da sua conta Nicky, pelo menos eu não apanho igual cachorro por aí, tentando arrastar alguém pra um canto - falo debochada e vejo Andy bufando, sei que o que aconteceu feriu o seu ego de macho alfa. - ei! eu estava quieto aqui hein! - retruca o meu irmão indignado. - então meus brutamontes, o que temos pra hoje? Alguns ossos pra quebrar? - pergunto empolgada por um pouco de ação, estou a dias dormindo m*l e preciso relaxar urgentemente, e nada melhor do que torturar alguns ratos por aí. - Pequena, você sabe das regras, nada de falar de trabalho na mesa - fala Elena se manifestando, apesar de ela ter nascido na máfia também, ela não gosta muito desses assuntos, apesar de também ser treinada e ter uma mira melhor que a de muito homem feito da organização, ela evita essas situações - vocês tem o escritório pra isso, tomem o seu café primeiro e depois vocês discutem o que for preciso - ela fala com um tom de voz doce e ao mesmo tempo autoritário, ela é uma das poucas pessoas que permito que falem comigo desse jeito. - sim senhora general - falamos todos juntos e caímos na risada. - vocês não tem mais jeito, precisam de umas palmadas pra aprender a respeitar os mais velhos, isso sim. Terminamos o nosso café em meio a risadas, nós amamos esse tempo que passamos juntos, faz nós esquecer um pouco de tudo o que vivemos e que precisamos fazer todos os dias. Entramos no escritório, e como se fosse um portal pra um mundo diferente o ar já fica mais pesado, nossas expressões ficam mais sérias e até nossa respiração fica mais pesada, sabemos que aqui dentro são discutidas e decididas coisas muito importantes, desde a morte de algum traidor da família, até alguma guerra que precisemos organizar, pra tomar alguma região ou recuperar algo que nos pertence, esse último é mais raro, pois a cada dia fica mais difícil alguma máfia por maior que seja, ter coragem de enfrentar a família, todos me temem mais que a própria morte e sabem que quando eu apareço, mesmo que seja por um representante a coisa fica bem feia e a maioria prefere uma bala na cabeça a ter que me enfrentar. - e então, pegaram aquele rato que estava passando informações pra Bratva? - pegamos sim, ele está no porão esperando você decidir o que vai fazer - diz Andy agora bem sério, nesses momentos eles são somente meu consigliere e meu capo, a quem todos temem, todos os chamam de mensageiros do inferno, e quando chegam já não há mais muito o que fazer. - bom, eu vou lá dar as boas vindas - digo com um olhar que muitos consideram assustador. - Kyara, ele é peixe pequeno, sabemos que ele nem fez tanto estrago assim. Pode deixar a diversão com os soldados - Nick fala como se não se importasse, e realmente não se importa, quem chega a ser preso no nosso porão não é digno de pena, é mais um lixo que mereceu estar lá - quer dizer que hoje o anjo do inferno desce ao porão hoje? Esse rato de esgoto não merece tamanha honra - diz Andy confuso, ele sabe que dificilmente eu assumo esse tipo de tarefa a menos que seja algo muito importante. - ele não merece mesmo, mas estou precisando relaxar, e de mais a mais se tem uma coisa que eu odeio é um e*****o que bate e abusa da esposa e dos filhos. - está bem, você está certa. Bom, divirta-se, eu vou aproveitar pra dar uma volta na boate pra ver se pego alguma gostosa pra relaxar hoje. - diz Andrei. Esse não toma jeito mesmo. - vê se não vai apanhar hoje de novo, não vou estar lá dessa vez pra livrar essa b***a branca. Hoje eu vou aproveitar pra descansar. - essa b***a é branca mas é gostosa e faz o maior sucesso entre as meninas - debocha Andrey do irmão que revira os olhos. Saímos da mesa e cada um vai pro seu lado fazer suas obrigações. Eu subo pro meu quarto e me troco, coloco uma legging com transparências nas pernas e um top de ginástica pretos e saio para o meu treino diário, costumo treinar todos os dias por pelo menos três horas, preciso manter a forma e estar sempre a frente dos meus inimigos. Eu não sou muito malhada, mas tenho um corpo definido com todas as curvas no lugar. Porém, hoje como tenho um pouco de diversão com meu amiguinho lá no porão, eu só vou dar uma corrida antes de ir pra lá.
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