Zoey Harper
Entro em casa com o Luciano e logo sentimos um cheirinho delicioso vindo da cozinha, olho para o meu amigo e seguimos para onde vem o cheiro dos deuses da gastronomia, ao entramos nos deparamos com o meu pai, usando o avental de quando ele quer dá uma de mestre cuca da cozinha.
Zoey- Pai, que cheiro delicioso, para qual ocasião teremos o prazer de ter seus dotes culinários a mostra? (Pergunto, indo até ele e, lhe dando um beijo)
Miguel- Oi, princesa... Não temos nenhuma ocasião especial, é apenas um jantar simples.
Luciano- Oi, tio?
Miguel- Oi Luciano, há quanto tempo?
Luciano- Faz um tempinho mesmo que não vinha aqui.
Miguel- Verdade, agora me diz como anda os seus pais, e a sua irmã melissa?
Luciano- Estão bem, tio, e a Mel, continuar a mesma dondoca mimada de sempre.
Miguel- A sua irmã não é uma dondoca, Luciano, não devia falar isso dela. (Diz com um sorriso sem graça, pois nem ele mesmo acredita nas próprias palavras)
Luciano- Tio, nunca imaginei que você mandasse bem na cozinha, sempre pensei que a Zoey fosse a cozinheira?
Miguel- Tudo que a minha filha sabe, fui eu que ensinei. Sabe Luciano, se não fosse a engenharia, o meu outro sonho era ser um grande chefe de restaurante, pena que a engenharia falou mais alto.
Luciano- Agora está explicado.
Miguel- Luciano, que tal ficar para o jantar?
Luciano- Obrigado tio, mas não quero incomodar.
Zoey- Você nunca incomoda, Lu, não é pai?
Miguel- Claro que não. Luciano, você é sempre bem-vindo aqui.
Luciano- Então, eu aceito, tio.
Miguel- Perfeito, agora os dois trate de colocarem a mão na massa.
Luciano- Teremos mais convidados?
Miguel- Sou um.
Luciano- Entendi.
Enquanto cortamos as verduras, o meu pai sai para atender a uma ligação, o que faz o Lu, pergunta se o tal convidado é alguma paquera do meu pai.
Zoey- Não sei, Lu, acredito que não, pois desde que a minha mãe faleceu, que nunca o vi com uma mulher.
Luciano- Posso te fazer uma pergunta, Zoey?
Zoey- Claro.
Quando o Lu, abre a boca para falar, o meu pai retornar a cozinha, e ele não diz nada.
Zoey- Pai?
Miguel-Sim, querida?
Zoey- Quem é o nosso convidado? Ele deve ser bem especial, já que o fez cozinhar... Não me diga que é uma namorada, hein senhor Miguel?
Miguel- Claro que não querida, eu não tenho tempo para essas coisas, mas logo você saberá quem é o nosso convidado.
Zoey- Pai, quanto mistério.
Miguel- Não é mistério, apenas não quero revelar.
Zoey- Tudo bem.
Volto a minha atenção para o que estava fazendo, e em poucos minutos o Lu e eu terminamos. Deixo o Luciano na sala com o meu pai e subo para tomar banho e ver se consigo tira esse cheiro de cebola e alho.
Banho tomado, agora é a saga de qual roupa vestir, fico parada olhando para o meu closet, até que decido vestir um vestido floral, estilo menininha, em seguida coloco uma pulseira que ganhei do meu pai, calço uma sandália bege de salto médio, passo um batom claro e um rímel, solto o meu cabelo e finalmente estou pronta.
Estou descendo as escadas, mas paro no quarto degrau, quando vejo o Aaron sentado no sofá da minha casa com segurando um copo de bebida.
— Eu só posso estar sonhando, o que ele faz aqui? (Falo mentalmente)
Não consigo dá nenhum passo, estou congelada, ainda mais quando os olhos do Aaron me encontram, trazendo de volta aquele alvoroço de milhões de borboletas em meu estômago. Por mais que eu queira desviar o meu olhar dos dele, não consigo, é hipnotizador, intenso, o que faz meu coração acelerar.
Luciano- Uau, você está linda. (Diz me trazendo de volta)
Zoey- Ah... Hum, obrigada Lu, mas estou igual a todos os dias.
Luciano- Não mesmo, mas vamos? O convidado só sei pai chegou, parece que é o chefe dele. (Diz, me estendendo a mão)
Zoey- Logo esse idiota... Isso só pode ser brincadeira.
Luciano- Vocês já se conheciam?
Zoey- N-não, quer dizer, ele é o chefe do meu pai, é lógico que já o vi antes. (Falo nervosa)
O Luciano me olha confusão pelo meu nervosismo, mas não ligo, tudo que eu quero é que esse i****a vá embora da minha casa.
Miguel- Filha, o Senhor Wayne é o nosso convidado, esse jantar é para agradecê-lo, por ajuda você.
Zoey- Acredito que um obrigado, seria mais que o suficiente. (Falo seria, encarando o Aaron)
Miguel- Zoey, isso não é jeito de falar com o senhor Wayne.
Aaron- Não se preocupe, Miguel, ela não está de tão errada, um obrigado seria o suficiente, porém sempre existem outras formas de agradecemos a alguém que nos ajudou, você não acha, senhorita?(Diz com um sorriso irônico)
— Urgh... Aí, que sínico. (Falo, mas não foi tão baixo, pois o Luciano me olha e questiona o que acabei de falar.)
Zoey- Nada, Lu.
Miguel- Ah, senhor Wayne, esse é o Luciano, amigo da minha filha, espero que não se incomode, por ele nos acompanhar nesse jantar?
Aaron- Claro que não. (Diz, porém, percebo que ele não gostou muito)
Miguel- Perfeito, e obrigado por aceitar o meu convite, senhor Wayne.
Aaron- Nada de senhor Wayne, pode me chamar de Aaron, vamos fazer assim nada de formalidade, fora das empresas.
Miguel- Certo.
Não sei, o porquê de está tão incomodada com o Aaron, ele não para de olhar para mim, seus olhos fixo, me deixam inquieta, volto rapidamente a minha atenção para o Luciano, para falar a verdade tinha até me esquecido dele, que bela amiga eu sou. Apesar de está conversando com o meu amigo, continuo com a sensação de ter os olhos do Aaron sobre mim.
Miguel- Vamos jantar?(Fala se levantando)
Luciano- Vamos, sim, tio. (Diz todo animado)
O Aaron, toma seu último gole de bebida, se levantando em seguida, mas não segue o meu pai nem o Luciano, ele para atrás de mim.
Aaron- Você está linda. (Diz em meu ouvido, com sua voz rouca)
Zoey- Por que aceitou o convite do meu pai?
Aaron- Porque queria te ver novamente.
Zoey- Mas eu não queria te ver.
Aaron- Será mesmo?
Zoey- Sim.
Aaron- Então, porque seu corpo e sua respiração diz outra coisa. (Me provocar)
Nada respondo, só dou um passo para sair, entretanto, ele segura o meu braço, me fazendo encará-lo.
Aaron- Aonde pensa que vai?
Zoey- Jantar? (Falo puxando meu braço)
Ele abre a boca para dizer algo, mas fecha em seguida e solta meu braço, depois anda para a sala de jantar, me deixando sem entender nada.
— Que doido!
(*****)
O jantar estava uma delícia, o meu pai realmente é um ótimo cozinheiro, o Luciano se repetiu umas três vezes, mas o mais surpreendente foi o i****a do chefe do meu pai, elogiá-lo pela sua comida. De volta a sala, o meu pai e o Aaron começam a falar de negócios, enquanto tento focar no que o Luciano está falando, porém, uma vez ou outra, olho em direção do Aaron, que está sério, seu maxilar está travado, como se estivesse com raiva, só não entendo o porquê, e nem ligo.
Luciano- Linda, tenho que ir. (Diz, tendo minha atenção de volta)
Zoey- Está cedo, Lu.
Luciano- Queria ficar mais tempo, mas amanhã tenho trampo, e você conhece o meu pai?
Zoey- Sim. (Falo sorrindo)
Sigo o Luciano até a porta, e me despeço dele lhe dando um abraço, retribuído com um beijo em meu rosto. Após a ida do Lu, me despeço do meu pai e do seu chefe, subindo rapidamente para o meu quarto, para fugir dos olhares predatórios do Aaron.
Entro em meu quarto e ando até a janela, fico admirando as poucas estrelas que tem no céu, ao mesmo tempo que penso no Aaron, e em tudo que estou sentindo, e no porquê um único beijo levou a tantos questionamentos, logo agora que já estava, conformada com o meu destino.
— ISSO NÃO PODE ACONTECER.
Aaron- O que não pode acontecer? (Pergunta, o me faz olha em direção à porta do meu quarto e ver o Aaron parado, com toda a sua beleza)
Zoey- Nada... Mas pera aí, o que você faz aqui em quarto?
Aaron- Porque você deixou aquele... aquele moleque toca em você?
Zoey- O quê? Então você veio aqui só para questionar o porquê abracei o meu amigo?
Aaron- Amigo? Não me faça rir, aquele moleque quer é te f***r, isso sim.
Zoey- Você é mesmo um idiota...
Ele não fala nada, apenas anda em minha direção, em passos firmes, não demorou muito e o Aaron, já está próximo de mim, a poucos centímetros da mim, e antes que eu possa fazer ou pensar em qualquer coisa, tenho minha boca tomada por um beijo intenso, sua língua invadindo minha boca, a procura da minha, com um certo desespero, suas mãos deslizando pelo meu corpo, causando arrepios e arrancando suspiros sugados pelo seu beijo. Envolvo meus braços em volta do seu pescoço, intensificando mais esse beijo desesperada, me entregando ao momento, com a única certeza que estou completamente ferrada.