Capítulo 4

1465 Words
Thomas Smith Observamos os carros sumirem de nossas vistas antes de entrarmos em nossa casa. Nossos filhos e futuras noras estavam na sala conversando. - Karen, está tudo bem? Ele tem alguma pista das meninas? - perguntou Anne abraçando a sogra e recebendo um beijo. - Tudo bem querida. Eles queriam ver os quartos das meninas para ver se encontravam alguma pista. Sabe como é né? Acham que elas fugiram de nós cansadas de tanta segurança. - improvisou a mulher mais velha. - Mas isso é um absurdo! Onde já se viu uma coisa dessas! - Anne estava furiosa e se eles ainda estivessem presentes, provavelmente bateria em alguém. Observei a reação de cada um. E se ela estivesse mentindo merecia um Oscar de melhor atriz da face da terra. Ninguém conseguiria disfarçar a irritação na voz ou as bochechas ficarem rubras de tanta raiva contida, – Elas nunca fariam isso. Elas amam vocês e sabiam que se fizessem isso iria matá-los de preocupação e desgosto. - continuou ela ainda revoltada. - Sabemos disso amor – respondeu Antony se aproximando e a abraçou – Logo elas voltaram para nós. - Não se preocupa não cunhadinha. Logo elas chegam para pegar no seu pé. - disse Stefan fazendo todos rirem da cara de Anne. Mary era a única que não se pronunciava, observei que os belos olhos estavam frios observando o namorado abraçar e provocar Anne. Aquilo não era ciúme! Sentia que era algo mais. Só então se lembrou de vários acontecimentos que sempre a envolvia e sempre desprezávamos como dinheiro e joias sumindo, acidentes que até agora eram sem importância envolvendo sempre Sophie. Talvez se tivessem dado importância as coisas que aconteceram Sophie e Judie ainda estivesse em casa em segurança com eles. Pelo amor de Deus, estavam com uma sociopata dentro de casa e não perceberam. Stefan ia sofrer muito se tudo se confirmasse. Tinha muita pena de seu filho, mais não podia fazer nada. **************** Cedric Não muito longe dali, eu e a Força tarefa ouvíamos a conversa através da escuta. Enquanto Tyler procurava por informações sobre Mary, mas não descobriu nada de suspeito. Sua mãe era viúva e trabalhava como secretária de uma médica ortopedista em um consultório no centro da cidade. A jovem havia ganhado uma bolsa de estudos e frequentava a faculdade de Direito. Definitivamente ela tinha uma vida normal! Mas isto não significaria que íamos desistir de procurar ou vigiá-la. Afinal tinha que descobrir o porquê seus sentidos afloraram quando sentiu o cheiro daquela fêmea. (....) Durante vários dias os seguranças, Força tarefa e shifters procuravam pelas garotas. Montamos equipes de vigia que se revezavam indo atrás de Mary, pois tínhamos certeza de que ela sabia de alguma coisa. Depois de muito vigiar tivemos a confirmação, Mary se encontrou com um rapaz em uma lanchonete, eu e Bodgan estávamos por perto e conseguimos gravar toda a conversa. Bodgan ficou surpreso quando reconheceu o rapaz, disse aos outros que ele estava em uma das fotos de Sophie e não gostou nada da maneira que ele olhava para a garota. _ Oi gata. - o cara a cumprimentou com um longo beijo na boca, nós deixando ainda mais espantados, pois afinal ela era namorada de Stefan. _ Richard - ela quase gritou irritada empurrando o rapaz. - Eu já falei para parar com isso, tem alguma novidade para mim? - o perguntou ansiosa. _ Fica calma garota. Está tudo certo, os pacotes estão seguros e ninguém irá encontrá-los, não tem erro. - ele falava e sorria convencido se encostando-se à cadeira - Você gostaria de vê-los? _ Não. Ninguém pode saber que estou envolvida nisso. Já foi arriscado demais participar do sequestro e ter ido as ver enquanto estavam dopadas. Eu quero que você suma com os pacotes entendeu? Eles não podem aparecer. - conforme ela ia falando, seu rosto se tornava sombrio – Minha vida está bem melhor agora. O que você pretende fazer? _ O que sempre quis fazer. Chega de ser rejeitado, isso não será mais permitido. Ela será minha. - ele tinha uma expressão doentia no rosto, fazendo a garota a sua frente sorrir de felicidade. Meu estomago embrulhou. Fui vítima da crueldade humana e sei muito bem do que mentes depravadas e gananciosas são capazes. Fui tantas vezes magoado e machucado de todas as formas possíveis e imagináveis que pensei que nunca mais confiaria num humano. Para ser sincero, até hoje ainda guardo certos receios quando eles estão perto. Sempre espero o pior deles! _ E a outra o que fará? Tem alguma ideia? - o rosto dela demostrava que estava começando a ficar animada com os planos. _ Conheci um pessoal que precisa de uma garota saudável para alguma coisa sobre mães de aluguel. Não sei do que se trata. Eles estão interessados na outra. - esses planos deixaram a todos preocupados e a garota muito animada. Tive um ímpeto de me levantar e arrancar deles as informações que precisávamos, mas Bodgan segurou meu braço pedindo calma. Eles conversaram durante um tempo e depois se despediram. Perdemos o rapaz de vista, pois este tinha uma habilidade incrível de se esconder no meio de tantas pessoas que circulavam no local. Mas como tínhamos o seu cheiro conseguimos rastreá-lo depois de algumas horas o que nós levou até a zona portuária abandonada da cidade. Com cautela identificamos um galpão abandonado perto do rio e aos poucos fomos nós aproximando. Quanto mais perto chegávamos o cheiro das garotas ficava mais forte e o odor de sangue também. Apreensivos invadimos o local e encontramos muito sangue espalhado de vários corpos. Alguém invadiu o local antes de nós. Procuramos por todos os lados e encontramos um alçapão de onde o cheiro das garotas estava muito forte, não encontraram nada. Bodgan achou um ferido, ainda vivo entre tantos corpos. Apesar dos ferimentos ele pode responder as perguntas que fizemos e contou que foram invadidos por estranhos com máscaras que atiraram em todos. Como estava nos fundos do galpão, ele conseguiu se esconder, mesmo assim foi ferido. Explicou que Richard o contratou para ser segurança do galpão, mas ele não sabia o que tinha de tão importante para ter tanta segurança. Assim que terminaram as explicações ele foi levado para o hospital. Depois, revistamos tudo novamente, mas não achamos nenhuma pista. Comunicamos Patrída o ocorrido e voltamos para a fazenda para deixar a família Smith a par dos últimos acontecimentos. Karen teve uma crise nervosa e teve de ser sedada, o marido a levou para o quarto e ficou com ela. Os garotos choravam muito! Sinto tamanha dor em meu peito que estou com uma vontade enorme de quebrar coisas. Aquela dor da impotência só sentiu uma vez em sua vida. É como se estivessem enfiando um punhal em meu peito, expondo meu coração novamente e o cortando em tiras sem dó ou piedade. Prometeu para si mesmo que isto nunca mais aconteceria, que ficaria intacto, mas falhou novamente em sua promessa consigo e com aquela doce fêmea indefesa. Falhou vergonhosamente como macho! Durante aqueles poucos dias que conviveu com aquela família me senti à vontade entre eles, o que para mim é incomum. Gostei principalmente do Stefan que sempre estava sorrindo e lhe fazendo perguntas como era viver em Patrída. Ele é um macho, como os humanos gostam de falar... simpático e curioso! Mas agora eu tinha falhado com todos! Fui para o único lugar que me traria certo conforto, o quarto de Judie, e quando vi a foto dela me ajoelhei diante dele e chorei de pura tristeza... fúria... e dor por não a encontrar. Um rugido de dor e angústia saiu de seu peito assustando a todos Pude ouvir os passos dos irmãos dela irem até o quarto dos pais e ficaram lá. Eles ficaram assustados com meu rugido, pois não sabiam do que eu seria capaz. Senti o cheiro de Bodgan as minhas costas, colocando uma das mãos sobre meus ombros e batendo de leve, em sinal de conforto e quando se retirou silenciosamente me deixando com minha dor. Ouvi quando Bodgan foi até a família e tentou explicar meus sentimentos confusos de perda, tristeza, dor e impotência. Explicou como funcionava o relacionamento dos shifters. Ainda ouvia os comentários de choque e curiosidade após a explicação. Estava tão afundado em meu desespero e dor, que não percebi que a esposa do Sr. Smith, Karen foi até ao meu encontro e me abraçou com suavidade se ajoelhando do meu lado chorando comigo. Karen compreendia minha dor e angústia! Fomos embora, aquele dia revemos tudo o que tinham nas mãos. Tínhamos que arrumar alguma pista. *************************************************************************** Minhas lindas, Queria muito ler os comentários de vocês sobre o desenvolvimento da história. Divirtem-se e me de seus corações. Loucas para isso!!! Beijocasssssssssssssssss...
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