Zoey Harper A luz do sol filtrava-se pelas janelas do hospital, criando um padrão suave no chão pálido do quarto. Eu estava deitada na cama, vestindo o famoso pijama azul que me fazia sentir mais como uma paciente do que como uma mulher de vinte e três anos. A insuportável espera pelo transplante de coração me deixava em um estado de ansiedade constante, misturado com uma esperança tênue que se recusava a se extinguir. Minha vida, que antes era repleta de sonhos e planos, agora girava em torno de batimentos cardíacos e medicamentos. Quando a porta se abriu, uma onda de emoção me envolveu. Era Luciano, meu amigo de infância, o garoto que sempre foi meu porto seguro. Ele entrou com um sorriso nervoso, tentando esconder a preocupação que lhe consumia. Eu sabia que ele não estava lá apenas

