Converso um pouco com a mãe de Amir. Estou relaxando lentamente. Até me esqueço da minha posição de prisioneira.
A mulher pergunta novamente como nos conhecemos. A resposta vem por si só, e nem estou mentindo: meu irmão tem negocios com Amir. Então tudo é muito banal. Dou de ombros e até sorrio.
Agora tenho a impressão de que muita coisa mudou. Foi como se eu tivesse descoberto um lado diferente de Amir. Como se agora tivesse exatamente reconhecido algo que agora reverbera por dentro com sentimentos agradáveis. Cordialidade.
Acho que de agora em diante posso entender melhor esse homem. Afinal, nossos destinos são um tanto semelhantes. Nossos pais morreram quando éramos crianças e tivemos que nos adaptar a uma nova realidade.
Parece que a minha alma está ficando mais leve. Um pouco.
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