Capítulo 1 - Sob a pele
O cheiro dela era único, coisa que o fazia dormir em paz. Ela passava por ele todos os dias sem o notar, como uma deusa distraída caminhando entre os mortais, sem saber que um deles já havia se ajoelhado por ela.
Ele sabia cada detalhe, O horário que ela saía para correr, o café que tomava no meio da tarde, o jeito que mordia o lábio quando se concentrava e isso o deixava louco, quase descontrolado.
Damon, sim, ele tinha nome, pele branca marcada por histórias escritas em tinta, músculos talhados como se o próprio pecado tivesse esculpido, cabelos negros caindo perfeitamente sobre os olhos de mel e aquele sorriso.. Ah, aquele sorriso era um aviso disfarçado, como o canto de uma serpente que você acha encantador até ser tarde demais.
Ele a seguia, e longe, de perto, as vezes tão perto que sentia o calor dela. Tão perto que poderia tocá-la, se quisesse. ele era paciente ou transparecia ser, obcecadamente paciente. Ela era o destino dele, mesmo que ainda ela não soubesse disso.
[narração por Damon – Pensamentos Obsessivos]
Eu a vi pela primeira vez em uma quarta-feira qualquer, o tempo parou. Juro por tudo que ainda me resta de sanidade, que já não é muita, que o ar mudou de cheiro. Sua pele sim dom marrom, de verão eterno, daquele tipo que parece ter sido acariciada pelo próprio sol e temperada com açúcar mascavo, Latina, Doce e quente, Um veneno disfarçado de paraíso. Seus Cabelos longos, ondulados, como uma tempestade prestes a engolir o mundo, Eu queria me perder neles, Queria que eles me arranhassem enquanto ela gritava meu nome com raiva e prazer.
E seus os olhos…
Caralho…
Castanhos..
Como se alguém tivesse aprisionado o pôr do sol em um frasco e colocado ali, bem no centro do olhar dela.
Eles não brilhavam. Eles queimavam.
Eles viam através de mim. Seus rosto seus Traços finos, feito com o tipo de cuidado que só os deuses conhecem, com tudo em conjunto foi sua boca, Aquela boca carnuda, pecaminosa, que me fodeu inteiro com um simples sorriso distraído e o tipo de boca que fazia promessas mesmo quando está em silêncio.
Porra, o corpo dela, desenhado por mãos divinas e amaldiçoado para me destruir, Cintura pequena, curvas que imploravam para serem marcadas pelos meus dedos, Cada centímetro dela parecia gritar meu nome.
Ela era arte e eu era o lunático que queria roubá-la de todas as galerias do mundo e trancá-la só pra mim.