Zoey Harper
Acordo não muito bem, estou com um pouco de falta de ar e enjoada, mas nada que um banho não resolva, me levanto, faço minha higiene matinal, em seguida desço para preparar o café. Ao entrar na cozinha dou de cara com o meu pai.
Miguel- Bom dia, querida.
Zoey- Bom dia, pai, caiu da cama foi?
Miguel- Não, só quis preparar o seu café, querida.
Zoey- Não precisava, pai, eu sempre faço o nosso café.
Miguel- Eu sei, mas como hoje só irei um pouco mais tarde para o trabalho, resolvi fazer o nosso café.
Zoey- Ótimo, então.
Miguel- Você está bem, querida?
Zoey- Sim. (Minto, não quero deixar o meu pai preocupado, pois ele trabalha feito louco para junta dinheiro para o meu transplante)
Miguel- Não é o que está parecendo... Zoey, você bebeu ontem a noite?
Zoey- Sou um pouquinho, pai, era o níver da Vivian.
Miguel- Zoey, você sabe que não pode beber, quantas vezes tenho que dizer isso, filha?
Zoey- Ah, pai, eu vou morrer mesmo, então tenho que me divertir, enquanto posso.
Miguel- ZOEY, nunca mais diga isso, você não vai morrer, eu não vou permitir.
Zoey- Desculpa, pai, eu não deveria ter falado isso... Sinto muito.
Miguel- Tudo bem, querida... Está aqui seu café. (Diz me entregando)
Zoey- Obrigada pai, mas estou sem fome. (Falo me levantando, mas logo tudo fica escuro)
*******
Abro os meus olhos e a claridade me incomoda, olho ao redor e vejo o meu pai, sentado do meu lado, com um semblante assustado.
Miguel- Filha, você me deu um baita susto.
Zoey- Onde estou, pai?
Miguel- No hospital... Você se levantou e do nada apagou, ainda bem que te peguei antes que batesse a cabeça.
Zoey- Eu quero ir embora. (Falo, mas quando ele vai responder seu celular toca)
Ele olha, e pede licença para atender, aposto que é o seu chefe, pelo pouco que escutei o meu pai falando, parece que o seu chefe é um tirano, tenho certeza que deve ser um velho chato, rabugento. Olho para o meu pai que anda de um lado para o outro, ao mesmo tempo que diz, que já está indo, que aconteceu um imprevisto. Ele desliga o celular, e volta a sentar na poltrona, sem dizer nada.
Zoey- Era o seu chefe?
Miguel- Sim.
Zoey- Pai, pode ir, eu estou bem, não quero que fique aqui, e o seu chefe fique mais chateado com o senhor
Miguel- Eu não sairei daqui, enquanto o médico não aparecer e dizer que está todo bem.
Zoey- Pai...
Miguel- Nem comece, sei muito bem o que vai dizer. (Diz bem sério)
Não queria que o meu pai, tivesse que se preocupar comigo, por isso não conto tudo que sinto, ele já trabalha demais para conseguir o valor necessário para o meu transplante, insistir para trabalhar também, porém ele não me deixou, por conta do meu estado de saúde.
Após alguns longos minutos o médico apareceu e falou que estou bem, dentro do possível, que o meu desmaio foi devido ter ingerido bastante álcool, e que isso não deveria volta a acontece. Prometi ao médico e ao meu pai que não beberia mais, que ontem foi a última vez que fiz isso, e logo vem na minha mente o estranho e o beijo que dei nele.
Balanço a minha cabeça para dispersar essas lembranças, pois não voltarei a vê-lo nunca mais, então o mais sensato é esquecer esse beijo. Voltamos para casa e sou obrigada a ir direto para o meu quarto, tento aguentar, mas não tem jeito, o meu pai está inegociável. Subo para o meu quarto e ligo para as minhas amigas, ficamos conversando por horas, até que desligo e vou preparar algo para comer.
Estou terminando o meu lanche quando a campainha toca, deixo o que estava fazendo e vou atender a porta, assim que abro, vejo o Luciano, parado com um boque de rosas.
Zoey- Lu, que surpresa, achei que estivesse viajando?
Luciano- Estava, mas cheguei hoje, e vim te ver.
Zoey- Senti tanta, saudades, Lu. (Falo abraçando o meu amigo)
O Luciano e eu, nos conhecemos desde criança, ele foi muito importante quando descobri sobre o meu problema, foi ele que me deu forças para continuar.
Luciano- Também sentir sua falta, e te trouxe essas rosas.
Zoey- São, lindas, obrigada... Vamos, entre, estou preparando um sanduíche, você aceita?
Luciano- Com certeza, o seu sanduíche é o melhor do mundo.
Zoey- Não é para tanto, Lu.
Luciano- É, sim, linda, esse tempo todo na França, não comi nada gostoso igual ao seu sanduíche.
Zoey- Você não existe... Ah, Lu, como anda o seu namoro com a Cristal?
Luciano- Terminamos.
Zoey- Eu não consigo entender o porquê você não dura com nenhuma garota, hein?
Luciano- Eu também não sei, acredita, elas são legais, as não gostam das minhas coisas iguais a você.
Zoey- É porque nos conhecemos há muito tempo, Lu, acredito que você devia da mais tempo para elas te conhecerem melhor, e não só algumas semanas.
Luciano- A Cristal, não foi só uma semana, ficamos juntos por dois meses. (Diz sentado na cadeira)
Zoey- Uau, superou minhas expectativas, dessa vez foi mais longo, do que o seu último relacionamento, que durou duas semanas. Até hoje a Priscila te odeia.
Luciano- É a vida.
Zoey- Você é mesmo um i****a. (Falo, lhe entregando o sanduíche)
Enquanto comemos, colocamos o papo e dias, ele fala sobre a viagem a Páris, apesar de ter ido a trabalhar com o tio Diego, ele ainda arrumou tempo para se divertir e tirar suas fotografias magníficas. O Luciano é um fotógrafo incrível, penas que o seu pai não gosta só seu trabalho, acha algo inútil, que não vai levar a lugar algum, e insistir que ele trabalhe com ele na empresa de conserto de carros, entretanto o Luciano não leva o menor jeito para mecânica, ele até fez alguns cursos só para agradar o tio Diego, mas o dom do Lu é a fotografia e eu o apoio em seguir esse sonho, como eu disse ele é um fotógrafo incrível.