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Agatha Horvath
Eu poderia começar me lamentando pela minha triste história de ser abandonada pela minha mãe que desnaturadamente me teve aos 15 anos de idade e não suportou a responsabilidade de cuidar de uma criança e acabou me abandonando me deixando com a minha avó, que mais parece uma bruxa e não perdia a oportunidade de me jogar na cara que eu vivia de favor em sua casa. Então prefiro deixar isso pra lá e começar a contar do meu atual estado. Não sou de usar o meu passado pra me afundar mais, eu o uso pra me impulsionar, mudei aonde eu não me agradava e busquei melhorar naquilo que eu sou boa. Depois que eu conclui o ensino médio procurei trabalho feito uma condenada, mais parece que Deus queria testar a minha fé pra saber se realmente eu queria a minha evolução. Insisti, quebrei a cara muitas e muitas vezes por falta de experiência, por falta de cursos profissionalizantes, por ser menor de idade entre outros quesitos. Foi então que uma vizinha me arrumou um serviço de diarista, não pensei duas vezes fui no apartamento e dei o meu melhor tanto que estou até hoje, pelo menos por enquanto mais pra frente eu explico melhor pra vocês.
De lá apareceram mais casas pra eu ir, até que minha semana ficou totalmente lotada e isso foi maravilhoso pois não precisava ficar ouvindo a minha vó me humilhando e me julgando por ser um estorvo em sua vida. Depois de 3 anos nessa luta eu consegui alugar um lugarzinho somente meu e mesmo assim continuei trabalhando todos os dias da semana, quando finalmente completei meus 20 anos consegui comprar meu cantinho é pequeno mais é meu, menos uma preocupação.
Nesse mesmo ano estudei, mais estudei demais, me matei de estudar onde dava eu estudava e consegui pelo ProUni uma bolsa na FMSP de direito. Lógico que as mensalidades eu não poderia pagar, mais com o meu foco de sempre melhorar o que já está bom me fez insistir. Agora aqui estou eu no meu último semestre e último ano, sou a melhor da turma e representante da turma. Muitos olham pro meu rosto e pensa que sou i****a, mais as minhas conquistas só eu sei o quanto me custou. Minhas boas notas não caíram do céu, elas vieram por noites e noites de estudo enquanto o restante da turma enchiam a cara, porque já tem seus futuros garantidos pelos papais. E eu ao contrário deles me importo com cada minuto que eu me dedico em sala de aula. Minha casa fica no bairro da saudade, linda eu amo demais a minha casa aprendi a valorizar cada conquista alcançada pois sei quantas lágrimas me custaram pra eu estar onde eu estou hoje.
Atualizar eu ainda trabalho de faxineira em 3 casas e duas vezes por semana faço estágio na Montenegro Advogados e Associados, escritório de advocacia referência no Brasil. Minha beleza me fez chegar até aqui? Não! Meu professor é irmão de um dos associados e me indicou como estagiária. Claro tudo consequência das minhas boas notas e pelo visto eles estão gostando muito do meu trabalho. Já até estou auxiliando em alguns casos, mesmo eu sendo estagiária eles viram o meu potencial. Não quero e nem tenho o porquê ser humilde nesse quesito afinal são frutos de uma semeadura muito sofrida.
Tenho uma amiga a Jéssica ela também faz direito na mesma turma que eu ela é doidinha mas eu gosto dela. Toda Suzy, diz ela que homens que a bancam, por isso não pode perder a beleza. As vezes ela parece ser vazia mais ainda acho que ela é uma boa pessoa.
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Sai da casa da dona Iara em cima da hora pra pegar o ônibus, essa é a primeira casa que eu trabalhei e pela força que eles sempre me deram eu continuo aqui até terminar o meu curso e eles aceitaram isso numa boa. Cheguei na faculdade e sentei no meu lugar de sempre a cadeira da frente, o professor entrou na sala e começou sua aula. Não demorou muito e a Jéssica entrou na sala com suas roupas que valorizam suas curvas e com seu perfume que eu amo.
Jéssica - Boa noite.
- Boa.
Voltei minha atenção para a aula e assim fiquei até terminar, ela sabe que eu não gosto de conversar durante as aulas. Já na saída passei na lanchonete pra m***r quem literalmente está me matando.
Jéssica - Hey, tá fugindo?
- Não, só estou morrendo de fome, não como nada desde as 16hs.
Jéssica - E vai comer isso? Você é louca? Depois está cheia de celulites.
- Quer um pouco da minha coxa? (perguntei debochada)
Jéssica - Deus me free. Você só pode estar doente!
Jéssica é linda, com o sei corpo todo trabalhado na academia e em procedimentos estéticos, eu por outro lado se quer tenho tempo e disposição.
- Só um pouquinho? (disse rindo) - Olha esse x-tudo que delícia.
Jéssica - Sai daqui, Gata vai fazer oque na sexta?
- Esse fim de semana vou revisar algumas matérias.
Jéssica - Gata você é a única da turma que fechou o semestre faltando 2 meses pra concluir o curso, vai revisar oque?
- Preciso focar né.
Jéssica - Vamos pro meu favelão relaxar a mente, fazer um fim de semana de meninas.
- Mais eu tenho fim de semana de meninas.
Jéssica - Gata tô falando de bater a gilete na parede e sair a procura de um boy pra fazer carinho nela. Meu foco vai estar na favela esse fim de semana e eu não quero aparecer por lá sozinha. Sabe que eu não ando com aquelas canelas cinzas de lá né?
- E quer me arrastar? (disse rindo) - Doutora Jéssica Carvalho em um baile de de ela?
Jéssica - É aí tu já aproveita e conhece seus clientes, não quer ser criminalista, então?
- Meus clientes? Você é demais e quem é teu foco?
Jéssica - O Chefe, pra poucos Lucas, pra muitos Lúcifer. (disse fazendo uma cara de s****a)
- Bandido? Tô fora.
Jéssica - Bora me fazer companhia!
Até amanhã eu decido.
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Bom aqui estou eu subindo a estrada da VG com a Jéssica e seu CrossFox prata com o som alto e os vidros abertos. Ela mora em um condomínio que fica perto a igreja matriz, assim que chegamos ao seu apartamento ela me mostrou o quarto em que eu poderia me trocar, seu apertamento é muito bonito por sinal.
Jéssica - Se quiser pegar alguma roupa minha, pode ficar a vontade, hoje é só um pagodinho bailão mesmo é só amanhã.
- Tá bom vou tomar uma banho.
Tomei um banho e proveitei pra lavar o meu cabelo, se tem uma coisa boa que minha mãe me deixou, foi meu cabelo eu amo ele. Chama bastante atenção, na profissão que escolhi as pessoas julgam muito pela aparência porém não me deixo a****r, gosto de ver a cara de surpresa que eles fazem, porque só conhecem realmente o meu potencial quando eu abro a boca. Depois do banho fiz uma escova no meu cabelo, passei hidratante no corpo e fiz uma make bem levinha. Fui pra sala esperar a senhora atrasadinha, aproveitei pra tirar uma foto no espelho gigante que tem na sala. Assim que postei meu chefe visualizou meu status, ele é um homem muito mais velho nada contra mais não faz meu perfil. Não sou santa e nunca vou usar meu passado pra me fazer de coitada pois isso eu nunca serei. Sei da minha beleza e toda vez que eu vou na minha avó ela faz questão de me dizer como eu sou parecida com a minha mãe e por ter essa semelhança ela aposta que eu terei o mesmo futuro. Mais estou lhe provando o contrário.
Assim que a Jéssica acabou de se trocar fomos rumo a favela, e pelo pouco que eu vi ela é enorme.
Pelo jeito ela conhece bem aqui porque em nenhum momento paramos pra pedir informações, demorou cerca de uns 25 minutos pra gente chegar nesse tal Bar, tem um grupo de pagode ao vivo e muita gente. Mulheres lindas e homens lindos e bem vestidos na entrada, como aparentemente a Jéssica conhece os seguranças nossa entrada foi bem rápida.
A maioria da pessoas aqui estão de cara fechada, Jéssica foi nos guiando até uma mesa.
Jéssica - Vamos ficar aqui, da pra curtir legal.
- Ok, aqui tem garçom ou tem que ir lá no bar pedir?
Jéssica - Quer ir comprar oque Gata? Daqui apouco aparece um balde na nossa mesa.
- Jéssica, sou independente demais pra ficar esperando um balde aparecer na nossa mesa feito mágica.
Me levantei e fui até o balcão, pedi um caipirinha e um balde de Budweiser que eu sei que ela bebe. Voltei pra mesa porque o rapaz falou que iria trazer, ela ficou p*****a, tô nem aí que fique. Não tô me matando pra no final depender de homem e ele achar que pode me comer porque pagou uma bebida.